Lisboa, avenida Manuel Damaia, cinco e tal da tarde, caloraça do caneco.
Gina Maria, que andas tu a fazer na rua a uma hora dessas?
A vender porta a porta, claro. Havia de ser a comer um gelado na Surf, não?!
Vira à direita, enfia-te na Mexicana e pede um café, vá. Não olhaste para o relógio para ver os graus...
Não. Antes observei as pessoas, cada pessoa é uma sementeira: senhoras aprumadas; jovens mães de bebés em carrinhos, finas em corpo e em mente, homens sentados em esplanadas a bebericar prazerosamente o que lhes apeteceu pedir. Gosto tanto de os ver a todos. Gosto tão nada de não os saber escrever. Racha-se-me a cabeça com tanta coisa boa para escrever quando puder mas não escrevo nada. O cão da Paquita ladra em castelhano. É melhor assim, acho eu.
Pois.
Sem comentários:
Enviar um comentário