Ele era inglês e pediu-lhe um cigarro.
Ela ofereceu-lho amavelmente. Deu-lhe lume.
Ele sugou o fumo e exclamou que era um cigarro forte.
Ela, por entre risos, disse-lhe que em Portugal as coisas são boas, como por exemplo o café expresso.
Ele exclamou: ah, o café, o café.
Ela foi falando com ele. Em inglês.
Ele foi falando com ela. Entenderam-se em inglês.
No fim daquele bocadinho bem passado, conversando como se fossem velhos amigos, ele agradeceu-lhe esse tempo, referindo que muitas vezes é tão mais fácil falarmos com quem na verdade desconhecemos. Sempre em inglês.
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