segunda-feira, 31 de dezembro de 2012

Feliz Ano Novo!

Deixo o ano recordando um momento de sol e calor,  que o janeiro é já amanhã e daqui a pouco retornarão os dias claros e quentes.

Já agora e tal:

Espero que os leitores tenham um ano 2013 recheado de coisas que considerem muito boas, simplesmente boas ou, ainda, assim-assim. 
Bom ano!

Mister Google

Olha só como o mr Google se despede do ano velho e dá as boas-vindas ao novo ano... Tão fofinho.

Imagem descaradamente surripiada do Google

Em...
2013...
Eu...

Vou escrever, vou gostar de escrever, vou continuar a escrever, vou ter medo de escrever, vou achar que não sei escrever, vou considerar que (afinal até) sei escrever.

2012 em escrita

Publiquei duas histórias inteiras e duas meias histórias em coletâneas;
criei um novo blogue igual ao anterior.

Adenda:
Duas histórias inteiras porque estão efetivamente publicadas.*
Duas meias histórias porque estão ainda em fase de preparação.**

*Corda Bamba; Ocultos Buracos

** Beijos de Bicos; Aqui Há Poetas - Poemas sem Gavetas

Balancete 2012

Não gosto de fazer balanços anuais. Digo sempre isto, bem sei, porque é a verdade. No entanto acabo sempre por fazer algo desse género...

Porque sim...

Ao longo de 2012, neste e no outro blogue...

É o narcisismo da iluminada a despedir-se dum ano já tão velho...

domingo, 30 de dezembro de 2012

Resquícios de Natal

É o último resquício, acho eu. É que tinha de ser... Então andei eu na véspera de Natal montando imagens da minha pessoa espetacular e mais não sei o quê, como se não tivesse mais nada que fazer, e agora não punha isto aqui, não?!


Loures, 24 de dezembro de 2012

Passeio de domigo

Apresento o sol de inverno em Lisboa, no Parque das Nações, em matiz suave, em cores de cinemascópio, em colorido inverso, em poster. Para recordar. Para lembrar que um programa que trata e agrupa fotos existe: Picasa. Quiçá serão as derradeiras fotos da Galeria 2012...





Mulher ao espelho...

... Pensa que um dia ainda há-de ter um penteado normal.

Loures, 29 de dezembro de 2012

sexta-feira, 28 de dezembro de 2012

A insustentável

Se me esconder atrás dum pseudónimo talvez não escreva sob o mesmo feixe de luz, e eu tenho medo de ficar às escuras. Mas, tarde ou cedo, assim acontecerá, esconder-me-ei, uma vez que ninguém me aguenta.

(Eu também não sustento esta Gina e o seu talento. Que insustentabilidade, esta. A minha personalidade não me sustenta o talento. É isso. Para mim escrever é um fôlego do qual não posso prescindir mas não sustento as inerências da escrita.)

(Repito: não quero que me digas porque não gostas disto, só assim prosseguirei ingenuamente.)

Boas lembranças

Ah,
eu lembro-me de si
Diz ele,
de expressão aberta,
com um sorriso cheio de brilhozinhos
bem intencionados.

Eu
também me lembro de si
Diz ela,
debaixo duma aura subtilmente provocatória.
Sempre e só.
Quem lhe dera alguém
que prolongasse este prazer.

Peculiaridade mal atribuída

Um cliente observava atentamente a loja enquanto ia debitando comentários e questões.
Esta loja é muito bonita...
Tem tanta coisa...
É sua, a loja?
É da família?
Eu, ali pelo meio, fingi que concordava com o apreço e para não ficar calada disse
sim, é peculiar.
Fiz um acrescentamento airoso, não discordei e ainda fui capaz de intensificar o deslumbramento tamanho que o homem demonstrava.

Lembrete

Marimbar e publicar os derradeiros poemas no Fuçasbuque.

Uma espécie de virgindade

Não quero que me digas porque não gostas disto, só assim prosseguirei ingenuamente.

Na radio...

… A locutora refere que 2013 já espreita e na mesma hora eu lembro a cozinha da minha vizinha da frente onde se vê um calendário por estrear que em letras garrafais e cheias de arabescos anunciam que 2013 vem aí não tarda.

À deriva

Lisboa, 28 de dezembro de 2012

Foto tirada para saber as horas → eram catorze e quinze.

O sonho

Sonhei com uma mulher de camisola verde que me vendia algo mas já não recordo o quê.
Sonho maioritariamente com homens porque – suponho eu, que nada sei - lido com mais homens do que mulheres.
Mas hoje sonhei com uma mulher, é o que interessa. E sonhei com uma mulher porque – suponho eu, que nada sei – ontem andei a pensar registar que há montes de tempo não sonho aqueles sonhos parvos ou estranhos e assim... Então, a cabecinha sonhadora desta que escreve fez-se a sonhar com uma mulher de camisola verde a vender-me coisas.

Conversar

Nunca
sei o que dizer a
ninguém
mas por vezes digo
coisas a
alguém.

1056

Há um esporão crescendo na base do meu calcanhar. Dói que se farta desde agosto. Esporão, tinha de ser um coisa assim, abestalhada... Cá para mim esporão lembra cavalgaduras e afins.

Tenho de ir alinhar a direção e comprar pneus novos, tal e qual como o meu carro. Eu já estou despachadinha, tratei disso hoje, fica a faltar o automóvel. É para breve, 'migo, podes crer.

A doença

Normalmente sinto reservas em falar das minhas doenças no blogue. Não me refiro ao vulgar estado constipado ou febril que anunciei nos últimos dias ou uma dor de cabeça mais incapacitante ou até mesmo às frieiras, que essas coisinhas andam por aí em alguns posts, sim senhores, e não passam de maleitas facilmente curáveis. Mas outras coisas mais doentes não abundam nem tampouco existem. Não existiam, quero eu dizer, até hoje. E posso assegurar que os dois itens do post que vem a seguir existem porque achei uma forma de brincar com a questão.

