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Posso voltar a escrever coisas porcas e a mostrar as mamas. E a escrever mamas. Perceberam que os cliques deles iam diminuir drasticamente. Os cabrões.
Gina, a mulher que tem um blogue
sábado, 28 de fevereiro de 2015
sexta-feira, 27 de fevereiro de 2015
Gina hoje fez um esforço descomunal para
Bom, hoje tentei abandonar o tom de escrita dos últimos dias, esforcei-me e creio que consegui. Continuo todavia superlativamente disponível para escrever. Imensamente, sim, o que também é superlativar a disponibilidade. Conta-me enquanto quiseres.
Tenho um
Tenho um apron em green mas não tem peitilho, uma chatice, assim como aparo eu os pingos e protejo a roupinha se o grosso da sujeira saltitante vai primariamente para aí. Já pensei em inventar um peitilho enrolando the apron green à volta das mamas, cruzar atrás e vir depois descendo e atar à frente na zona da cintura com um belo laço. É efetivamente uma solução. Boa. Muito boa.
Capicuas
Fevereiro tem muitos posts, apesar de ser um mês curto. Ontem deixei 272 posts publicados. Capicua. Ah ah. Acho piada a isto de registar as capicuas, mas talvez não dê tanta atenção afinal, uma vez que me esqueço com frequência. Mas pronto e adiante. Os fevereiros costumam ser produtivos em posts, ou têm sido gradualmente, sei lá porquê. Nem vale a pena debruçar-me sobre esta questão, muito embora lhe reconheça pertinência e substância. Este é o post 7607, um dia atinjo os dez mil e aí é que vai ser. Pois. Então, ora veja-se: tem mais um dígito e o número além de mais alto fica mais largo. Maravilha. Post 10000, gand.a festa, post 10001, ah que alegria, post 10101, oh glória terrestre! Próximo ao Natal tenho-os cá. E está criado o primeiro post do Natal 2015.
Pelo meio
Pelo meio da feitura do post anterior ecebi um sms do supermercado a dizer que este fim-de-semana têm os vinhos do Douro em promoção, descontam vinte e cinco por cento. Olarila. Gand.a espetáculo.
Ó Luís...
Qui-é-és...
Vamos comprar vinhos com pronúncia do Norte.
Olha, são muit.a bons, esses vinhos!
E a voraz cidade...
... E a voracidade continua, a de escrever desinteressantemente – não confundir com desinteressadamente, por favor – e assim me lanço nesta arte de descrever elaborada e longamente o que está dentro da minha carteira, a qual tem duas partes, dois fechos, dois... Pronto, é dupla. Sou imensamente artista nas letras, já se vê.
Na primeira parte - não forçosamente a mais importante mas é que tenho de começar por alguma das partes – estão três moedas de um cêntimo e um – um, não, o, porque é definido – o botão das minhas calças, o qual ainda não preguei porque sou mesmo desleixada. Além do desleixo, creio que o fecho das ditas está estragado, o cursor está sempre a deslizar e a arejar-me a área, não se sustém, portanto na iminência de o melhor caminho para este par de calças que me acompanha ser o caixote do lixo, será debalde o pregar do botão. Isso e o lavar das calças no fim-de-semana que começa já amanhã.
Na segunda parte – não forçosamente a menos importante e blás – há o cartão do supermercado que começa por um éme, nada melhor que um desses sempre à mão, e aqui me detenho, que não quero cá publicidades; há o cartão do banco do meu colega, bom, o meu colega não possui um banco, apenas uma conta bancária, nesse cartão figuram: o nome da instituição; o contacto telefónico para o geral; o contacto telefónico para o direto; dois endereços para aceder a sítios na Internet; o contacto para sms, isto na frente, e no verso: o número da conta; o número de identificação bancária e o iban, que não escrevo por extenso por ignorância, sei lá eu decifrar em palavras o que quer dizer iban, ib pode ser instituição bancária, está bem mas e o resto. Esqueço. Tem ainda mais umas letrinhas e mais uns numerozinhos que não revelo por preguiça. Há um papelinho muito, muito giro e muito, muito interessante que mostra uns dedos pintados a caneta, a pintura são caras risonhas, umas com pestanas longas, também as há com colares, óculos, lenços. Todas as caras se apresentam risonhas. Tem de ser. Pudera, então aquilo é a publicidade da loja das pizas, melhor desenhar as 'pessoas' felizes. Este papelinho anda aqui desde dezembro, nessa altura fiz até um post alusivo ao assunto, ah um dia eu faço isto e mais não sei o quê, queria copiar a ideia e tirar fotografias e pôr no blogue, queria e quero, por isso é que o papelinho anda ali. Só que não. Ainda não deu, ora porque me esqueço, ora porque não dá jeito, ora porque não quero. Um dia desenvolvo isto. Há dois pacotes de açúcar, um meu e outro do meu colega, dos cafés desta manhã, a gente não usa açúcar, vai daí guardo e levo para casa, em casa uso. Há a listinha mal-amanhada das compras que tenho de fazer amanhã. Amanhã, às oito e meia estou lá à porta, que agora não durmo, e como não durmo, pronto, coiso. Tenho de comprar noz-moscada em bolas, gengibre em pó, cebolinho seco. São especiarias que uso habitualmente, e se para mais estão em promoção, vai ter de ser.
Vou trazer açúcar amarelo, pois vou, esta semana vai ter de ser. Vai ter de ser, outra vez a escrever vai ter de ser. Que origin... Deixa lá. É que a semana passada já era preciso mas depois acabei por não comprar.
Hei-de comprar spray tira-nódoas, igual ao item anterior, a semana passada já blás e mais blás.
Faz-me falta papel higiénico e rolo de cozinha. Assim de repente fica tão mal estes dois artigos agrupados desta maneira mas no supermercado estão no mesmo corredor, afinal de contas o material assemelha-se.
Já quase não tenho detergente para a máquina da roupa, ou para a roupa, não sei, às vezes acho mesmo que não sei escrever. É para a roupa, só pode ser para a roupa porque é para a lavar, a máquina por si só não tem qualquer interesse no detergente. Se já quase não tenho, melhor comprar, então.
O rico filho avisou-me 'ó mãe, eu preciso de desodorizante e lâminas para a barba'. Eu respondi ao rico filho 'está bem, filho, a mãe no sábado traz'.
- para que conste - dois pontos -
- afinal pintei as unhas de castanho - ponto final - bem-haja - ponto final -
quinta-feira, 26 de fevereiro de 2015
Boa tarde!
Não, ainda não ocorreu o intervalo grande, é meio-dia e tal, agora. Não há fotos hoje, ou fotos d' hoje, e hoje, sim, hoje, estou farta de escrever. Não, farta não, estou farta mas não estou farta no sentido literal, que ainda não me fartei de escrever, que é lá isso. Vou almoçar. Tenho pensado num dos posts que escrevi ontem, onde digo que a vida é dispensável. A conotação é depressiva, pelo menos escrevi tomada pela depressão. Às vezes acho que devia desviar-me dos caminhos de todos os dias, por causa das recorrências, largar a árvore amarela e os bancos de rua. Às vezes acho que estou doente. Às vezes acho que estou muito doente. Às vezes acho que não passo de uma mulher tola e preocupada com ninharias. Cinquenta e um, os minutos que passam do meio-dia, vou preparar-me para ir almoçar. Boa tarde! Outra vez, pois. E no mesmo post, para engordá-lo. Há pouco era meio-dia e tal e agora são três e qualquer coisa. Não sei que escreva, agora. Ora. Ora para rimar com agora. Atento, ele disse que estava atento e pela entoação sorria. Perguntei, disse ela, senão afirmava, reforma ela, categórica. No banco onde está escrito hater, do outro lado está violeta, hater a vermelho, violeta a giz. A violeta deve ser aquela miúda que canta e ao que parece tem montes de namorados, à vez. É um personagem, um boneco. Mais ou menos como eu no blogue, que às vezes o que me parece é que estou a recriar-me e que a pessoa atrás do blogue, ou do ecrã, afinal não existe. Na verdade isto são pensamentos, o que tenho escrito em alguns dos posts dos últimos dias, mas melhorados, estruturados, ninguém pensa assim, não do modo em que este texto, e os outros, está(ão) construído(s), a mente humana é um turbilhão e tantas vezes insondável, e não é a minha que vai ser diferente, não é. É. A menina que serve os cafés no lugar da musa vinha levantar a chávena, só que eu ainda não tinha terminado porque estava a escrever nos papelinhos coisas de outros dias que não deste. Pois, é isso, as pessoas sabem lá o que escrevo, não é. É. Ali sou uma senhora, ou uma mulher, que vem beber o café depois do almoço e que às vezes se põe a escrever. Dantes, há muitos, muitos anos, quando retirava o bloquinho de dentro da mala e me punha a escrever, achava que dava nas vistas, mas isso eram só ideias da minha cabeça, claro, com o tempo percebi que quem repara no meu ato de escrever e eventualmente sente curiosidade são as pessoas que se ocupam igualmente, ou mais ou menos, vá, muito embora nunca me tenham dirigido a palavra para se satisfazerem. Há tantos blogues cujo autor interpela pessoas nos jardins, nos cafés, ou onde for, que estão de livro aberto, debruçados sobre ele, lendo, e depois fazem perguntinhas acerca do livro aberto e até tiram fotos ao leitor, a ler, ou então não, se calhar depende um pouco da disposição da pessoa, e depois, com autorização da mesma, o autor põe tudo no seu blogue, ou outros autores há que somente publicam o post escrito sem que a pessoa saiba que está a ser retratada e pronto, não mexem mais. Podiam usar o mesmo princípio para abordar quem escreve nos jardins, nos cafés, no cacifro do ginásio, na sala de cinema, no supermercado, como eu. Sim, no supermercado, quantas e quantas vezes paro o carrinho e toca de sacar o bloquinho para apontar resumos não propriamente ligados ao espaço onde estou. Estou uma flecha, hoje, consegui escrever isto tudo... Fui contar as palavras, descontando umas coisitas que já por aqui andavam há algum tempo tenho mais ou menos três mil palavras escitas hoje, o que ronda os dezoito mil caracteres, isto até ao 'tudo' anterior, mesmo antes das reticências. Porra, não hei-de eu andar marada dos cornos. Não devia escrever tanto, não é. É. Olha esta coisa que inventei recentemente, isto do 'não é, é', agora meto esta merda em tudo o que é post, é a minha marca atual, o 'não é' pergunta mas remato-o com ponto final, o 'é' sou eu a responder-me laconicamente. Não sei se me resta muito tempo para engordar este post. Isto da casualidade que a minha profissão comporta é interessante que se farta, eu sei lá se vou poder... Escrever... Mais... Ná, as reticências era eu a fazer suster a respiração do leitor, ah Gina não vás mulher, tu não te vás, fica comigo. Bah. Tretas. Então alguém vem ler posts longos...? Ah ah. A maioria dos bloguistas não tem pachorra para ler os posts longos de outros bloguistas. E se eu revelasse que horas são agora...? Mau maria, já são reticências a mais, não sou fã das ditas. É essas e as vírgulas, que, vá-se lá saber porquê, ultimamente tenho usado mais. Hum. Bom, sou um bocado criativa, essa faceta ninguém ma tira que eu não deixo, sinto uma quase permanente necessidade de mudar, chocalho a cabeça e lá vem outra ideia. Ou pouso o olhar numa folha diferente, uma folha de árvore. Árvore amarela. Um post deste calibre, interior, quero eu dizer, e a árvore amarela que ainda não tinha desenhado as suas letras neste post senão lá em cima. O que significa para mim. Então, é uma amiga que eu tenho ali. Se a árvore amarela lesse o meu blogue ia querer saber qual é a oitava árvore, não é. É.
