Dia da dona-de-casa, dizem eles na Radio, acrescentando o valioso e sábio comentário que os homens também se encaixam no estigma, que os há cada vez mais a fazer as coisinhas de casa tão ingloriamente como as mulheres, pobrezitos, e a tomar conta da rebelde, ou talvez deva dizer indomável, criançada, oh. Pois sim. Ora essa. Claro que há. Mas onde? Hum.
O despertador fez o seu trabalho e interrompeu o meu sono. Sei que tenho uns minutos para engonhar e deixo-me ficar. Enquanto dormia ou então não, a minha cabeça não parava: tenho de fazer a mochila... tenho de pôr a massa das bolachas no congelador antes que se estrague... tenho de dar com o ferro nas bainhas das calças e no decote da camisola... tenho de arranjar um saco para enfiar lá dentro a roupa de trabalho... tenho de deixar a roupa a lavar... tenho de arrumar o jarro e a tampa de vidro...
Também é dia da sandes, esse prato rápido. Como todos os dias, para mim é tão corriqueiro que nem encontro mais assunto.
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