sexta-feira, 31 de julho de 2015

Da arguida

O post anterior começa com «já entreguei a minha carta de condução ao senhor agente que está atrás duma secretária» mas agora acrescento que é velha, a secretária, e cheira a bafio nos meses de inverno. É que quando lá estive, e já por conta deste caso, era inverno, daí nasce a ideia bafienta. E se das outras vezes - numa aqueci o senhor agente e noutra dei cabo dos aquecedores, nesta vez foi também um momento especial. Passo a explicar:
Os trinta dias de inibição de conduzir terminam a 29 de agosto, o que calha a um sábado, e o senhor agente permitiu espontaneamente que para eu não ficar com o fim-de-semana 'estragado', possa levantar a carta de condução na sexta-feira imediatamente antes, a 28 de agosto, com a advertência de que nesse dia ainda não posso conduzir. «Ah, fico-lhe muito agradecida», disse eu, veramente grata. Enquanto o senhor agente me mostrava quão autoritária pode ser a autoridade, fixando o seu olhar no meu, seriamente, a ver se o modo como eu lhe responderia, quando o fizesse, soaria e prestaria como juramento solene, afinal o documento em questão ser-me-ia devolvido ainda no decorrer da inibição, eu jurei, cá por dentro, não só solene como também vocalmente: «não, eu não conduzo nesse dia, acredite.»
Porra, aura do caneco tenho eu ali. Vá lá, vá lá, de vez em quando dou-me bem nestes meios assim, se no início desta trama fui fodida, mas mal, depois disso tem sido muito bem. E vão três.

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