A viagem mais desejada

Ontem fomos buscar o popozinho lindo da mamã à oficina. Foi o Luís que o levou da oficina até casa, eu seguia atrás noutro carro. É giro ver a minha traseira a ser conduzida... A traseira do meu carro, pois claro.

O nome da Olívia

Uma das meninas do escritório dum dos fornecedores do estamine é alguém com quem falo com frequência mas principalmente através do telefone. E, sendo que nem sempre nos tratamos pelo nome, hoje quando ela se despediu de mim fez diferente e disse
adeus, Gina
vai daí, eu contive o
adeus, Olívia
porque entretanto me apercebi que a menina em questão é homónima da minha cadela.
E eu pensando que não conhecia nenhuma Olívia...

1052

O ecrã tátil do computador também funciona com o cotovelo.

quinta-feira, 27 de dezembro de 2012

Eu, poeta

«Cara Gina

Temos o prazer de contar com a sua participação na “Maior Antologia de Poesia Contemporânea”, a produzir e realizar pela Pastelaria Studios Editora.»

Eu, poeta. Para mim é esquisito, sinto-me dentro da prosa mas não dentro da poesia. Não é não gostar ou discordar deste ou daquele modo de escrever, é antes não saber como mergulhar em versos, nem saber como os arrancar de mim, como acontece tão frequentemente na prosa.
(Gina Maria, deixa-te de merdas, vá)
Entrarei numa antologia poética, pois sim. Avancemos na literatura.

P.S.
Hoje fiz um poema... Mas não apresento aqui.

Pseudónimo

Já me lembrei – hoje, para ser mais precisa – de arranjar um pseudónimo e escrever debaixo desse manto protetor.
Eu lembro-me de cada coisa... Não é?

1049

Disse a um cliente que tenho a mania que percebo disto. A forma como ele reagiu é de somenos.

1048

A pessoa do não e não e não desvaloriza o sistema. Como não...?

Parece uma moldura um canteiro!

Loures, 27 de dezembro de 2012

Mas é um poste deitado no chão, abandonado e desprezado.

Resquícios de Natal

Ofereci chocolates aos ricos filhos porque uma mãe pode ser mãe de filhos adultos e pôr-lhes saquinhos com chocolates e outros doces no sapatinho.

Resquícios de Natal

A menina de três anos que assinava com rabiscos todos os livros que encontrava nas bibliotecas da sua vida hoje é uma mulher que ama a escrita e os livros de tal forma que quando lê não os abre na sua totalidade para não os trilhar.

A menina que chorou (quase) ininterruptamente durante os seus primeiros dez meses de vida hoje é uma mulher que canta com alma e ginete.

O menino (português) que sabia inglês falado aos quatro anos hoje é um homem que toca bateria numa banda cheia de qualidade musical.

No princípio

Olá, boa-noite, o meu nome é Gina e tenho um lbogue*.
Este não é o primeiro post do dia mas é seguramente o primeiro a ser publicado no dia de hoje.
Apenas queria deixar registado que a vulgar mas bruta constipação que me assombrou a vida nos últimos dias se foi dissipando gradualmente ao longo do dia. Obrigadinha.

*Ver aqui.

quarta-feira, 26 de dezembro de 2012

1043

O leitor perdoe a falta de talento para aproveitar este meu estado febril d' hoje, que se eu o soubesse aproveitar teria feito poesias tamanhas.

Paixão

Apaixono-me amiúde, fugaz e vorazmente. É, no entanto, sempre proporcional ao fervor pujante com que esmago essas mesmas paixões. Pena não ser tudo vivido em simultâneo, no mesmo momento, paixão e esmagamento... Aí sim, seria extático.

1041

Não gosto nada de já saber tudo. Adoro surpresas. Isso, ou então ensinem-me coisas, vá, que a posição de quem escuta é muito confortável.

Ricos Filhos

A minha filha é linda. O meu filho é tenrinho. São jovens, joviais, inexperientes e no entanto possuem tanta coisa para me ensinar. Tão bom.

Resquícios de Natal

Na manhã de Natal há passarinhos a cantar e gritos de crianças felizes.

Na tarde de Natal há almoço regado a vinho e amor.

Na noite de Natal há conversa salutar.

À noite, noitinha, do dia de Natal há uma cadela cheia de saudades dos donos...

Grande novidade deste dia, 26 de dezembro de 2012

A Fonte Luminosa (Lisboa) está em pleno funcionamento, as luzes alumiam ao derredor (ainda que fracamente) e a água jorra sem se cansar, para gáudio do transeunte mais simples e/ou desocupado. São esses, os que vêm anunciar o grande acontecimento.

No passeio

Mandei passear o pedinte que sempre está sentado no chão da avenida, pedindo insistentemente aos transeuntes que lhe deem qualquer coisinha. Mas ele não quis ir, continuou sentado no chão frio. Parvo. (Ou surdo?)

Post como os demais → com carradas de interesse

A quem não interesse: hum, olá...

A quem interesse poucochinho: não me sinto bem.

A quem interesse: estou doente.

A quem interesse muito: tenho ranho, o nariz vermelho, dores p'lo corpinho, espirros, muito frio e vaporadas de calor de vez em quando. Ando nisto há quatro dias.

Ladrar e coiso
ou
Adenda

A minha cadela não ladra ão! ão!, a minha cadela ladra bé!, ou bé! bé! bé! bé! béééé!, depende do estado de alerta.

Apito

A minha nova máquina de lavar roupa avisa quando chega ao fim da lavagem:
Plim-plim! Plim-plim! Plim-plim!
Enquanto não se habituou, a cadela ladrava:
Bé!

Funeral sem cerimónia ou tristeza

Tenho um placar aqui no estamine onde coloco lembretes. Hoje dei cabo dum papelinho com um número telefone que deixou de ter a importância que tinha e doutro papelinho com itens sem propósito ao presente.
Tudo na vida tem um fim, 'migos. 2012 também terá, ah pois.

