Aviei o cliente e enquanto esperava que ele retirasse os trocos da carteira inspirei e soltei um profundo e audível suspiro, era preciso animar-me dalguma forma e uma entrada de ar em grande quantidade às vezes faz maravilhas. O homem suspendeu a busca e sorrindo francamente, disse:
– Eia, que suspiro, isso chegou sei lá onde.
– Tenho fome.
Queixei-me eu, mais ou menos involuntariamente.
– Então está quase na hora do almoço...
Estiquei-me para ver o relógio, marcava cinco para a uma.
– Pois está.
Disse, contendo novo suspiro. Depois rimos até que o relógio marcasse treze horas e zero minutos.
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