Quando coloquei os espinafres na panela, foi como se compusesse uma jarra de flores. Não lhes havia cortado todo o caule, havia agarrado no molho e cortado acima do cordel que os atava, assim obviamente sobrava pé em alguns. Um molho de espinafres é como uma multidão, uns são mais altos que outros. Devia ter tirado uma fotografia à panela de sopa a fazer vaza de jarra de flores.
No supermercado, de manhã, um senhor e eu dançámos por causa da escolha do molho de espinafres. Era eu a desviar-me dele e ele a desviar-se de mim mas a irmos os dois para o mesmo lado, era eu a dizer 'deixe estar' e ele a dizer 'deixe estar'. Que sintonia. Espinafres é uma palavra tão bonita.
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