Quero
Estou disponível. Disponivelíssima. Superlativamente disponível, melhor assim, que não há grau superlativo para este adjetivo.
Posta-restante
E olha assim isolado, aquilo do post de ontem, tão belo e tão bom:
«Tem também o desdém pelo que o mundo contém.»
Um dia escrevo um livro. De frases a rimar.
«Tem também o desdém pelo que o mundo contém.»
Um dia escrevo um livro. De frases a rimar.
Hum
Gualter Abílio, um homem às minhas ordens. É aquele que diz 'sempre a considerar' como cumprimento. Se considera, obedece.
Cliente
Queria ganchos para cabelo, que a mãe tem a franja comprida e não lhe querendo meter a tesoura, a solução é um ganchinho fininho e dourado por modo a não se ver, uma vez que não quer que se veja, mas para a senhora ver o mundo, pois como se sabe, uma franja à frente dos olhos não permite a visibilidade. Veio portanto à drogaria comprar ganchinhos de cabelo. Bem-haja. Só por dizer que são ganchinhos para cabelo e não de cabelo, ganchinhos de cabelo nem sei o que é. Sete ganchinhos abraçando a cartolina, sete ganchinhos que ela leva, um para pôr a uso, os restantes põe-los na gaveta do toucador. Toca o telefone. Parece um trocadilho. O som vem de dentro da mala dela. É a sua mámi. Filhi da sua mámi responde lá na língua delas, com muitos blás e mais não sei o quê. Ou sei, espera lá que sei, pelo meio mete as palavras 'drogaria', 'fininho' e 'dourado'. Ou a cabeça da filhi já não assume o discurso num só idioma, ou então no país de onde vem não existem tais palavras e tem de usar as nossas.
Nu
Este é um post pensado para espicaçar o senhor Blogspot, que agora a gente não pode exibir nus nem nada dessas coisas. A foto que apresento é a mais despida que tenho. Já tem meses de criada e não é a primeira vez que a apresento.
Quando acordei
Quando acordei aspirei um odor esquisito. Era eu. Dormira mal, sonhando coisas parvas e angustiantes, suei à farta e revirei-me na cama constantemente durante horas. Tinha o corpo suado e o cabelo colado à cabeça. Oh céus. Corri para a banheira. A água lavou-me o corpo e a cabeça, só tive de arranjar o sabão e esfregar-me. Delonguei o ato. Água quente, mas não muito, que não gosto disso. Há partes do meu corpo que estão sempre frias: antebraços e omoplatas. Gosto daquela sensação que a água proporciona quando passa nessa pele, fria, tão fria que arrefece a água. Sério, aquando nos antebraços, chega-me arrefecida às mãos; aquando nas omoplatas, chega-me arrefecida... Mais abaixo, pronto. Gosto tanto.
Não comprei
Andei numa outra loja a vasculhar expositores. Dei com uma série de peças de cima das quais gostei muito. Especialmente umas que estão em saldos e que são de verão, mas do verão passado ou passado a esse também, não sei, mesmo fixes para usar no estaminé. Andei lá a ver e tal mas não me apeteceu pôr-me a despir e coiso. Agarrei em três ou quatro cabides e escondi-os. Estão no expositor número três, lá atrás de muitas outras peças, não tão giras, giras são aquelas, ora caraças, que é lá isso, para ninguém lhes pegar, ou para ser mais difícil descobri-las. Vai, baza daqui.
Não comprei
Já experimentei as blusas de que falei ontem.
A blusa duas em uma, vermelha, cor que adorei logo que vi, não fica bem, pareço um fantasma, as badanas da blusa de fora esvoaçam, e muito embora não se vejam os colchetes do sutiã, não gosto nada daquilo, afinal.
A blusa alegre e simples, e rodada, aquela em dois tons, com bolsinhos e mais não sei quê, é um horror o que aquilo me fica, parece que estou grávida, credo, levanta à frente e tem pouco espaço para a chicha de trás.
A blusa com letras foi uma desilusão, é tão linda e não me assenta bem, pra começar não tem tecido que chegue para os meus roliços braços e depois espalma-me as mamas.
Oh.
Hão-de aparecer mais modelos, creio nisso, há esperança no porvir, creio nisso também.
Comprei
Comprei uma revista de moldes. Tem um vestido lindo, modelo que vou copiar assim que puder. Tem outros modelos lindos, de um deles vou copiar as mangas, que o modelo do vestido tem-nas lisas e eu não quero que o meu seja assim. Portanto: vou fazer um vestido com o corpo e a saia de um vestido e as mangas de uma túnica.
Comprei
Comprei um creme para o rosto mais um gel para lavá-lo. Estou a gostar do resultado, a pele fica brilhante e lisa, praticamente não tenho altinhos com sebo por baixo. Borbulhas. Infelizmente na altura não comprei toda a linha, ficou a faltar o sérum e o esfoliante. Calhando, tendo comprado o que devia, a esta hora tinha para aí menos seis meses. Que piada fácil. Bah. Não, vamos lá explorar estas questiúnculas. A minha agente de beleza, consultora da Mary Kay, tem efetivamente produtos de qualidade, com um preço acessível, nada de exorbitâncias. Claro que ao início, querendo comprar o que é aconselhado, gasta-se um bocado bem bom de dinheiro, mas pronto. Entretanto, o que acontece é que perdi o contacto com a moça que me aconselhou e vendeu os produtos. Tenho o número dela mas não a vejo há muito tempo. Queria completar a minha linha, tenho o número da rapariga, eu que ligue, não é. Não, não é. E eis que uma cliente, um dia lá longe, se me apresentou como consultora da mesma marca de cosméticos e eu fiquei a cambalear, não é. Não, não é. Mas sim, talvez um pouquinho, sim. Por um lado, esta última está ao pé de mim, é simpática, e a outra, não é que não seja simpática, é-o por demais, mas mora longe e nunca mais a vi. Quando a segunda consultora de que falo neste post se me apresentou obviamente fui sincera e referi que já tinha quem me aconselhasse e fornecesse. Vai daí não sei que faça, alguém me ajude, por favor... Não, estou a ironizar o caso. Melhor avisar antes que não se perceba. Melhor registar também que este post não é patrocinado pela marca de cosméticos que refiro lá em cima. Mas dizia eu que não sei que faça, se ligue para a primeira, se vá à procura da segunda.
Da obediência cega
Escrito num daqueles paralelepípedos que comandam os semáforos na cidade:
«Até quando vais ser ovelha?»
Creio que é até nunca mais.
«Até quando vais ser ovelha?»
Creio que é até nunca mais.
Número de posts
Preâmbulo
«Ainda um dia me vou dar ao trabalho de contar todos os meus posts de todos os blogues que já criei.»
A minha vida como bloguista começou em catorze de abril de dois mil e seis. Criei um blogue numa plataforma (blog.com), havia pesquisado onde havia de me iniciar nestas lides e calhou aparecer aquele linque, cliquei e pumba, criei o blogue e comecei, a medo. Pouco depois percebi que não me estava a entender com a plataforma que escolhera e desisti do blogue aos dezasseis de setembro do mesmo ano. (Verde água; 57 posts; Gigi, a alcunha)
E eis que mudo de endereço e até de plataforma (blogspot.com, a qual nunca mais abandonei) a dezasseis de setembro de dois mil e seis, indo terminar a catorze de julho de dois mil e doze. (Verde Água; sim, o mesmo título, como tinha mudado de plataforma pude continuar, se bem que posteriormente tenha descoberto que já havia um homónimo, mas isso talvez seja melhor desenvolver noutro post; 6880 posts; Gigi, a alcunha durante alguns anos, depois, Gina, por estar cansada de eu não ser eu).
Entretanto já criara este blogue que agora ledes, aos onze de julho, portanto três dias antes de ter teminado o anterior, e cá estou eu preenchendo a blogosfera (este é o post 7589, o meu nome é Gina, a minha alcunha idem, nunca gostei de me desviar do meu nome).
Pelo meio disto tudo criei três blogues que nunca revelei aqui ou em outra página qualquer.
Em novembro de dois mil e sete apareceu 'o que não digo, escrevo', era um blogue onde ia sobretudo falar de saudades e ânsias que não cabiam por nada desta vida no blogue que mantinha público na altura. Acontece que deste blogue jamais poderei saber quantos posts escrevi, ou quando terminou, uma vez que nunca fui muito assídua, escrever secretamente implicava não ter ninguém a cirandar lá por casa, circunstância que na altura rareava, e no estaminé este tipo de escrita era impensável, acabando por esquecer completamente a alcunha que arranjei e a palavra-passe que inventei (vou pensar que escrevi 15 posts, não deve ter sido mais que isso).
Segue-se, em três de julho de dois mil e treze, 'o extraordinário blogue de milena tibúrcio'. Era um blogue louco e destemido, onde despejava muito mais frustrações do que aqui. Escrever assim libertou-me imenso, foi muito bom. Terminou a vinte e dois de setembro do mesmo ano (57 posts).
