Uma carrinha grande ocupava parte do passeio, sobrando pouco espaço para os transeuntes. Vem de lá o homem que corre todos os dias e é ágil e magrinho e mete-se no carreiro. Entretanto vê-me, para, recua, sorri e meneia a cabeça como quem faz questão de me dar a primazia. A gente só se conhece com os olhos mas ele é cavalheiro na mesma. Uso também eu um gesto de cabeça e avanço. Nisto há um outro senhor que vem de lá e estaca repentinamente, por adiantada que tenho a minha passagem no estreito corredor. Quando me cruzo com ele agradeço e levo como resposta uma pergunta:
Tudo bem, minha querida?
Respondi que estava tudo bem, pois claro. Quando é assim responde-se o quê, né?
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