segunda-feira, 24 de março de 2014

Velha forma (desejando-a)

Limbo no fim, a extinguir-se. Com tudo e por tanto, que a inteligência estúpida está aí não tarda. Espero-a amanhã mas tomara eu que já aqui estivesse.
Foi a Alzira quem me despertou do limbo, há umas três horas atrás. Alzira, a solteirona. Mirava uma montra de roupinhas de criança com verdadeiro interesse. Espirrou. Alzira, a solitária, corcunda pela idade, dei por mim a vê-la com uns olhos parecidos aos que dantes eu tinha. Espirrou. Sineta da vida, ou lá que era aquilo. Acorda, Gina Maria, vá.
Tenho de reaprender a escrever como só eu sei. Para já, voltei a conseguir interromper a leitura constantemente para escrever coisinhas, e interrompo as coisinhas para escrever outras coisinhas que me lembro, atropelando as palavras no papel, debitando-as à velocidade do pensamento. Decerto não se percebe nada. Lamento, mas hoje vai ter de ser assim.


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