E não muito tempo depois, mais concretamente no mesmo dia, vinte e dois de setembro de dois mil e treze, surge a ideia para criar o 'blogue à experiência'. Foi mesmo uma experiência e foi uma boa experiência, se bem que tenha sido criado para substituir este, daí o título que lhe dei. Pouquíssimo tempo depois, em catorze de janeiro de dois mil e catorze, deixei de o atualizar (44 posts), revelando a veracidade do título que inventei, não passou de uma experiência.
Nenhum destes blogues, excepto o que ledes neste momento, está disponível na blogosfera. É assim porque sim. Quem lê, lê porque quer, é um facto, quem mostra, mostra o que quer, e esse é outro facto. Em todos os blogues que mantive públicos tenho tido fases em que o que quero é deixar de os manter, sei lá, isto de escrever não é especialmente agradável em algumas alturas da minha vida, a exposição trai-me, como se o eu real matasse o virtual, ou o contrário. Esse jogo de personalidades é por vezes insano, atordoa-me e há inclusive alguns dias em que me entristece sobremodo. Mas estou aqui. O número de posts que criei até hoje é: 14442, quase uma capicua, oh.
Dia de (disseram na Radio)
Dentre outras coisas que não decorei, hoje é dia do anel. A locutora disse que gostaria que os ouvintes ligassem para lá ou se dirigissem ao fuçasbuque no sentido de contar a história da sua aliança de comprometido, se usa ou não, se tem episódios curiosos acerca de. Eu tenho. Ou por outra: não sei se são episódios curiosos mas vou contá-los.
Casei em 16 de julho de 1989. Nesse dia o noivo enfiou uma aliança de ouro no meu dedo anelar esquerdo, antes disso agarrara-me na mão direita. Pois. Por dentro da aliança estava gravado o nome dele e a data do casório. Ele tinha uma igual, só que mais larga, com a mesma data e o meu nome e essa quem lha enfiou fui eu, sem me enganar na mão. Passou um ano e tal, engravidei e inchei pra caraças por todo o corpo, antes que não conseguisse retirar a aliança desenfiei-a do dedo e enfiei-a no fio de prata que habitualmente usava ao pescoço. Lembro-me de a merceeira me dizer: olha, olha, isso é sinal que estás descomprometida. Não liguei, nunca fui de ir em ideias gerais e na verdade infundadas. Ao que parece as moçoilas sem par ostentavam as alianças num fio ao pescoço, não é. É. Mas eu cá não era por nada disso. A rica filha nasceu, os dedos e tudo o mais desinchou. Normalidade. Passaram anos, engravidei novamente e toca de inchar. Mais ainda, parecia um balão. Processo igual, mas desta vez guardei a aliança lá em casa, não sei onde, provavelmente em algum guarda-joias que tivesse na altura. Nesta segunda gravidez, além de inchar engordei demasiado. Quando o rico filho nasceu a aliança mal me servia. Mas servia. Andei com ela apertada talvez um ano ou dois. No dia em que realizei que jamais emagreceria, em que me aceitei, fui pô-la no ourives para a alargar. Pronto, és uma gorda, esquece lá isso, a vida continua. Passou uma quantidade de anos, talvez seis ou sete, por algo explicável mas não publicável emagreci imenso. Voltei às antigas medidas, a aliança rolava no dedo e resvalava, ainda a perdia. Enquanto me habituava ao meu novo tamanho, não fosse aquilo ser um sonho bom, ou algo assim, usava a aliança no dedo vizinho, o médio. As pessoas achavam piada àquilo, a aliança não é nesse dedo, mulher, eu explicava o porquê e acabava a conversa, talvez ríssemos, não sei, mas talvez. Passou não sei quanto tempo. No dia em que percebi que ia ficar com aquele aspeto, quem sabe para sempre, resolvi mandar apertar a aliança, oh felicidade. E passam mais anos. O Luís perde a aliança dele (é a segunda que perde mas isso é assunto para outro post) algures em 2013, a um ano e tal de fazermos 25 anos de casados, e a ideia foi desde logo aguentar até julho de 2014 e nessa altura adquiriríamos as alianças comemorativas das bodas de prata. Mas não. Pronto, não dava lá muito jeito. Pouco depois de o Luís perder a sua aliança eu deixei de usar a minha. Não é por nada negativo, não é nenhuma espécie de vingança, raiva ou frustração, é que assim fico com mais um dedo livre para quando quero usar montes de anéis, o que acontece somente nas estações mais quentes. Além disso creio que nessa altura estava-se no inverno, eu tinha frieiras, dedos inchados e doridos e o caraças. Vá, mete mas é a aliança no guarda-joias, o que a bem dizer, isto de andar sem aliança era algo recorrente nos invernos passados. Entretanto chega o verão, o de 2014, não há alianças pra ninguém, nem de ouro branco, nem de prata, nem com ou sem enfeites fofinhos e nomezinhos e datazinhas no interior, como já referi, passado tempo, chega este inverno, frieiras, há-de chegar a primavera, o verão e montes de anéis... E é assim: aliança, não é. É. Querem saber, não é. É. Não uso, senhores da Radio, não uso.
Ontem e hoje
Ontem falei um bocadinho da lista de leitura de blogues, da minha, e até de seguidores, e hoje vou falar novamente dos meus seguidores. Para já devo dizer que detesto este termo de seguidores, acho uma palermice, até parece que isto dos blogues é alguma religião ou o caraças, no meu caso tampouco o número de seguidores coincide com o de leitores, quanto mais. Pois bem, só tenho um. Sério, lá no quadradinho, quando estou dentro do meu blogue, aparece somente 1 seguidor, e cá fora, na página que todos podemos ver e ler, está um outro quadradinho onde aparece o número 6. Aqui há tempos era um 7, mas pronto, marimbo para isso. Alguém me abandonou, não é. É. O melhor disto tudo é não lhe sentir a falta.
Filmes reais
Vi um vídeo na Internet onde se assistia a um assalto em direto, numa carruagem do Metro de Lisboa. Não é um assalto onde se use a violência, o que acontece é apenas um retirar de casaco, onde possivelmente estarão os pertences da vítima. A indignação está sobretudo no facto de ninguém fazer nada. Aquilo começa com o assaltante, que não aparece na imagem, a meter-se com a rapariga, dando-lhe estalos na cara, assim ao de leve, só para espicaçar, ela manda-o para lugares pouco bons e chama-lhe nomes ruins, não reage mais que isto, o rapaz que está com ela não se mexe, com medo, suponho eu. Medo. Depois o assaltante arranca o casaco ao pobre, sai porta fora e a vida continua. Então e a pessoa que está a filmar?! Homessa! Mas agora vivemos assim? Quem me diz que quando estão pessoas de telemóvel em riste não estão de facto a filmar o que se passa na vida alheia e a divertir-se com o infortúnio de outros...?
quarta-feira, 25 de fevereiro de 2015
Último
Até amanhã!
Até amanhã!
Dona Palmira.
Gina.
//Afinal ainda cá vim. Oh, que se há-de fazer, não é. É.\\
Dona Palmira tem pronúncia alentejana.
Gina tem outra pronúncia qualquer. Há uma pronúncia para quem cresceu na saloiada e se move sobretudo na capital. Sei lá. Mas se há, Gina tem-na.
Boa tarde!
Acho que este é o último post de hoje. Às tantas. Deixo a mesma imagem de manhã mas agora com uma carga de cor em cima, para ficar diferente. Deixo a imagem lá em baixo porque sobrevalorizo as palavras, se comparadas com imagens.
Pois que já ocorreu o grande intervalo. Primeiro almocei. Arroz de pato. Raramente o almoço me faz bem, estou todos os dias ansiosa, a hora e a perspetiva propicia esse estado. Alcancei o banco quase sem saber como. Depósito de tanto, conta tal, como está a senhora. Pena não ter encontrado a senhora secretária do senhor doutor do consultório da avenida como da outra vez, que assim dava-lhe logo ali a faturinha, como da outra vez em que a encontrei por ali assim, na mesma fila que eu. Não se importa que eu lhe dê a faturinha aqui, pois não, é que escuso de lá ir. Não senhora, ora essa, dê-ma cá. Mas não. Isso, como já disse, foi da outra vez. Atingi o lugar da musa. Café do bom. Café do melhor, na verdade. Cabeça a estalar. Então e o escrever agora para aproveitar o estalo, como é. Hum. Pouco. Retiro-me, pesarosa. Não sei que tenho, estou sempre triste. Devo ser mais estúpida do que quero admitir. Não tenho motivos para esta triste mas estou. Ao meu lado há pessoas dedicadas, oh se há. Mas estou imensamente triste. O imensamente cabe aqui, a medida é essa. Há todo um rol de questões que não percebo, escrever não as soluciona mas ocupa-me a cabeça. Saio para a rua e vou até ao consultório dos tais que falei há pouco. O senhor doutor vinha a sair com mais duas doutoras de fato saia-casaco. Não me reconheceu, portanto não me cumprimentou. Não faz mal, senhor doutor, deixe lá isso. Subo as escadas e cumprimento a dona secretária, que aperta os lábios pela surpresa de me ver ali, é que quando os trabalhos são no escritório, pois bem, ela tem conhecimento, passa lá a vida, agora quando é no lar do senhor doutor não tem meio de saber, não é. É. Meto a faturinha na mão da dela, isto já depois de desfeito o trejeito da boca e digo-lhe adeus. Desço escadas e num dos átrios espreito pela janelinha com portinhola de ferro. Vê-se o jardim, dali, gosto tanto. Aspiro o vento que entra pela fresta. Cheira bem. Enlouqueço um bocado, não está ninguém a ver-me. Acho que é por isso, sempre se encolhem os gestos e as emoções que não se consideram bonitos e próprios de pessoas sãs, não é. É. Percorro uma vez mais a avenida, agora no sentido contrário. Bem que me dedico à árvore amarela, mas por enquanto continua desnuda. É inverno, ainda. As outras árvores que no outro dia descrevi em dois posts desinteressantes estão no mesmo estado. Desnudas. Avanço. Sinto-me esquisita, a vida é dispensável. Sério, oh: a vida é dispensável. Note bem: a vida é perfeitamente dispensável. Depois cheguei aqui, ao lugar soturno, e escrevi este post dispensável, como são todos.
Rascunhos tenho muitos, ainda, tenho também a cabeça cheia deles, não dou conta disto. Nem vou contá-los.