Apagão

Talvez numa onda de poupança – poupar: ideia muito em voga ao presente – tenho vendido petróleo a fim de se acenderem candeeiros esquecidos nas arrecadações.
Um destes dias uma cliente pediu-me petróleo, diz que queria pôr o antigo candeeiro a uso. Vai daí, a sua filha discordou perentoriamente da ideia, avisou-a dos perigos de incêndio e depois se ela não visse as dobras do tapete e tropeçasse ou assim, o que daí adviria e mais não sei o quê. Vai daí, em resposta, a senhora diz que barafustou com a prole já muito adulta:
– Ó Lúcia Maria, eu sou estúpida mas não sou maluca!

Quem dera ter tido lata para perguntar qual a diferença entre os dois predicados...

Falar

Vocalizei um pensamento sem importância (digamos que falei sozinha, para comigo mesma, pronto) enquanto o homem do banco escrevia no computador. E ele...

A – Perguntou 'diga?' cheio duma graça peculiar.

B – Ficou extremamente interessado no meu discurso.

C – Isto nunca aconteceu.

Hum?!

Bom-dia!

Em primeiro lugar: olá, bom-dia, o meu nome é Gina e tenho um blogue. A bem dizer, não tenho um blogue, antes tenho um lbogue, à partida escrevo lbogue. Conquanto saiba que está mal escrito e saiba como corrigir...

Em segundo lugar: tenho saudades de escrever sem pejo, sem olhar a temas, sem amarras.

Em terceiro lugar: espero leitores.

terça-feira, 25 de dezembro de 2012

22:11

Porque ainda é Natal...

A rica filha como que me proibiu de expor esta foto.
Ó mãe, negativos não, por favor, isso é creepy.
Não obedeci.
Chamei creepy a esta foto.
No endereço da imagem aparece a palavra creepy.

Amanhã haverá resquícios de Natal.
Ou então não.
Não sou muito de planeamentos.
Principalmente ao nível da escrita.
Estou a fazer poesia.
Mas não me estou a safar...
Muito boa noite.

Loures, 24 de dezembro de 2012

segunda-feira, 24 de dezembro de 2012

Feliz Natal!

Feliz Natal aos leitores bem como aos que não são (meus) leitores. Feliz Natal e pronto.



Itens de Natal, antes que me esqueça

A mulher do talho cortou o pescoço ao peru da cliente antes de mim, o que me horrorizou. Não, não vou dizer porquê, é que vê-la deixar cair o cutelo sobre um pescoço roxo e rígido já foi suficientemente mau...

A rica filha tem o costume de guardar sacos de prendas de natais anteriores. Por isso fui dar com um cartãozinho que escrevi num ano desses em que para distinguir as prendas dos ricos filhos lhes chamei Pi Pi Pu nº 1 (rica filha, a primogénita) e Pi Pi Pu nº 2 (rico filho, o meu segundo rebento).

Gosto de folgas. Estou de folga, hoje. Bolas, estava a ver que não se convencia o patrão de que este dia é importante que se farta para preparar a ceia de Natal.

Gosto de sair á rua de manhã, banho tomado, encaminhar-me à mercearia do bairro, comprar o que me falta: tomates e pão.

Gosto do inverno assim como está: fresquinho, não gelado.

Gosto, gosto, gosto. Mais parece o 'Alta Definição', ou caraças...

Já fiz o cheesecake, o salame e o bolo. Tudo de chocolate. Bebi vinho do Porto e café. Calorias sociais, é o que se diz... Também almocei, claro, costeletas de porco no forno com broa de milho e chouriço.

A cadela roeu os invólucros dalgumas prendas.

Tirei montes de fotos à árvore de Natal comigo.
Não se percebe?
Então ver-se-á no post a seguir.

Feliz Natal!

Natal Mais Uma Vez; Luísa Sobral

Na hora do final
a noite de Natal
apagam-se as luzes
vão todos dormir
mas o relógio não quer seguir

E mesmo no final
na noite de Natal
num só segundo
só de uma vez
sonhas viver o dia todo outra vez

E voltas à manhã de Natal
onde todos acordam
mais cedo que o normal
onde os pijamas são vestidos de gala
e os presentes estão espalhados
pela sala

Quando chegas ao final
dessa noite de Natal
se pedires num desejo
contares até 3
verás que volta a ser natal
mais uma vez


Nota importante: copiei o poema daqui, onde pode também ser visualizado o vídeo.

domingo, 23 de dezembro de 2012

Porque sim...

Fotos de flores duma primavera que ocorreu há 33 meses.

sábado, 22 de dezembro de 2012

Sábado 2

Loures, 22 de dezembro de 2012

Olívia, senta!

E a cadela sentou... Tão obediente, a menina. Tirei-lhe uma carrada de fotos, só saiu daquela posição quando a chamei até mim. Que fofinha. A patinha levantada é por causa dos bichos carpinteiros, com certeza. Sai à dona...



Sexta-feira 4

O pai Natal não deu grande atenção à minha cartinha, só pode. Pensei que fosse ao menos um pouquinho veemente quando escrevo, mas nem assim...

O meu carro está igual Igual, igual, igual. Deixa a gente andar um bocadinho (curiosamente comigo porta-se melhor...) e depois desata a apitar insistentemente e a acender as luzinhas e o volante fica rijo pra caraças.

A minha máquina de lavar roupa novinha que me ofereceu o seguro chegou ontem cá a casa. Mas não cabe no sítio de onde a outra saiu. Hoje já andámos para aqui às voltas e lá conseguimos enfiá-la no lugar mas não sem que tenhamos ficado ainda mais apertados na cozinha.

Tenho uma batedeira nova, comprei ontem. É mais pequena que a outra, a antiga, mas vai ter de dar para o gasto.

Calças e sapatos novos... Nem vê-los, vi.

Deixo foto do bolo mármore que preparei hoje com a nova batedeira. Num dia vindouro deixarei a receita, que hoje estou estafada de mais para estar a copiar receitas e o caraças..



Sexta-feira 3

O inverno chegou às 11 horas e doze minutos. Abaixo temos a captação desse minuto em determinado segundo através dum simples telefone que por mero acaso também se exprime em horas e temos a captação do inverno lá fora, em termos de paisagem e isso, quer na vertical, quer na horizontal.




