Vou falar das do blogue.
Mora tão perto, mas tão perto daqui, que qualquer dia cruzo-me com ela. Não aparenta ter problemas em ser vista, reconhecida, seguida, perseguida. Escreve destemidamente, o que admiro. Mantém na sua escrita aquele profundo conhecimento de quem tem conhecimento que não conhece nada mas reconhece o que sabe, transmitindo ao leitor (neste caso: eu) a ideia de que vive na corda bamba, alternando entre a resignação, porque tem uma vida feliz, e a insatisfação, porque não está bem de maneira nenhuma. O seu humor é simples e irónico. Sorrio muito ao ler o seu blogue, outras vezes rio.
Mora não muito longe de mim, creio, nunca percebi exatamente onde porque nunca mo revelou. No entanto refere amiúde pedaços do que vê da sua janela, relata alguns momentos do seu viver doméstico, do que assiste no café. Tem uma presença forte, a sua escrita é revestida de algo que não decifro, o que me empolga, e a raiva que tem ao mundo atrai-me.
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