Não comprei
Já há roupas primaveris nas lojas. Entrei numa e estranhei estar arrumada, com mais espaço, os expositores tão alinhados. Era isso, roupa nova para usar na primavera que está aí não tarda, por isso tudo tão arrumadinho e principalmente pouco mexido. Gostei de muitas das peças que vi, sobretudo blusas e t-shirts, mas não experimentei nenhuma, fica para logo ou para outro dia, logo vejo.
Há uma blusa duas em uma, por baixo branco e por cima outra cor, adorei a vermelha. No cabide parece linda, já se vê, só que é composta por um grande decote nas costas, nada mal, mas é demasiado profundo, creio nisso, e portanto vai-se ver os colchetes do sutiã, o que não será bonito.
Há uma blusa alegre e simples, talvez um pouco rodada mas quem sabe me favoreça, confecionada em dois tons, por trás toda de uma cor, pela frente cortada, a mesma cor que a parte de trás em cima, branco ou preto, conforme a cor do resto, para combinar a preceito, rematando com uns bolsos que mal se dá por eles mas que ficam ali a fazer feitio e a dar graça.
Há uma blusa com letras e esta é a minha preferida, muito embora não seja por aí além fã de frases em cima das mamas, mas esta, eh pá, é gira que se farta, e diz que a mudança de vez em quando é uma coisa boa, e eu acho que é mesmo. Estão expostas várias cores do modelo preferido desta que escreve, mas eu gosto mesmo é da amarelinha, essa sim, preenche-me, quem dera me ficasse bem, olarila. Mas fica para depois, isso de a provar, essa e outras, já agora, já que vou para o provador, que leve todos os modelos que me encantaram.
Almoço
Comer é foder, diz a Maria Alice*.
:::: Senhora doutora abre a boca toda para meter um monte de puré de batata lá dentro. Quem manda encher tanto a colher. Ora.
:::: O senhor doutor debruça-se sobre o prato. Tem no rosto uma espécie de nojo. Uma ou várias. Tem também o desdém pelo que o mundo contém. Fiz um poema a rimar: em; ém; ém; ém.
*Coletânea 'Beijos de Bicos', conto Modo de, Gina Grangeia
Da moda dos sacos a dez cêntimos cada um
Sacos para o lixo, em casa, são cada vez menos. Já não os há. Tenho de comprar um caixote do lixo maior, tenho de comprar sacos. Tenho de levar com o cheiro a lixo, que os sacos sendo grandes acomodam muitos detritos, vai daí, coiso, pumba, lixo no lixo, dia sim, dia não, e cheiro na cozinha no dia não. Agora é inverno, tudo bem, os cheiros não se propagam assim tanto, mas quando chegar aquele calorzinho. Oh.
Cliente
«Olá, estás cá hoje?»
«Não, sou um holograma.»
Às vezes promovo o dispersar dos clientes (conhecidos da casa, obviamente não respondo assim sem ter confiança para isso) com palavras que não pertencem ao quotidiano. Este tipo de coisa espanta qualquer um, mesmo que me conheçam, que fazer, não é.
Cliente
«Olhem lá, venham por aqui.»
É que o caminho era esconso e já estava escuro, daí o conselho da cliente. Calçada dos Barbadinhos, em Lisboa. É esconso.
Da garrafa
Então, o que aconteceu com a garrafa é que eu tinha meias altas. Pipi. Ah ah. Lembrei-me. Mas não. As meias eram altas e eu cortei-lhes o cano, ficando com duas golas de tecido para deitar fora, cada uma pertencente a seu pé. Temos um pé esquerdo e um direito, não é. É, normalmente, é. Só que deu-me pena pôr no lixo os canos curtos em tecido azul elétrico, se para mais, a gente agora até tem de poupar os sacos e coiso. Vai daí enfiei-as na garrafa de água. Ficou diferente, a minha garrafa. Por acaso tenho de a deitar fora, que é velha, já. Lá vou eu encher o saco. O saco que pago, mas que pago de outra maneira. Os sacos dantes também eram pagos mas a gente nem percebia.
sem título
é sem título
mas é da fala
se falas
considero
falas tu
considera
puta que os pariu
falo eu
considera
falo aqui
diz que sim
que fales
puta que os pariu
considerei
é a fala
o maior
o mais
o grosso
eu não
eu além
ei
tu aquém
oh
puta que os pariu
já não volto
a dizer
a gente fala
mas é da fala
se falas
considero
falas tu
considera
puta que os pariu
falo eu
considera
falo aqui
diz que sim
que fales
puta que os pariu
considerei
é a fala
o maior
o mais
o grosso
eu não
eu além
ei
tu aquém
oh
puta que os pariu
já não volto
a dizer
a gente fala
Novidade no senhor Blogspot
«A 23 de março, o Blogger deixa de permitir determinados tipos de conteúdos sexualmente explícitos. Saiba mais aqui.»
Ontem à noite tinha esta mensagem no interior do blogue, escarrapachada lá em cima, sombreada a uma cor diferente para ser vistosa. E eu li e pesquisei no 'aqui', que era uma palavra sublinhada, um linque, dando acesso a uma outra página onde se era confrontado/a com a novidade e se poderia então perceber. Pronto, ok, vá, a Internet é para todos, quer isto dizer que andam aqui todas as faixas etárias, e talvez às crianças e aos muito jovens não seja proveitoso ver certos tipos de filmes e de fotos, há coisas em que se é realmente muito verde para saber que existem. No entanto, eu, bloguista tola e principalmente impopular, creio que posso continuar a escrever caraças, porra, merda, cagalhão, puta, cabrão e todas as formas do verbo foder. Ah, e mamas, penso que também posso escrever mamas. Então e cornos. Pois, cornos também acho que posso. Não podendo, olha, metam-me lá o blogue em privado a ver se me importo, seja lá como for às vezes apetece-me tanto estar escondida.
Era
Era num mês assim, de flores amarelas, as azedas, e de nuvens no céu. Enquanto o menino dormia eu ia lá fora espairecer a cabeça, tirava fotos e punha no blogue. O menino acordava e eu ia dar-lhe a sopa e o peixinho, uma batatinha, uma cenourinha. O menino dormia e eu escrevia o que depois punha no blogue. Também comia, eu, mas era no refeitório. Era assim, há exatamente seis anos. As azedas e o inverno e a aparência geral da cidade lembraram-me a data.
Agora eu era
Agora eu era uma bloguista como deve ser e punha aqui os linques dos blogues que leio. Uns leem-me, outros não, outros ainda nem sabem que eu existo, mas isso é somenos, a sério que sim. Tenho mesmo de pôr a minha listinha de leitura ali ao lado, ou lá em baixo, no blogue. Nem todos os blogues da minha listinha que se vê cá de dentro, e portanto é só para mim, leio completamente, também não leio blogues todos os dias, por vezes chego a casa muito tarde e sem cabeça para leituras, ou, calhando ser algum bloguista que não atualiza o seu blogue amiúde, então leio sempre que há novidades no seu blogue. Mas não todos. Depois, ou então não, então seja agora, devo dizer que não sei muito bem porque nunca me dei ao trabalho de pôr a listinha a descoberto, se bem que me pareça mais um caso de preguiça que outra coisa, a verdade é que sou um bocado insocial na vida e isso repercute-se também na Internet. Insocial no real, insocial no virtual. Será. Sei lá.
Aqui há
Aqui há atrasado dei com um novo seguidor do meu blogue. É um bloguista de renome na blogosfera e o inesperado acontecimento baratinou por completo esta que escreve. Que raio faria o homem ali, na minha lista de seguidores, deve ter-se enganado, olá, que é isto. Mas lá no fundo fiquei toda coisa, claro que fiquei toda coisa e toda eu inchei. O homem é prestigioso e é prestigiante. Mas horas depois tinha desaparecido do meu interior. Nunca mais voltou.
Bom dia!
Não há foto, sempre deixei a máquina fotográfica no senhor doutor, como previra. Não sei para quê estar a dizer isto de não ter foto, calhando não teria foto na mesma. Mas pronto, não tenho foto, tenho imagem. Pensei assim, olha posso digitalizar coisas, também é preciso uma máquina, se bem que o tipo de alimentação seja diferente e também é toda ela maior. E lá está, usei uma máquina para ilustrar o bom dia. O mais engraçado é eu ter terminado de escrever a frase anterior – bom dia – enquanto dizia bom dia a um cliente que acabava de entrar. O menos engraçado e contudo dispensável dizer é que este não é o primeiro post do dia, que é lá isso, entretanto fui escrevendo outras coisas e a esquecer-me do bom dia continuamente. Mas agora já está, bom dia, sem foto mas com imagem, e que imagem, olarila.
terça-feira, 24 de fevereiro de 2015
O Óscar
Não sei se este Óscar é com letra grande mas adiante. Eu cá não recebi nenhum! E percebo porquê. Veja-se este vídeo... Este vídeo não interessa nada. Não devia estar aqui. Sério. O som de fundo faz publicidade ao pingo doce. Visualmente não tem nada senão azulejos a duas cores. São nove segundos com uma fila de azulejos acastanhados, mais azulejos brancos quer em cima quer em baixo. Uma pasmaceira.Ainda por cim anem sequer pus um título giro e coiso no vídeo, já se viu, o coitado dá por nome o clique da foto, que neste caso não é foto, é fotografia.