Lisboa, 21 de dezembro de 2012

Sexta-feira 2

Pensando bem... Porque não?!

O narcisismo da iluminada...

Claro, o narcisismo da iluminada! Antes e depois.


Sexta-feira 1

Sim, estou a andar para trás, ontem tinha coisinhas para escrever. Escrevo hoje.

Estive num lugar onde me deram montes de atenção, onde fui importante.
Ele fazia perguntas, querendo saber que cor punha no cabelo, se continuava com estas nuances, se tinha gostado da última vez. Também quis saber como estou, se bem e feliz.
O cabeleireiro, pois. Bem sei que é um negócio, eu paguei por um serviço, logicamente me seria devolvida atenção. Mas sabe bem. Sabe sempre bem.

Sábado 1

Hoje, precisamente à meia-noite e um minuto queria que tivesse ido para o ar um post onde diria ao mundo que o mesmo não tivera o seu fim no dia anterior como se falava por aí. Claro que o mundo acabou para alguns, os que morreram… Ontem.
As pessoas têm de falar, já se sabe, e toda a gente fala, se bem que eu é mais escrita, mas ao momento não tenho presente o que queria exatamente dizer e nem tenho grande desenvoltura na escrita (é sábado, 'migos...). Entretanto percebe-se que não tive tempo para concretizar este desejo onde criaria um post cheia de coisas giras.

quinta-feira, 20 de dezembro de 2012

Sem título

Marimbei. Hoje falei da tristeza, da morte, da estupidez e até das dores.
Que se lixe. A vida é composta disso também. E principalmente.

A elegância suprema

Quem é que num lugar público já experimentou esgueirar-se por entre uma porta que tenha sido aberta por outrem enquanto a mesma não volta a fechar-se?
Eu já.
É giro.
E nunca mais digo que sou gorda.

Mais ou menos

(O anjo avisa-me que não entre nesse mundo turbulento que é o espírito.)

Escrevo demais, converso de menos. Preciso de conversar mais e não necessariamente de escrever menos, a verdade é essa. Ninguém me acudirá, a menos que grite por socorro.

Como é que é?

Sabes como é escrever da dona Linda, agrupar e montar as peças da sua personalidade, carinhosamente, impregnada dum sentimento criativo, e depois nem queres vê-la, ou então efetivamente vislumbra-la caminhando no passeio mesmo à tua frente mas esfalfas-te para que não se desmonte a personagem que criaste na tua cabeça?
Se não sabes devias saber.

(Escrevo demasiado.)

Sem título

De seguida queixar-me-ei seca e firmemente. Podia dizer que será apenas uma cogitação egoísta, sempre ficava bem...

«Ninguém me entende. Não entendem a poesia, a prosa, o discurso oral. Nada.»

Crise

Qual crise?! Há pessoas que gastam mais dinheiro em anti traças do que eu posso gastar no talho...

O nome da Gina

Ela chama-me princesa. Supostamente nunca teve de lidar diretamente com o meu mau-humor, a minha impaciência, a minha paranoia. Consigo ser uma pessoa fixe, para alguns. Supostamente.

Opção suicida

Quando era adolescente tinha umas questões meramente parvas, como por exemplo: sempre que arrumava os talheres, se houvesse mais facas do que garfos ou algo assim, atirava-me ao mar ou cortava a garganta ou espetava uma tesoura no peito. Depois obrigava-me a não saber quantos eram os garfos e as facas para não ter de morrer.

Ontem

Hoje é tudo d' ontem. Eu, tu, eles. As ruas, as árvores e os objetos. Tudo d' ontem. Inclusive a minha dor de cabeça. Perdura.

Ratos e assim

Vendi três ratoeiras ao padeiro. Três. Vendi três ratoeiras ao padeiro que abastece de pão o meu lar...
Ninguém se debruçou sobre pormenores, pois claro, mas eu cá desconfio que os ratos vagueiam pelo armazém da padaria, que a farinha é um atrativo enorme.

A insatisfeita

Por qualquer motivo, a vida muda os hábitos mudam. Costumo Obrigo-me a pensar que isso acontece para não me aborrecer de estar viva.

Árvores de Natal
Enfeites

Na praça há uma árvore de Natal tipo cone feita com garrafas e rolhas de plástico, cds e outros objetos que não consegui identificar. Quero – queria - tirar fotos.

Espalhadas pela cidade há uma catrefa de estrelas de todas as cores e feitios, com ou sem luz, há inclusive umas que têm um rabinho, as que habitualmente designamos por estrela cadente. Pede um desejo, vá.

A avenida tem em toda a extensão placas luminosas aqui e ali que se assemelham a uma elegante perna de mulher. Digo eu, a maliciosa.

O amor

Queixa infantil:
Ela não quer ter coisas esquisitas.
Abraço consolador:
Então ela não vai ter essas coisas esquisitas.

O guarda-roupa que não mostrarei

Vi num blogue desses aí uma etiqueta dedicada aos guarda-roupas. Pus a minha veia de macaca imitadora a falar comigo mesma e imaginei o meu guarda-roupa aqui em fotos. Que maravilha... Melhor ainda: o meu guarda-roupa em fotos espetaculares, tiradas por uma máquina cheia de funcionalidades, e exposto no tal blogue, esboçando traços da minha personalidade. Muito bom.

No princípio

Começo o dia com uma revelação: o meu blogue foi premiado pela simpática Redonda com o prémio ’Campanha de Incentivo à Leitura’ E eu mereço este prémio porque segundo ela: «Gina, a mulher que tem um blogue, pelo que escreve nos dá vontade de ler»

Já agradeci, já me rebolei no chão (figurativamente) de alegria. É claro que estou a brincar, normalmente não sei o que fazer quando as pessoas me elogiam, logo, também não sei o que escrever sempre que ‘ouço’ dizer bem do meu tipo de escrita ou do meu blogue em geral. Obrigada, Redonda.
Não vou seguir as normas do prémio, penso que é suposto sugerir ou referir dez blogues que divulguem a literatura e incentivem a leitura mas só vou referir dois, normalmente não leio muitos blogues, dos poucos que leio destaco então estes:


A Dona-Redonda, pois claro! Por uma questão de cordialidade mas não só, porque a Redonda é de facto uma bloguista cheia de cultura em matéria de literatura bem como doutras artes.

