Jardim Fernando Pessa, Lisboa.
Um jovem sentado na relva, cigarro aceso. Vive.
Um velho à janela observa (bebe um café?). Vive.
Um mais velho ainda exercita-se num daqueles aparelhos de rua tão em voga pelos espaços verdes de Lisboa. Enverga gabardine e cachecol, crava o olhar no chão, embaraçado que está. Vive.
Um homem passeia dois cães sem vontade, está mais interessado em mim, que rabisco e observo em simultâneo. Vive.
Duma maneira ou doutra as pessoas vivem. Vive-se. Estar morto é o contrário disto. Não estar, não fazer.
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