preto o olha ah embaralhado branco em todo ah agora post em
que o visitante mas não devia ter ou quadruplicar escrito aquilo que tenho em vez de ocupava mais espaço ah ah hoje estou amanhã o dia vem e eu vou ser para tenho motivo no peito e no ser e na cabeça a propósito de o que tenho que assim a farta não tem infeliz graça que é lá isso de ah ah nada não ponho ah ah na dor que é lá isso e já são quase onze dói-me horas e estou este escrito por isso não para ler tem de ser selecionado de mas acho pensar nisso e doente vai daí coiso ah ah e o dia está no se vai ler nada fim e o caraças e eu estou farta com em branco e tal não vai e está que não se ah ah e tudo e tudo e tudo e tudo ah ah se calhar o melhor e fazer grande copiar-colar e assim cabeça que se consigo aumentar isto consideravelmente tristeza ah ah e a vida e não sei que mais e merda tal ah ah mas tenho de preencher post está as melhoras muito espaço grande e tudo em branco título é desta merda pôr aqui especial tão especial que é uma ah ah olha fode e mais não sei o quê eu a ser irónica olha eu a ser feliz que é para isto ficar o que tenho e cabeça tanta a mesma ah ah esquisita e agora vou triplicar isto ou se calhar vou mas é quintuplicar isto para fazer um post em branco e em grande muito grande um frio boa noite e até amanhã quintuplicar cabeça desejem-me que bem preciso
post em branco, em 5 de fevereiro último; post agora em preto, aos vinte e quatro do mesmo mês
este post está escrito em branco por isso não se vai ler nada para ler tem de ser selecionado mas acho que o visitante não vai pensar nisso e vai daí coiso ah ah e o dia está no fim e o caraças e eu estou farta desta merda e tal e está um frio que não se fode e mais não sei o quê ah ah e não sei que mais pôr aqui e tal ah ah mas tenho de preencher muito espaço que é para isto ficar grande e tudo em branco título e tudo e tudo e tudo e tudo ah ah se calhar o melhor e fazer copiar-colar e assim consigo aumentar isto consideravelmente ah ah e a vida é especial tão especial que é uma grande merda ah ah olha eu a ser irónica olha eu a ser feliz com o que tenho e devia ter escrito aquilo que tenho em vez de o que tenho que assim ocupava mais espaço ah ah amanhã o dia vem e eu vou ser infeliz na mesma ah ah mas não tenho motivo para tanta tristeza no peito e no ser e na cabeça a propósito de cabeça hoje estou doente dói-me a cabeça que se farta não tem graça que é lá isso de ah ah nada não ponho ah ah na dor de cabeça que é lá isso e já são quase onze horas e estou esquisita e agora vou triplicar isto ou quadruplicar ou quintuplicar se calhar vou mas é quintuplicar isto para fazer um post em branco e em grade muito grande boa noite e até amanhã desejem-me as melhoras que bem preciso este post está escrito em branco por isso não se vai ler nada para ler tem de ser selecionado mas acho que o visitante não vai pensar nisso e vai daí coiso ah ah e o dia está no fim e o caraças e eu estou farta desta merda e tal e está um frio que não se fode e mais não sei o quê ah ah e não sei que mais pôr aqui e tal ah ah mas tenho de preencher muito espaço que é para isto ficar grande e tudo em branco título e tudo e tudo e tudo e tudo ah ah se calhar o melhor e fazer copiar-colar e assim consigo aumentar isto consideravelmente ah ah e a vida é especial tão especial que é uma grande merda ah ah olha eu a ser irónica olha eu a ser feliz com o que tenho e devia ter escrito aquilo que tenho em vez de o que tenho que assim ocupava mais espaço ah ah amanhã o dia vem e eu vou ser infeliz na mesma ah ah mas não tenho motivo para tanta tristeza no peito e no ser e na cabeça a propósito de cabeça hoje estou doente dói-me a cabeça que se farta não tem graça que é lá isso de ah ah nada não ponho ah ah na dor de cabeça que é lá isso e já são quase onze horas e estou esquisita e agora vou triplicar isto ou quadruplicar ou quintuplicar se calhar vou mas é quintuplicar isto para fazer um post em branco e em grande muito grande boa noite e até amanhã desejem-me as melhoras que bem preciso
pra que se saiba este post está a ser alterado a posteriori ora bem então tiro o quadruplicado ou o quintuplicado ou lá que foi as vezes que copiei esta parvoíce queixosa para não ficar uma coisa descomunal resta ainda e só e já agora revelar que este pedacinho ou seja este parágrafo está a ser acrescentado e na verdade profundamente alterado o parágrafo anterior aos vinte e sete de fevereiro de dois mil e quinze e fiz esta alteração porquê fi-la porque precisava de manter o número de posts que o blogue tem à data corrente que é como já disse vinte e sete de fevereiro de dois mil e quinze por conta de uma série de outros posts onde refiro quantidades de posts e isso assim e vai daí fica a coisa como que normalizada
Posta-restante
Não veio cá freguês nenhum buscar uma fechadura daquelas. Procurando estas fechaduras, não.
Quês
Preâmbulo
«Estive lá, eu e outros que dizem que estiveram. Descrever tudo. Ao pormenor.»
Estive no Atrium Saldanha, das treze e quarenta às catorze e quinze. A maioria das pessoas que diz que lá vai, aquando deste horário, vai almoçar. Eu não. Entrei e dirigi-me imediatamente ao wc. Despi o casaco e duas das camisolas porque o lugar é quente que se farta. Fiz chichi sem me sentar na sanita, que isto de andar no ginásio promove o equilíbrio e a força em certas partes do corpo, incidindo eu aqui nos membros inferiores, não sei se estava a dar para perceber. Quando escrevo sou responsável pelo que dou a perceber, não sendo no entanto responsável pela perceção dos leitores. Esbarrei algures, agora, não se percebe nada. Gostava de ser isso do paradoxal e/mas entendível, imagino que seja uma cena fixe pra caraças, mas não sei se chego a tanto. Vi a minha imagem refletida naquela parte metálica onde a gente apoia a mão ao depois de a urina escorrer, não quero falar de cócós, agora, o autoclismo, é o que quero dizer quando refiro parte metálica, mas não comento a imagem mais que isto, em ânsias de pedir que a peçam. Não e não, tudo não, oh. Depois disso coiso e tal e mais não sei o quê. Enfiei o casaco e tratei de enfiar, também enfiar, pois, uma das camisolas, a mais fina, dentro da mala, para fazer companhia ao cachecol e às luvas que nem era preciso trazer. Saí porta fora. Ah... Horas: treze e cinquenta e quatro. Sento-me num banco de mármore. Este é de mármore, às vezes sento-me num de pedra, mas noutro lugar da cidade. Faço anotações no meu bloquinho rudimentar. Não faço as anotações, algumas delas, no livrinho azul porque não me lembro que existe tal objeto na minha mala. Mala. Aqui há tempos percebi que não se diz mala, mas carteira. Ora. Do casal com alguma idade ao meu lado, a parte fêmea dá por mim mas a parte macho nem por isso. Horas: treze e cinquenta e sete. Levanto-me. Boa tarde, Gina Guê, tudo bem com você? Se isto fosse um texto ouvido ia ouvir-se a pronúncia brasileira da moça, assim não. Está tudo bem, e consigo? Em se ouvindo, lá está, eu era com pronúncia portuguesa que se ouvia porque sou portuguesa. Hum, La Palisse anda aqui. Relacionámo-nos então de outra maneira, eu tensa, ela não. Do calor. Do frio. Do verão que vem aí. Do quanto o desejamos. Das camisolas que tirei. Mão em cima e em baixo. Faz assim, oh. Gel fresco nas partes mexidas. Blás. Adeus. Saí para a rua. Ah... Eu estive lá, hoje, das treze e quarenta às catorze e quinze. Quero eu dizer no Atrium Saldanha, em Lisboa. Depois percorri as ruas até aqui, cruzando-me com pessoas que gostam muito de mim porque não me conhecem.
Porquê
Porque fica um arco bonito por cima do olho.
Porque não há pelos sobrantes
Porque me liberta o olhar
Porque me compõe o rosto
Porque não há pelos sobrantes
Porque me liberta o olhar
Porque me compõe o rosto
Aparentemente
Aparentemente não há nada a fazer neste lugar, é que nem as banalidades me espicaçam. Posso sempre descrever o lugar. Descrever não é escrever, não sinto como seja, pelo menos. Há mesas e bancos de pé alto. Ali entre o tampo de uns e outros dá para perceber a tomada na parede, uma concavidade, dois furinhos, dois arames e tal. Há uma menina a cirandar por entre os pés altos, de tótós na cabeça e peluche coçado na mão. Há um pai e uma mãe a dizer 'anda cá para aqui, filha'.
Boa tarde!
Se tudo correr como espero, e o que espero é deixar logo à noite a minha máquina fotográfica no senhor doutor, uma vez que entretanto não a deixei lá no passado domingo, esta é a última fotografia antes de ser mexida. É o clique número 8820. Esta máquina, até hoje, tirou 8820 fotos. Obviamente não aproveitei nem metade, mas mesmo que seja apenas 30% de aproveitamento, é muito clique. Resta ainda saber, e eu vou saber, se vou ver de novo esta minha máquina, porque é já a terceira vez que vai ao senhor doutor, com o mesmo problema. Não retornando a casa, já se vê, a dita tirou ao longo de toda uma vida, quase 2 anos, 8820 fotos, umas risíveis, outras lindas, mas... 8820. Olarila.
7556
Eu disse que na segunda-feira tratava das meias azuis mas ficou para terça-feira, hoje. E já está. Tratei do caso enquanto um senhor mirava a montra. Não entrou, lamentavelmente. E pronto, primeiro meias pretas, logo mais cor-de-rosa, hoje azuis, de um azul elétrico. Já as enfiei na garrafa. Olarila. Tenho tudo composto.