Rabiscos, rascunhos e limitada, um blogue sobretudo sobre livros e tudo quanto esteja relacionado com o ato de escrever e pelo qual gosto sempre de passar.

quarta-feira, 19 de dezembro de 2012

Porque sim...

Caldas da Felgueira, 6 de outubro de 2012

Fim do dia

Estou sem vontade de escrever, muito embora me bailem na cabeça montes e montes de posts.
Hoje portei-me muito bem. Muito, muito. Não escrevi da tristeza nem da morte. Custou um bocadinho, lá isso custou, mas aguentei estoicamente as vontades tristes e os pensamentos aborrecidos.

Resposta do pai Natal

Carro na oficina; será entregue na próxima sexta-feira.
Máquina de lavar roupa, ora bem, tenho uma nova, que me ofereceu o seguro; colocá-la-ão cá em casa na próxima sexta-feira.
Batedeira de bolos... Pois. Nada.
Sapatos e calças; idem.

1000

Este blogue tem 161 dias e 1000 posts, o que dá uma média de 6,22 posts diários.
Há bloguistas que comemoram as visitas ou os seguidores, eu não, eu anoto o número de posts sempre que o número é redondo, o que não deixa de ser uma forma de comemorar.
E depois é suposto dizer que escrevo muitas coisinhas e que tenho muitas ideias e que uso o blogue para explanar tudo o que me passa pela cabeça. E acrescentar que gosto de escrever. Supostamente, claro.

999

Este post existe porque não me dou lá muito bem com números, ou por outra: sou mais de letras, de maneiras que assim apresso o milésimo post.

998
A notícia

Dona Genoveva compra um desumidificador. Batati-batatá, como é, como é que não é.
Montei o artigo, pu-lo a jeito de quando chegasse a casa a dona Genoveva apenas tivesse de colocá-lo no sítio pretendido, isso era lá com ela, mas não sem antes despejar no recipiente os cristais de cloreto de cálcio, as palhetas brancas que retirarão a indesejada humidade.
Cinco minutos depois do negócio feito toca o meu telefone, era a dona Genoveva dizendo que não sabe mexer em coisas, credo jesus senhor, que lhe deem algo para escrever, isso sim, que caiu tudo ao chão e ela teve de andar a varrer e apanhar com a pá do lixo e depois despejar no orifício do objeto, que todo este episódio foi um verdadeiro bacanal. Falava como é seu costume: desenfreadamente, num discurso recheado de pormenores.
O leitor não sei, mas eu achei um piadão ao bacanal...

997
Pães e isso

O padeiro dispôs na montra um pão comprido, dois pães redondos, um pão comprido, dois pães redondos, e por aí fora, proporcionando ao transeunte uma montra sexual... No masculino.

996
Sonho
Dias de um Ginásio

Sonhei que estava no ginásio fazendo Pilates com o afinco que me caracteriza. Afinal de contas, os sonhos podem estar mais ou menos dentro da realidade dos dias

terça-feira, 18 de dezembro de 2012

995

A cinco do milésimo post. Claro que chego lá antes de acabar o ano, pois. Amanhã tratarei disso.

A perita

Perícia também não a há, não senhores. Quero dizer, há, mas num aspeto ou noutro e sempre pouco ortodoxos. Digamos que a minha perícia é secretíssima.

Remanescente

Temos três dias para decrescer o tempo de luz, ainda.
A ver se cresce, a partir daí.
Temos três dias de outono, ainda.
A ver se as folhas das árvores caem todas, todas.

Uma espécie de carta ao pai Natal

(Por ordem prioritária)

Quero o meu carro arranjado
Quero a minha máquina de lavar roupa a funcionar
Quero a minha batedeira cheia de vigor
Quero uns sapatos rasos e pretos
Quero umas calças

Casa

O Fernando Pessoa morou aqui. Agora jaz debaixo dos torrões, algures. Ou talvez não, talvez jaza poucochinho, se é que se pode jazer mais ou menos ou assim-assim. Isto porque acho que o Fernando Pessoa está vivo, há toda uma lista imensa de livros a serem publicados, compilações e estudos da sua obra.

Flores

O liceu Camões já tem azedas nos canteiros, montes delas, tão amarelinhas.

...

Estou muito mais linda, agora. Pouco me importa se me estou a armar aos cucos. Isto aqui é um blogue, pá.
Incrível o que duas linhas fazem à pilosidade facial em demasia. Para começar os puxões fazem vermelhidão na pele, mas em passando... Oh céus, que bela ficarei!

...

São quase três da tarde, há sol em Lisboa. Bem Bom. BB.

Os meus poemas

Pois é, tenho andado para aí a fazer poemas e a repescar algumas das minhas prosas poéticas. Note bem: eu digo poemas e prosas poéticas porque estou a escrever, falando presencialmente... Nem falava disto a ninguém.
Coloco os meus poemas e prosas poéticas no grupo do Fuças e tomem lá disto, quiçá alguém venha a ler e goste.
Sim, para meu espanto, leem e gostam e comentam e dizem que sim senhor. Houve um senhor que disse que gostava de tudo quanto eu escrevia e que continuasse para que as minhas palavras sejam nossas.
Atente-se no tudo, ele gosta de tudo o que eu escrevo.

Desenvolvimento

Li algures numa entrevista a um escritor ou algo assim que o escritor apenas determina o primeiro parágrafo do seu romance e que a partir daí a obra cresce indeterminada e imprevisivelmente.
Ver post anterior, por favor. Não querendo estar a imiscuir-me, pondo-me no lugar duma escritora fantástica e o caraças, é um bom exemplo disso.
Li algures numa entrevista e blás que o escritor nunca acaba a sua obra, simplesmente a abandona. Não querendo blás e pardais ao ninho a parecer que sou uma escritora maravilhosa...
Ver post anterior, por favor. Foi isso mesmo, tive de sair.

