Lugar da musa. Estava uma senhora muito composta a cheirar o pescoço dum cavalheiro muito composto.
Descompuseram-se os dois...? Não.
É claro que isto não tem o mal que parece ter, se for visto de supetão, ele tinha cedido à amostra dum perfume qualquer num lugar qualquer e ela queria saber se o perfume era bom. Só por dizer que a roda toda, composta (olha a compostura aqui outra vez...) por uma série de doutores de escritórios da zona, desataram às gargalhadas, achando um piadão ao gesto da senhora e ao à-vontade do cavalheiro, e eu também, mas sem me imiscuir. Houve inclusive um deles que lembrou ah e tal se tirássemos uma foto a esta cena e coiso e fuçasbuque e assim.
Ora bem, acontece que eu que tinha de ver as horas... E como estava sem bateria no telemóvel, teria de consultar o relógio da máquina fotográfica, como é costume, e como ainda não tinha tirado o som à máquina desde que viera do arranjo... Ouviu-se
perlim...! quando a liguei. E eu, que mesmo consciente que normalmente se marimbam para a minha pessoa e ninguém me liga a ponta dum corno, fiquei embaraçada, não fosse aquela cambada pensar que eu queira era fotografar os amiguinhos cheios de intimidades.
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