Da visita
Nunca pensei que a primeira visita destes consortes ao hospital de Loures fosse por conta de um dos ricos filhos, oh céus, o percurso natural seria um de nós, mais velhos, um dia desses dar-lhe um piripaque qualquer e precisar de lá ir com urgência. Pronto, nada disso, dói-dói agudo e ruim na barriga da rica filha e lá fomos nós. Aquilo até é giro, só por dizer que quando entrei ia preocupadíssima com a rapariga e não me deu logo para me pôr a perscrutar o lugar e as pessoas. A rica filha foi lá para dentro e eu fiquei à espera, como fazem as mães das pessoas crescidas. Passado um bocado chamaram a acompanhante da doente Ana Cláudia Guê. Era eu. Acompanhante, já não sou mãe. Dantes, perante os senhores doutores das doenças, era mãe, assim até parece que deixei de o ser. Mas não, se há coisa que jamais me será retirada é o ser mãe de dois seres. A rica filha queria-me lá, estava abalada por demais, por isso me chamavam. Fiquei abalada também eu, mas controlada, na verdade não funciono mal com um problema concreto, seja ele qual for, até hoje. Consolei-a como pude, dei-lhe os conselhos de que me lembrei, o que a fez retomar o bom senso perdido no meio de tanto mal-estar. Beijinhos e festinhas, eu, beijinhos e festinhas, ela. Aqui convém acrescentar que nenhuma de nós duas é muito dada a beijinhos e agarranços amaricados, daí o surpreendente da coisa, a rapariga sentia-se mesmo mal. Tínhamos dado entrada às duas e cinquenta da madrugada, entretanto o tempo passara. Foi-lhe feito o que havia a fazer e os sintomas foram gradualmente desaparecendo. Mandaram-me sair. Obedeci. Passado tempo a rica filha vem de lá para ficarmos à espera do resultado de análises e exames vários. Deita-se nas cadeiras, com os casacos da gente as duas a fazer de almofada. Afago-lhe os longos cabelos. Tão linda, a dormir. Cinco da manhã, a minha cabeça pesa cem quilos. Sério. Que sono. Mas nada de dormir, nem fechar os olhos mais do que dois ou três minutos, não conseguia, nem que quisesse, e se a chamassem. Ná, dormir, nada. Seis da manhã, aspiradores correm os espaços, há uma musiquinha pequenina, baixinha, no ar, Radio Comercial, né. É, só pode, Sia canta para o ar, mas baixinho, como já disse, aquela canção do candelabro. Isto é giro, já tinha eu dito. Seis e quarenta e cinco, toca o despertador da rica filha. Ri-se, que está tão melhor. Rio-me. Sete da manhã, toca o despertador de uma doente que tal como nós aguardava resultados. Rimo-nos. Isto afinal é mesmo giro. Chamam pelo nome da rica filha, finalmente. Depois vem de lá com as novidades: a senhora doutora diz que o que tem não é nada de grave e faz a sua prescrição médica, bem como advertências: nada de leite nem café. A rica filha quase chora, mas aqui de raiva e saudades já muito sentidas, e lamenta-se-me: sem leite nem café...? Oh! Vamos para casa. Comemos coisas e eu faço-me à estrada para ir às compras, tem de ser, outra vez, pois, chicha branca e peixinho magro e legumes verdes e amarelos e fruta do mais liso que há. Curiosamente percorro a mesma estrada, que impressão que aquilo me faz. E eu com tanto sono. Rotundas, tenho de abrandar. Há um senhor numa mota que observa o sinal de que não vou sair da rotunda tão cedo, mas o raio do homem não para de vez, abrando para lhe dar espaço mas ele para abruptamente. Hum. Sigo. Não despertei lá grande coisa, mesmo assim. Faço as compras em modo dormente, ainda bem que não me esqueci de nada. Depois o dia correu anormalmente porque fiquei em casa a tomar conta da minha filha adulta.
Bom dia!
Primeiro dizer bom dia, pois claro, depois dizer que não há foto a dizer também ela bom dia, convém avisar, logo a seguir dizer que em cima da minha secretária encontrei uma caixa com fechaduras lá dentro e que tem um papelinho colado com um pouquinho de fita-cola a dizer assim: há-de vir um feguês à procura desta fechadura, dizer isso porque isso é engraçado, ah ah, dizer ah ah, ri-me mesmo, dizer que me ri com gosto e vontade.
segunda-feira, 23 de fevereiro de 2015
domingo, 22 de fevereiro de 2015
Ainda
Ainda cá venho, afinal, para dizer que descobri agora, a esta hora (22:07) que hoje é vinte e dois do dois.
Fize...
Às vinte fizemos pataniscas com os restos da carne alentejana que sobrou do jantar de sexta-feira. Achei que era muito importante divulgar isto.
tenho de
tenho de escrever como fiz aquele bolo para não esquecer
dizes que não invento que sigo livros com rigor3 ovos2 pacotes de natas1 bocado de gengibrenão sei quantomete tudo no liquidificador a liquidificararranja e mistura2 cups de açúcar branco2 cups de farinha de milho1 colherzinha de femento1 outra de bicarbonato de sódio1 outra ainda de canelavai daí junta tudo e leva ao forno como é teu costumemal não ficavais ver que fica bom
5
Às cinco da manhã os meus vizinhos de cima estavam a pinocar. Era assim: tunga-tunga-tunga-tunga-tunga-tunga-tunga... tunga-tun-tunga... tunga-tunga-tunga-tunga.tunga-tunga-tunga... tunga-tun-tunga...
Pronto, cada um come à hora que quer e ao ritmo que quer, tudo bem, pois com certeza, era o que faltava vir práqui eu armada em cospe-na-sopa, mas é que era escusado saber estas coisas, ouvir estes barulhos, por isso é que eu venho fazer este postzinho a ver se espalho ao mundo que os meus vizinhos estavam a foder alegremente às cinco da manhã deste dia. E agora estou sossegada, que já desabafei.
Pronto, cada um come à hora que quer e ao ritmo que quer, tudo bem, pois com certeza, era o que faltava vir práqui eu armada em cospe-na-sopa, mas é que era escusado saber estas coisas, ouvir estes barulhos, por isso é que eu venho fazer este postzinho a ver se espalho ao mundo que os meus vizinhos estavam a foder alegremente às cinco da manhã deste dia. E agora estou sossegada, que já desabafei.
Estou de
Estou de parabéns. É o outlook que acha isso dos parabéns. Diz:
Parabéns! A sua pasta A Receber está muito limpa!
Atente-se no muito limpa. Bah. Parvo.
Parabéns! A sua pasta A Receber está muito limpa!
Atente-se no muito limpa. Bah. Parvo.
E depois
E depois há também esta foto, que já me esquecia, é o início do filme que está no post anterior. É assim um bocado mais largueirona, que eu pus as opções de vídeo com aquela medida dezasseis por nove ou lá que é aquilo.
Olha
E depois das fotos, ou entre elas, fiz um filmezinho. Não é bem a colher flores, é a arrancá-las. O que acontece é que as flozinhas estavam a ficar secas e arranquei algumas para fazer este filme tão focinho. Ups, escrevi focinho. Fofinho, queria escrever fofinho.
Há fotos de florzinhas neste blogue, o que constitui uma grande novidade
Onze. Vendo bem, nem são assim tantas fotos, é um tempo que se passa alegre, em vendo bem estas fotos, quero eu dizer em lhe dando a atenção que merecem. Há a foto suave. Há a amplificada. Depois chega-se a... Não sei, não me lembro já. Vem aí a do mapa térmico, daí os vermelhões, é só calor. Logo seguida daquela onde mandei inverter as cores. É a hora então do proc. cruzado, que eu acho sinceramente que é processo cruzado. A orton, gosto tanto desta capa, dá sempre um ar refinado e distante, como têm algumas damas. Filme infravermelho e isso, o que dá um tom semelhante ao preto&branco e nem sei o que vem então cá fazer o vermelho do infra, mas pronto. Vem a sépia, essa nostálgica e inconformada. Tom duplo, ei-la, tão linda. E finalmente... A original. Pois.
Ó
Ó Luís, eu já não tenho as pernas como quando tinha vinte e três anos, tu ainda m' amas?
Sempre que posso, querida.
Sempre que posso, querida.
Olha a gente os dois!
Olha a gente os dois na descida da Freixeira! Três minutos de filme, malta, mas tirem o som, ok, é que a deslocação do vento faz um ruído incomodativo pra caraças. Ou então tapem as orelhas com as mãos, assim, ó, em conchinha, que se espalmam as mãos criam um vácuo e depois é um problema para retirar, ainda vêm os tímpanos atrás e isso. Ou o tubo de Eustáquio (fui pesquisar, para isto ter montes de piada). Pronto, se não quiserem ter muito trabalho sempre podem ouvir o som de fundo deste vídeo estupidamente original, mas aconselho com uma vivacidade desmedida a que façam como vos disse, a sério, desliguem o som e observem a imagem... Que já não é grande coisa, quanto mais.
sábado, 21 de fevereiro de 2015
Conversas
Eu queria muito ouvir a história do pai da dona Fernanda mas a dona Arminda queria tanto contar-me a história da sobrinha dela. Não ouvi.
Limão
Fiz lemon curd, creme de limão. É bom. Receita abaixo da imagem.
Espreme-se um quilo e meio de limões, ou cinco ou seis, ou, mais concretamente, a quantidade suficiente para obter 320 mililitros de sumo. Deita-se numa caçarola onde já devem estar 2 cups mal-cheios de açúcar branco. Leva-se ao lume baixinho até derreter o açúcar. Atenção, não é para ferver. Entretanto tomam-se 8 ovos, partem-se 4 inteiros e 4 gemas para uma tigela. Quer isto dizer que se reservam 4 claras num recipiente que se guarda para uma utilização futura e noutra receita. Batem-se ligeiramente os ovos e as gemas com uma vara de arames para os misturar. Mal o açúcar esteja derretido retira-se do lume e deita-se-lhe 150 gramas de manteiga que já se tem partida aos cubinhos, fria, é importante que esteja fria, por modo a arrefecer a calda, e que se deixa derreter mexendo. Quando se obtiver uma mistura homogénea com estes ingredientes deita-se-lhe os ovos em fio e mexe-se vigorosamente. Leva-se ao lume muito baixinho até engrossar, sempre, sempre a mexer, o que deve durar uns 10 minutos. O que vai acontecer é a vara de arames que se está a usar para mexer o creme vai em determinada altura sentir uma resistência, ou seja: o creme está a engrossar e a ferver. Se as mexedelas forem travadas, vai perceber-se que o creme fervilha levemente. Retirar do lume neste ponto.
Agora é assim, a receita diz para a gente colocar o creme em frascos esterilizados, e que que para isso acontecer levam-se os mesmos a ferver num grande tacho com água durante dez minutos, como o clássico ferver de biberons, e depois se leve ao forno mais outros dez minutos para secar convenientemente, isso fará com que o creme nunca ganhe bolores nenhuns. Pronto, vá, eu não tive essa paciência e ademais não tenho frascos vazios suficientes cá em casa, de maneiras que pronto, coiso, pus o creme numa taça de vidro, deixei arrefecer um bom bocado e depois tape-a e pu-la no frigorífico. Na colagem de fotografias que mostro acima deste texto vê-se a dita. Este creme aguenta umas duas semanas, quando conservado no frigorífico.
Para fazer esta receita foi preciso copiá-la num programa de tv, intitulado 'prato do dia', no canal 24 kitchen.
olha, é sem photoshop
olha a minha mota na calçada lisboeta mais umas folhas castanhas
olha eu e ele na calçada lisboeta mas só as sombras e mais os pés de outras pessoas que não sabemos quem são nem queremos e mais umas divisórias metálicas fora de serviço
olha a casa do alentejo em lisboa
olha eu na biblioteca da casa do alentejo em lisboa
olha o rossio e os restauradores em lisboa e olha só como a minha máquina fotográfica já se encontra tão doentinha coitadinha com pontos negros como borbulhas ou isso amanhã vou pô-la no senhor doutor
olha eu e ele na calçada lisboeta mas só as sombras e mais os pés de outras pessoas que não sabemos quem são nem queremos e mais umas divisórias metálicas fora de serviço
olha a casa do alentejo em lisboa
olha eu na biblioteca da casa do alentejo em lisboa
olha o rossio e os restauradores em lisboa e olha só como a minha máquina fotográfica já se encontra tão doentinha coitadinha com pontos negros como borbulhas ou isso amanhã vou pô-la no senhor doutor
sexta-feira, 20 de fevereiro de 2015
Ainda
Ainda cá venho. Afinal fui às compras hoje. Não vou dizer o tempo que demorei a percorrer os corredores do supermercado à procura das farinhas de milho. E ao olhar para as prateleiras das especiarias, rapidamente concluí que vou ter de comprar brevemente noz moscada em bolas, gengibre em pó e cebolinho seco.
