Dona Genoveva estava na mesa junto à enorme porta envidraçada. Calada. Quieta. Ela que não é assim, que é lá isso, antes o oposto. Hum, que estranho. Ao entrar dei-lhe as boas-tardes e admirada com a sua postura quase me ouvi perguntando: então dona Genoveva, que tem, está triste, aborrecida. Mas não.
Da sua última visita ao estaminé queria uma coisinha para enfiar na madeirinha do seu porta-chaves. Descobrimos que a coisinha que a dona Genoveva queria era um piton. Enrosquei-o. Ela achou-me desembaraçada e vai daí disse-me que eu merecia uma beijoca. Depois contou-me do que tem nas gavetas, porta-chaves e isso, e também da depressão. Das consultas médicas. Da empregada, que, não desfazendo (em mim?!), é muito jeitosa.
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