A senhora beata

Tem um quarto recheado de tudo quanto é religioso, desde terços a quadros alusivos ao papa ou a um santo ou outro, na estante figuram livros religiosos ou de autoajuda.
Mora numa linda avenida lisboeta.
É solteira.
Tem mais de quarenta anos.
Penso que tanta devoção se deve à solidão tamanha, pois marido e filhos não os há.
Penso que querermos ser muito bons em todas as vertentes da vida nos martiriza, e acabamos por não ser verdadeiramente bons em coisa nenhuma.
Penso que é por isso que existem freiras e outras profissões ligadas à religião.
Penso que temos de escolher entre o ser pão ou bolo.
Penso que o pão-de-deus é um pão e um bolo, daí o nome que lhe puseram.

Ideias

As ideias
'o melhor está para vir'
ou
'há uma recompensa no final'
são tão aliciantes...
Aliciam o néscio e o sábio.
Todos possuímos esperança,
independentemente do grau de inteligência.

Almoço de Natal

Ora bem, depois de cerca de uma década jejuando em termos de almoços e jantares familiares e essas tretas, eis que este ano vou de visita e almoçarei na casa doutrem, que por acaso ou isso são da família. Eu gosto deles todos e vou gostar de lá estar, que não se pense o contrário.
Estou feliz, sinto-me uma pessoa normal, com família, sem carências. Eu, sem carências, quero dizer. A ideia da normalidade faz-me uma grande companhia.

A força

Este post não é diferente dos demais, existe porque eu o criei.

O sentimento

Existe um mesmo sentimento que me leva a desejar ardentemente voltar a ser criança ou então desaparecer e acabou a conversa. E acabou a vida também.
Folgo que este seja um blogue onde escasseiam leitores, quando não teria comentários à farta de pessoas interessadas nos meus sentimentos invulgares e preocupadas com o meu estado depressivo.

Natal 2012

A dona Adelina ofereceu-me uma caixinha de bombons. Eram vinte. São quinze.
A Popota está mais magra este ano. Ela e as amigas, aquelas que dançam bem que se farta. Bonecas sensuais, entretêm miúdos, deslumbram graúdos.
Comprei algumas prendas. Nesta matéria devo dizer que pouco mais adiantarei.

Obra amorosa

Há dias divulgaram no Fuçasbuque os títulos dos contos da coletânea 'Beijos de Bicos' a editar em fevereiro próximo pela Pastelaria Studios Editora, onde (já toda a gente percebeu que eu) vou participar. Então pensei divulgar o título do meu conto no blogue. A bem da verdade não vou divulgar pela primeira vez, que esse título já cá esteve, muito embora ligeiramente diferente.

A minha história tem por título
'Dias de uma grafómana (pouco) amorosa'
e fala de amor, pois claro, apesar de esta grafómana ser aparentemente pouco amorosa.

Para relembrar aos leitores os textos fantásticos que preparo e publico no blogue, e por causa do ego enorme que se me incha pra caraças lá de quando em quando, e porque quero, e porque o blogue é meu, deixo novamente o post da grafómana, donde retirei a ideia para o título da minha história (pouco) amorosa.


A grafómana (pouco) amorosa

Às vezes escrevo só porque sim. Não sei se acontece o mesmo à outra gente que escreve, que eu estou sozinha neste mundo literário, bem como no outro mundo, o dos pura e somente leitores, ou ainda no mundo dos que não escrevem nem leem, e se não estou sozinha, estou ausente ou apática ou dormente ou outra coisa qualquer que me impede de conviver saudavelmente.
Mas dizia eu: escrevo só porque sim. É comparável ao ato doméstico de despejar o lixo, se não se abolir os destroços diariamente, os mesmos acabarão por ocupar um espaço desnecessário e ademais fede e empesta o ar. A minha cabeça funciona assim, tenho de dar vazão ao escriba, mesmo rabiscando sem prazer, paixão ou amor.
Sou muito boa nisto de escrever, afinal, uma vez que consigo fazê-lo sem impulso, ou, ainda, algo contrafeita. Há que persistir.

Passeio canino

A minha cadela foi a Á-dos-Cãos, conhecida localidade saloia.
Não sei se deu para perceber o trocadilho...
Deu?
Ótimo.

A cadeira

O meu colega andou para ali a pôr rodas numa cadeira que não tinha rodas até ele as fixar nos pés. A ideia é transportar uma senhora idosa e sem mobilidade do quarto à casa de banho num corredor estreito onde não cabe a cadeira de rodas xpto, parecendo assim ter-se achado a solução, ainda que tosca.
Depois do estranho trabalho executado, o meu colega quis testar o equipamento. Usou-me. Devo dizer que não me senti nada segura enquanto eu e os meus 92 quilos éramos transportados dum lado para o outro, assentes numa cadeira algo frágil. Diz que a senhora pesa 80 quilos, portanto deve dar...

Ao sol de outono

As abelhas saíram do ninho por causa do sol.
A menina noticia que as abelhas voavam assanhadas.
O rapaz berra que uma abelha picou uma rapariga.
Há muitos rapazes e raparigas por ali e fazem banzé acerca do sucedido.
A mulher alerta o homem que trata da manutenção da igreja para ter cuidado com as abelhas que andam aí.
O homem tem uma motosserra na mão e levantando-a no ar vocifera 'elas que venham cá!'
Eu ri-me cá por dentro.