Agora
Agora vinha de lá um par de anjos para me lavar o corpo e a cabeça. Bem precisada estou. Por dentro. Mormente. Sim, dois, um para usar de carícia, outro de minúcia.
Às compras
Às compras, amanhã, lá vou eu.
Algodão ziguezague. É num ápice que a rica filha dá conta da existência do algodão que ziguezagueia no pacote e na caixinha, a limpar os poros com aqueles líquidos frufrus e a retirar a maquilhagem cuidada. Cuidada e linda, a maquilhagem que ela já sabe fazer. Olarila.
Pensos higiénicos. Cá em casa há duas fêmeas em idade fértil, havendo portanto um gasto tremendo do artigo em questão. Duas fêmeas não, três, a cadela também conta, mas não conta, que é esterilizada. Então e a tartaruga...? Ah, é macho.
Manteiga para o pão. Quem diz pão, diz bolo. Manteiguinha da boa. Também há sem sal, fantástica para os bolos, bem sei, mas é cara que se farta. E pronto, coiso.
Manteiga para a frigideira. Manteiga, sim, manteiga. Manteiga. Qual margarina, qual quê.
Cotonetes. Para penetrar as orelhas e retirar mucos que vão do amarelo ao bronze. Tão bom.
Açúcar amarelo. Até parece que tem alguma coisa a ver com a falta anterior. Mas não. Vamos ao que interessa. Para os bolos. Tanto compro amarelo claro como amarelo moreno, também me dá nos cornos comprar o mascavado. É conforme, tem é que me dar nos cornos.
Esfregão com sabão para a louça. É preciso. Ah, esta casa... Sempre um asseio.
Spray tira-nódoas. Spray tira-nódoas...? Ó Gina... Sim, outra vez, que a semana passada não comprei e é preciso.
Gel de banho. Hum. Tem de ser de marca fixe, marca boa, marca de renome, marca cheirosa, marca... Coiso.
Farinha de milho. A ver se me amanho com a fina e a grossa, que gosto das duas, a fina para os bolos e para as frituras, a grossa para os bolos e para as frituras. É a tal coisa, tem é que me dar nos cornos, que normalmente não me sinto atrapalhada com estas merdas.
Filme de outros tempos
«Olá... olá este post serve apenas para fazer um filmezinho e tal a ver se deposi... depois não tenho lá muito s...muitos erros e tal...»
Não apresento o vídeo, que não me apetece. Posso descrevê-lo. Posso e vou. É uma imagem oblíqua, onde aparece um teclado preto com letras brancas, não na totalidade, aparecendo apenas o grosso do teclado qwerty. Entretanto um par de mãos digita palavras inconsequentemente, primeiro, coerentemente, segundo. A película digital dura vinte e seis frenéticos segundos. A mão direita digita muito mais que a esquerda, por motivo incógnito. Quero dizer, vamos lá buscar o concreto, a mão direita digita mais por conta de a tecla clean pertencer ao lado direito do teclado e, como se vê no textozinho acima, a pessoa engana-se que se farta, o que fez com que ao depois, para corrigir os erros*, a tecla clean foi usada várias vezes. Além disso o texto tem muitos ós, émes, énes e agás, todos pertencentes à mão direita.
*«Olá, este post serve apenas para fazer um filmezinho e tal a ver se depois não tenho lá muitos erros e tal...»
As horas
Aqui há meses mudei de operadora em casa, agora somos nos, nós. A nos abastece-me o lar de multimédia. Pois. Mudar trouxe algumas desvantagens, além de notar um desaceleramento do percurso invisível que vai do comando à box, quando e se comparada com a meo, pois é, fica aquém, esta última supera em rapidez o ligar dos botões, o mudar de canal e todas as outras operações. Além deste desgosto imenso, aqui estou a brincar, a box não mostra as horas quando a tv está ligada, aqui não estou a brincar. Ora eu sou pessoa para precisar de saber a quantas ando, vai daí, arranjei um relógio para ter em frente ao sofá, falo a sério. Era um relógio que apoiava numas laterais de vidro recortado nas beiras e que por sua vez assentava em cima de uma base de vidro com recortes dentro do mesmo estilo. Piroso que só visto. Mas capaz. Era, escrevi no passado, ao presente o relógio descamba, tendo apenas uma das laterais e nada de base, que se foram descolando coisas com o tempo. Então, apoiei o que resta num daqueles suportes de pratos e afins, de quando a gente quer pôr coisas bonitas em cima dos móveis. Mas o relógio descamba, como já referi, está torto, prestes a cair. Já tentei exterminar o que resta dos vidros, ficando somente com o relógio, o que no fundo é o que me interessa, mas não consigo despegar o resto das partes. Entretanto, e principalmente se me lembro, tenho andado a ver se encontro um relógio baratinho e maneirinho para substituir aquele. No outro dia vi um. Noventa cêntimos. Só por dizer que não tinha senão um número, o seis, todo o interior era branco, vazio, informe, e no baixio um número seis a cor-de-rosa e ainda com a perninha tipo assim a escorrer a tinta ou lá que era aquilo. Ou seja: tem um problemão pela frente quem quiser ver as horas naquilo. Melhor não.
Ós
Ó Luís, tu agora parecias eu no meu blogue como quando escrevo ó Luís, só que tu chamaste ó Gina, ah ah.
Ó Gina, como é que se diz cerveja em italiano, pá?!
Ah ah.
Birra, Luís. Birra.
Ah ah.
Ó Gina, como é que se diz cerveja em italiano, pá?!
Ah ah.
Birra, Luís. Birra.
Ah ah.
Porquê
Porque me ausento
Porque preciso de arejar a cabeça
Porque se abandonar este lugar haverão uns quantos minutos de solidão
Porque gosto de estar sozinha
Porque não encontro compreensão
Porque penso em coisas e em posts que depois escrevo no computador
Porque depois passo essas coisas para o blogue
Porque escrever entretém-me
Porque também estou entretida a ver roupas e louças
Porque me cruzo com pessoas que desconheço completamente
Porque há destemor se estou perante desconhecidos
Porque preciso de arejar a cabeça
Porque se abandonar este lugar haverão uns quantos minutos de solidão
Porque gosto de estar sozinha
Porque não encontro compreensão
Porque penso em coisas e em posts que depois escrevo no computador
Porque depois passo essas coisas para o blogue
Porque escrever entretém-me
Porque também estou entretida a ver roupas e louças
Porque me cruzo com pessoas que desconheço completamente
Porque há destemor se estou perante desconhecidos
Boas maneiras
Aquela senhora que escreve livros sobre etiqueta estava numa das esplanadas da avenida. Apresentava-se muito lisa, nada de brincos espampanantes, cada um de sua nação, nem de grandes encharpes, imensamente vistosas. Não. Era aquela senhora que escreve livros de boas maneiras, despojada do 'boneco' que constrói para a vida social. Contudo, os lábios estavam pintados de vermelho escuro. Bonita cor, por sinal.
Não era nada aquela senhora que escreve livros do portai-vos-bem-meus meninos, era uma outra senhora, incógnita mas parecida, e portanto fez-me lembrar.
Já só
Já só faltam as meias azuis em volta da garrafa de água. Segunda-feira estão cá, pelo menos vou fazer por isso.
Foto d' ontem
Quando outro dia falei no blogue das florzinhas brancas com laivos cor-de-rosa - ou lá como é que foi que escrevi, que agora não vou à procura que se me falta a paciência - da árvore de um cinza doente lá por trás, da vida a despontar, de elas duas em contraste, era disto que falava.
Foto d' ontem
As três árvores. Pronto, assim, nesta perspetiva, sempre estão mais parecidas com as outras fotos que tirei na primavera e verão passados. A propósito, sim, tem tudo a ver, o banco onde estou sentada ao momento do clique é o banco hater. Hater. Ah ah.
No talho
fat0086816
vend02
19fev15
um quilo duzentos e quinze de carne de porco aos cubos
um quilo trezentos e noventa e cinco de costeletas de porco
duzentos e vinte gramas de farinheira
vend02
19fev15
um quilo duzentos e quinze de carne de porco aos cubos
um quilo trezentos e noventa e cinco de costeletas de porco
duzentos e vinte gramas de farinheira
No talho
É que é no talho e do talho. É que não sei que raio se passa com aquelas gajas que trabalham nos talhos, normalmente nas caixas. É que são trombudas. É que não sei o que se passa. É que trabalham com homens. É que, ó 'migas, atão pá, com homens. É que é com homens que vossemecês trabalham. É que é tipo assim: vossemecês e por junto: homens. Homens, virilidade, chama. Ó 'migas, que porra pá, pra que é as trombas. Vá lá.
10
Dez cêntimos. O meu colega encontrou-os no chão, ao pé do pneu de um carro velho. Deixei de comentar as vezes que acho moedas no chão, que só acho de um ou dois cêntimos, e vem de lá o meu colega e pumba, cinco a dez vezes mais que eu, sortudo, quinhentos ou mil por cento. Não sei fazer esta conta.
Domesticidade
Gina acorda às cinco da manhã, para ter a insónia das cinco da manhã, como lhe chama, entretanto deve ter adormecido porque acordou às seis e tal. Está acordada desde essa hora. O horror. E o tempo que não passa.
Gina dói-lhe a cabeça.
Gina levanta-se então um niquinho mais cedo que o costume e vasculha o cesto da roupa suja. Roupa branca, é o grupo que pesca. No entanto, não chega para encher a cuba da máquina e percorre toda a casa em busca de mais peças alvas. Para ficarem mais alvas. Consegue. Pelo meio já ligou o rádio, a ver se a vida acontece. E acontece. Vai buscar o detergente, que coloca na divisória e clica no botão que acha adequado.
Gina dói-lhe a cabeça.
