Café em chávenas bonitas, de porcelana ou lá que é aquilo. Fazem parte do enxoval. Eu tive enxoval. Fi-lo. A minha mãe obrigou-me, quero eu dizer. Ordenou, talvez, induziu-me. Não sei. Só sei que levei este serviço de chá no enxoval. Mas as chávenas, que são de chá mas nada em impede de por lá beber café daquele de cafeteira, não é. É. Então, são bonitas. Foram oferecidas pela dona Natércia, uma senhora das relações da gente nessa altura, que tinha uma loja onde vendias estas coisas. Têm florzinhas, as chávenas, vermelhas, azuis e amarelas, tudo a conjugar com o verde dos caules e das folhas, verde esse que mais parece destoar, pois se até aí só havia cores primárias. Que basicidade. Eu tinha catorze anos. Como encontrar novidades se tudo me estava vedado? Mas eu gostei das chávenas, do bule, do açucareiro, da leiteira. Foi perguntado, antes de . Se eu não gostasse, não sei que seria. Às tantas ainda hoje era solteira. Ah ah.
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