Morreu a vinte e seis de novembro último. Era segunda-feira. E eu aqui, no lugar soturno, hoje, ainda, e tal, a escrever. E a escrever. Nessa data foi assim...
1º contei do senhor fugidio e do interesse desmesurado que um outro teve nele
2º lembrei o António Calvário exposto na parede do Café Império e sua pose bela mas estranha
3º aconselhei os leitores a não enviarem mails com mais do que um assunto pois a malta só dá atenção ao último assunto que lê
4º convenci-me que criei um provérbio montes de inteligente
5º espantei-me tanto com um cliente que me perguntou se fazia desconto a arquitetos que fiquei cheia de calor
6º achei-me surda, não sabendo se em relação ao jerrican o cliente me falara em homologado ou amolgado
7º depositei as 'sobras de amor', de quando andava a tentar escrever amorosamente (Coletânea 'Beijos de Bicos')
8º questionei-me acerca da perseguição, tipo assim quando andam atrás de mim na rua e isso
9º interessei-me pelo facto de ouvir dizer que as orelhas nunca param de crescer, por mais que se viva
10º desabafei que estava cansadíssima de escrever amorosamente (Coletânea 'Beijos de Bicos')
11º surpreendi-me comigo mesma, que afinal e tal parece que sei fazer poemas para integrar antologias (Antologia 'Poesia sem Gavetas)
12º observei uma mulher lindíssima deslocando-se com uma vassoura na mão, de cabo em riste
13º dei-me conta da ruindade de dois jovens perante o súbito surgimento da dona Genoveva, uma senhora composta como uma antiguidade, e portanto risível
14º apresentei um lar tão tenebroso que lhe notei a falta dum gato preto, como se do recesso duma bruxa se tratasse
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