Obra amorosa

A foto. Na coletânea vão colocar uma foto por história. Que tipo de foto será colocada na minha? Em que característica vai a fotógrafa pegar? Em que tema? Em que frase?
Não quero desfazer na criatividade da artista, se ademais é alguém que não conheço, mas creio que ela se vai ver aflita para escolher uma foto para a minha história. E mais não digo. Ou digo, o site:

https://www.facebook.com/hlagartinho

Obra amorosa

Tenho medo de discursar. Quando chegar a hora de ir lá à frente falar, quero ver se não saem baboseiras nenhumas desta boca, esforçar-me-ei por conseguir discursar acerca do gozo que senti ao escrever este conto com a mesma veemência com que vendo alguns artigos.
Tenho de esforçar-me mesmo muito... Veemente é que não sou, nem a vender.

segunda-feira, 17 de dezembro de 2012

Hoje

Estou sozinha, não está aqui ninguém. Por isso, se eu disser que deixei de escrever e abandonei o blogue, ninguém acredita.

domingo, 16 de dezembro de 2012

Domingo

(Muito gosto eu de intitular os posts de domingo, de domingo!)

Acerca dos afazeres: houve bolo de chocolate com beterraba, sim senhores; houve bolachinhas para os meninos que moram aqui bem abaixo do meu chão, sim senhores; houve as lavagens todas, sim senhores; não houve costuras e afins, não senhores.

Ah, o fim-de-semana foi bom. Ótimo. Para quê dizer o contrário, não é?

sábado, 15 de dezembro de 2012

Olá, bom dia

Lisboa, 15 de dezembro de 2012


Hoje é sábado, bem sei, mas eu estou aqui, trabalhando, qual funcionária tão fantástica quanto grácil.
Trouxe a cadela comigo, anda de um lado para o outro mas mandei-a parar e tirei-lhe fotos. Escolhi esta. Não dá para perceber nada de jeito, bem sei, e foi por isso mesmo que a escolhi.

sexta-feira, 14 de dezembro de 2012

Recordação

A minha recordação mais antiga talvez seja eu de pé no quintal do meu tio quando ele veio de África, só porque alguém me levou até ali. Esse meu tio apontava-me a máquina fotográfica e eu, que nunca havia visto tal objeto, senti-me muito envergonhada de estar ali à mercê de algo desconhecido e então estiquei os braços para os lados o que resultou numa fotografia em que pareço cheia de preguiça, mas quem der atenção notará que é vergonha. É disso que me lembro, essencialmente, esticar os braços por não saber o que fazer com tanta vergonha.
Tinha três anos e qualquer coisa.
O resto, o que vem a seguir, recordo porque a fotografia foi posteriormente parar lá a casa e cresci com ela guardada na lata das fotografias.
Envergava uma sainha vermelha feita pela minha mãe, plissada e com peitilho de tiras, camisola e colãs brancos, numa malha grossa. A saia era mesmo muito curta, tanto que se via mais acima do que seria desejável, moda infantil do início dos anos '70, presumo.
A camisola era mesmo muito grossa, a julgar pela minha aparência tão redondinha... Aliás, eu devia ter várias camadas de roupa, que a minha mãe, sempre tão protetora, não deixava a gente passar frio, não.
Os sapatinhos eram azuis-escuros, rasos, com uma presilha no peito do pé, outra moda infantil, esta perdurou décadas nos pés dos petizes portugueses.
Tinha uma franja rala e alourada e sorria meio perdida e algo descontente com a minha vida naquele momento.
Sim, tenho a fotografia aqui em casa, surripiei-a da lata da minha mãe, é um pedaço de papel que reflete uma imagem a cores desfocada, onde se podem ver inclusive os vasos da minha tia, porém não a publico para não verem a minha roupa íntima bem como a minha timidez ainda tão pueril. A bem dizer aquela menina já não existe, seria desleal colocá-la no blogue.

Futuramente

Quando chegar o calor vou lá acima à varanda ver o Tejo. A vista vai ser linda, vou tirar fotografias de todos os ângulos, ao Tejo, às pontes, aos pilares da varanda, mesmo que estejam podres, qual o problema, até é giro ver o desgaste da cidade em infimidades como bolores numa velha parede.
Um dias desses aí, acontece isto tudo.

Nova historinha

Sinto algum pudor do que vou desenvolver neste post e, se bem que já tenha feito uma referenciazinha piriri no passado sábado, cheia duma daquelas auras misteriosas onde nado em embaraço e névoa e depois não se percebe nada do que realmente quero dizer, tenho de registar o acontecido conveniente e impreterivelmente.

A pintora leu a minha história, a do medo. Vai daí, e sem que a tenha lido na minha presença, mandou dizer por quem lha apresentou (o Luís) que eu sou uma escritora maravilhosa e que escrevo explicitamente.

E era isto. Claro que a senhora foi mais além do que consigo descrever, largando sem freio comentários imensamente positivos acerca da minha escrita, mas não mexo mais, tenho uma tendência terrível para talhar momentos especiais e prazerosos exatamente pelo mesmo motivo → escrever.

Vintage

Lisboa, 14 de dezembro de 2012

É a vida que tenho. Dizem que deve haver contentamento no viver. Seja. Melhor não contrariar. É uma razão válida. Uma regra salutar. Emerge uma inteligência suprema daí. Melhor imitar as pessoas boas. Adicionar atos sublimes. Abominar o fastidioso. Abominar o fastidioso?! Então não posso viver assim.

Os óculos

Diz que nunca me tinha visto de óculos, reforçando o acaso com um espanto desmesurado. Referi que se nunca me tinha visto assim é porque não me vê frequentemente atrás do balcão. Depois brinquei com ela, como é meu costume:
– Já viu, a senhora com essa idade e ainda vive primeiras vezes? Olhe só a novidade que eu trouxe à sua vida!
Riu, a gosto.

O fim do mundo

Não creio que o mundo acabe no próximo dia 21. Este lugar imenso, redondo, enérgico e, sobretudo, imprevisível, é especial demais para acabar dentro de uma previsão puramente humana.

Água

É a vida;
São pessoas.
Mesmo que chova.
Que queres?
Anda para a frente, vá!
Mesmo que chova
Que importam os lagos na calçada?

Caçar leitores

Alusões subtis?
Sim, também as há.
Tenho medo de escrever,
Lembras-te?
Ou por outra:
Incidir ou alumiar
Não é engodo nenhum
E a pescaria escasseia
Aniquilando a partilha

Um dia especial

Se não houvesse Deus não havia Natal e este seria um simples dia de outono sem visões futuras de prendas e luzinhas pisca-pisca.