Gina faz o pequeno-almoço para dois. Torradas com manteiga e fiambre, copos de leite achocolatado e quente. Para o menu desarruma o leite, o chocolate em pó, o pão, a manteiga e o fiambre. Comem ao som da música do rádio e vão-se rindo das piadinhas de casal.
Gina dói-lhe a cabeça.
Gina levanta a mesa, arruma tudo, louça suja na máquina, chocolate em pó no armário, fiambre no frigorífico, pão na caixa, manteiga no móvel de apoio.
Gina dói-lhe a cabeça.
Gina limpa tudo, sacode a toalha lá fora, volta a estendê-la em cima da mesa da cozinha, arruma as cadeiras, passa o pano com lixívia no lava-louça.
Gian dói-lhe a cabeça.
Gina vai-se lavar e vestir.
Gina dói-lhe a cabeça.
Gina dobra o cobertor suplente e faz a cama. Põe a jeito pijamas para logo à noite.
Gina dói-lhe a cabeça.
Gina está pronta para sair e mete-se no carro. Liga o rádio e a vida continua a acontecer.
Gina dói-lhe tanto a cabeça.
Pôr
Pôr
O telemóvel
A carregar
A bateria
Pôr
A máquina fotográfica
A carregar
A bateria
Carregar baterias
Para ver
As horas
O telemóvel
A carregar
A bateria
Pôr
A máquina fotográfica
A carregar
A bateria
Carregar baterias
Para ver
As horas
Falta-me
Falta-me um botão nas calças. Outra vez. São podres, as linhas com que me coso. Anda na carteira, o botão, juntamente com as moedas.
Dia de (disseram na Radio)
Hoje é dia de arrumar a estante.
Tenho várias estantes, tenho no estaminé, tenho em casa. Estão todas arrumadinhas, já o pó... Quando for dia de limpar o pó às estantes... Coiso.
Hoje é dia do animal de estimação.
Olívia! Anda cá á dona! Anda! Olha o bicho cão...! Tu-tu! Mi-tu-tu!
Cliente
Dona da casa alugada entra para pagar a continha do que se foi lá fazer. Dona da casa alugada paga, satisfeita, e pergunta a opinião à que está atrás do balcão: já que está entalada entre dois cafés, diga lá, qual é o melhor para beber um chá e comer uma torrada. A que está atrás do balcão divulga a sua preferência e a dona da casa alugada sai para se saciar.
|pagou a conta e sobrou-lhe dinheiro para comer fora, depois não venham cá dizer que levo muito dinheiro|
Cliente
Pediu-me irrigadores. Fui tirar os regadores do arame. Deu trabalho. Depois: ó menina, eu pedi irrigadores; i-rri-ga-do-res.
|também me engano...|
Posta-restante
Ainda um dia me vou dar ao trabalho de contar todos os meus posts de todos os blogues que já criei.
Ontem
Ontem à noite fui pesquisar quantos posts tinha o meu antigo blogue quando o encerrei. Tinha idealizado que teria uns 7000 e tal, como este tem agora, mas não, tem 6880 posts. A ideia primária era dizer, olha lá, o outro blogue parou aqui, neste post, e fazer uma festa, e quês, mas eu agora sei lá qual é o post 6880 deste blogue aqui? Oh. Olha, é mais uma para acrescentar ao quase.
Bom dia!
Deixei cair uma lâmpada ao chão, estava dentro da caixinha, ainda, tão bela, caixinha nas cores laranja, rosa e romã, cores de menina, contrastando com esta besta.
quinta-feira, 19 de fevereiro de 2015
Rascunhos
Se não tenho tempo para escrever mais merdas estúpidas e desinteressantes pra caraças do que já escrevi hoje, como é o caso d' agora, uso um lembrete como separador de rascunhos para dias vindouros. Tipo isto assim:
outro dia que me apeteça....................................
Vou contá-los. Os rascunhos.
...
Já contei.
Deixo dezassete rascunhos como herança ao futuro. Sou bem capaz de ter outros tantos dentro da cabeça mas a esses não lhes acho um total, que são muito mexidos e não se deixam agarrar.
Os bancos de jardim que quase caíram no esquecimento
Hoje é dia para desenhar mais coisas no papel, tenho de posicionar os bancos de jardim. Ontem, quando fiz aquele post das vinte e seis árvores e dos seis candeeiros omiti inadvertidamente os bancos, oh céus, nem me lembrei dos ditos. Vou acrescentar então os bancos no papelinho, desenhá-los e isso, só não sei que forma usar, talvez um losango... Escolho o losango só para mostrar ao mundo que sei que se escreve losango, e não losangulo ou tampouco losângulo. Ah ah. Se calhar uso antes um triângulo. Triangulo. Triangolo. Triângolo. Ah ah.
A começar no topo mais alto da rua...
Primeira linha: duas árvores. Segunda linha: duas árvores, um candeeiro. Terceira linha: duas árvores, um banco de jardim. Quarta linha: duas árvores, um candeeiro. Quinta linha: duas árvores, onde desenhei o losango fi-lo porque o chão mostra indícios de ter possuído um banco ali. Sexta linha: duas árvores, um candeeiro. Sétima linha: duas árvores, um banco de jardim. Oitava linha: duas árvores, um candeeiro. Nona linha: duas árvores, aqui, se bem que o esquema o dite, o chão não dá mostras de em tempo algum ter cravado um banco de jardim nesta linha. Décima linha: duas árvores, um candeeiro. Décima primeira linha: duas árvores, um banco de jardim. Décima segunda linha: duas árvores, um candeeiro. Décima terceira linha: duas árvores. Fim das linhas, e estamos num baixio.
Lugar da musa
Lamber o pau de canela ao depois do mergulho no café. Hoje, finalmente, foi dia disso, contava já uma semana de jejum.
À mistura
Primeiro tinha pensado que não ia 'dizer mal' dos meus vídeos, aqueles onde apareço a fazer bolachinhas de manteiga. E tinha pensado que não ia 'dizer mal' para não parecer que estou a minguar a minha presença no universo e a desmantelar a minha importância perante o mesmo, ai coitadinha de mim que sou tão poucochinho e mais não sei o quê. Entretanto e todavia considerei expor as opiniões que tenho acerca deste assunto, quer boas quer más, porque afinal de contas os vídeos são meus, o blogue idem, quer isto dizer que mando nesta merda toda.
Começo pelo 'mais bom' e termino com o 'menos bom', é uma ordem esquemática, consiste em levar a atenção primariamente para as coisas boas, o leitor fica enjoado com a alta escala que as minhas qualidades atingem e desiste de ler o resto.
:::: Vê-se-me as mãos. Gosto. Vê-se-me os gestos. Adoro. São naturais, não existe mimimis e rócócós, que é lá isso. Aliás: dificilmente estaria na disposição de me armar em pessoa diferente do que sou, normalmente não possuo tal fingimento.
:::: Aprecio a desenvoltura com que falo, sou direta e escorreita. Aprecio e não é pouco. Isto porque não sou incansavelmente faladora ou conversadora e fui sempre arranjando assunto para não me calar e com isso criar silêncios tão constrangedores que depois seria um problema retomar o discurso, ficando entrecortado e rígido. Claro que arrasto ahs e huns em alguns momentos, como se de uma bengala verbal se tratasse, mas caraças pá, estou a falar...! Falar, senhores. Blá blá blá. Isso. Blá blá blá. Olarila. Blá blá blá. Pois.
:::: Não se vê eu a esticar a massa, na verdade não se vê a massa, o que lamento. Preocupei-me apenas com o centrar da máquina, portanto preocupei-me com a largura, esquecendo por completo a altura. Ali por alguns momentos vê-se o aspeto das bolachas, porque as coloco mesmo ao pé da lente, mas realmente é uma pena que não se veja tudo, sendo que este 'tudo' era o que realmente interessava.
:::: À partida os ditos vídeos (4) inserem-se numa mostra de mamas, por pouco não se vê apenas as mamas e a cintura desta que escreve. E os braços, também se veem os braços. E as mãos, como já referi. Pronto, ok, vá, paciência, ninguém vem cá ver isto, e, para o bem e para o mal, ninguém comentou que eu parecia uma maria-mãe-quarentona armada em boa e mostradora de apêndices corporais femininos e a cinturinha e o caneco.
:::: Por se ver principalmente as mamas não se vê a cara, mas isso foi propositado. No vídeo explico sucintamente porque não mostro o rosto, dizendo que não fico bem nos filmes e tal. Se bem que isso de não ficar bem seja o que considero verdadeiro (e não estou a arranjar esquemas para encontrar opiniões contrárias), não é motivo único, é que a gente mostrando o rosto mostra muito mais da alma, estaria exposta ao máximo se mostrasse as minhas expressões, que não se duvide disso.
:::: Durante as filmagens refiro toda a gente lá de casa, chamo o cão e tudo, ainda se lhe vê o focinho, coisa pouca, falo da rica filha me ter aconselhado a fazer um filme 'como deve ser', falo da ajuda que vou precisar do Luís para voltar a fazer um filme, mas diferente, um dia desses. Não refiro de todo a presença do rico filho, não falo dele, sei lá, não calhou. Pronto, rico filho, a mãe fala de ti neste post: és lindo e principalmente um ser humano espetacular.
:::: Fiz quatro filmes quando devia ter feito apenas um. Claro que pessoa nenhuma vai ver tanto filme, se bem que ao todo não durem mais de um quarto de hora, mas pronto, paciência. É que não possuo um programa de arranjar filmes, cortá-los onde é para cortar e coiso, e às tantas, tendo, não saberia trabalhar com ele.
:::: O pior disto dos filmes foi ter feito não quatro, mas cinco, e o último ter ficado por fazer. Nesse quinto filme eu enumerava pela terceira ou quarta vez, já nem sei, os ingredientes, bem como as quantidades, e enumerava-os uma vez mais porque das outras vezes havia sempre um ou outro que me faltava dizer. Entretanto, em filme nenhum revelo que as bolachas vão ao forno durante dez minutos, nada mais que isso, e se retiram ainda quentes de cima do tabuleiro. Neste quinto filme apareceriam dois pratos com bolachas já feitas, claro que nunca saberei se efetivamente iriam ver-se ou então não, sei lá se a máquina estava bem posicionada...
Não sei algum dia voltarei a cozinhar frente à câmara, penso que sim, entretanto aprendi com estes erros, uma próxima vez farei diferente e para melhor. Os vídeos estão neste linque. Querendo, é clicar.
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