A foto inspiradora

Lisboa, 14 de dezembro de 2012

Bryan Ferry (More than this; Roxy Music*) ecoa pelo lugar da musa enquanto lá fora o vento castiga as árvores que chicoteiam tudo o que apanham, como se fosse necessário descarregar a fúria, qual fio condutor bravo e infeliz. E a chuva? Que dizer da chuva? Bate incessantemente nos vidros, somente, ou então não, com o ritmo que lhe conhecemos acompanha o homem que canta no gira-discos, transmitindo uma imagem agreste e sombria por todos quantos detenham o olhar nesta vista molhada. Não sei se é por isso que me parece uma voz tão melancólica, a deste Bryan Ferry...

*Vídeo aqui.

Uma questão de pele

Não posso manuscrever sem que me doa toda a extensão de pele das mãos.

Eureka

Quem inventou a religião fê-lo porque se lembrou num repente que o ser humano é primariamente mau.

A maldade

O senhor Austregésilo, o homem que põe as minhas contas na papelada fiscal, desejou-me um bom Natal e um ótimo ano 2013, e ao invés do cordial passou-bem reforçou os votos com um suave beijinho na (minha) mão.
Depois desculpou-se um pouco com o gesto porventura impróprio, ainda aparecia o meu marido e se zangava com ele por tomar essa liberdade. E eu fiz-lhe saber as minhas ideias sobre este tipo de relações, as pessoas colocam a maldade que quiserem, nos gestos que quiserem, assim como a retiram, se assim entenderem. Viver bem talvez seja mais fácil do que parece.

Afazeres

Convém que registe os afazeres para sábado e domingo antes que os esqueça. É sexta-feira, são dez da manhã, este é o meu primeiro post d' hoje e sei que enumerar agora o que tenho de fazer no próximo fim-de-semana, estando a mais ou menos doze horas de distância, faz com que o trabalho doméstico seja vislumbrado com um romantismo estúpido, o qual sinto sempre que estou longe da casa e não enfiada lá dentro e atolada de trabalho. Ou seja, devido á lonjura de tempo e espaço, dá-me ideia que nos próximos dois dias farei as coisinhas todas com gosto e afinco.
Sonha, Gina Maria, vá, que faz-te bem. E, dentre outras mais, faz estas coisinhas:

Bolo de chocolate com beterraba porque a rica filha tem saudades
Bolachas para ofertar às crianças do andar de baixo porque a mãe delas é uma fofa, sirvo-me da sua máquina de lavar roupa há duas semanas e meia
Lavar as prateleiras da cozinha; lavar o carrinho das especiarias; lavar os frasquinhos das especiarias; lavar a varanda; lavar o átrio
Lavar tudo o resto que é suposto lavar ao fim-de-semana
Coser o gui e a joelheira do Luís; coser a baínha das minhas calças

quinta-feira, 13 de dezembro de 2012

Fitas da minha árvore de Natal

Loures, 13 de dezembro de 2012

Pode não parecer mas garanto esta imagem contém as fitas da minha árvore de Natal, bem como as luzes e a própria árvore. Não falta cá nada.

A senhora maliciosa

Ando a encolher a malícia aqui no blogue, a qual emerge desordenadamente, como se me estivesse a afogar em boas maneiras. Querem que me porte benzinho, as pessoas boas.
Ainda não fiz referência à porra do frio e ao par de mamas (in)decente que a quantidade imensa de camisolas me proporciona.
Ainda não escrevi do prazer que dá encostar o queixo frio ao peito quente, o que é deleitoso que se farta.
Ainda não falei do quão maravilhoso é colocar as mãos entre as coxas com o mesmo deleite descrito no anterior parágrafo.
Agora não retenho a malícia, estou cansada de fingir que sou uma senhora séria.

Adenda

Disse que as pessoas são parecidas comigo porque estou farta de me achar igual a toda a gente; diferente de ninguém. Forço esse sentimento há tempo demais, fartei-me da ilusão. O pior é a solidão que se sente quando se é diferente.

A vontade

Não sei o que faça com a astenia
Não sei o que fazer
Fazer mais
Melhor ficar, deixá-la
Apodrecer, renascer
Estagnar para logo mais brotar.

Foi o anjo literário que me disse:

Não posso tampouco presumir que alguém vai ler o blogue porque necessito de continuar com a escrita virgem.

Como se alguém se importasse com a minha vidinha de escrevente...

Estou um bocado parva, por assim dizer, hoje é um daqueles dias em que escrevo para viver.

Pedido

Amiguinho, olha lá: traz cá o papel e a caneta, preciso de escrever.

Transeuntes falantes entre si

O senhor professor vai na rua mancando.
A senhora arquiteta faz espanto de o ver de bengala.
O senhor professor riposta sem simpatia que isso é porque ela não o vê há mais dum ano.
A senhora arquiteta não leva a mal a falta e continua no tom cordial, quer saber como tem passado.

Já não ouvi o resto da conversa, lamentavelmente...

1 e tal

No restaurante de bairro onde almoço a tv anunciava que o tempo vai piorar substancialmente nas próximas horas. E o povo português caga-se de medo por causa da cor dos alertas que anunciam amiúde.

Futuramente

O meu próximo texto vai ter o cenário dum concerto porque é um meio que não conheço sobejamente. Vai ser um grande exercício de escrita. Vou-me esfalfar.

quarta-feira, 12 de dezembro de 2012

...

As pessoas são parecidas comigo.

Os três

Depois de falarmos os três acerca de ver ao perto e ao longe e de lentes oftálmicas, o cliente (uma das três pessoas) foi embora, deixando um rasto durável de boa educação e simpatia, uma espécie de cheiro bom para o espírito. A dona Adelina (outra das três pessoas) diz que sim senhor, assim é que é, as pessoas deviam ser todas amorosas umas paras as outras, dar para receber do mesmo modo. E eu (a última das três) limito-me a concordar, pois bem, é isso mesmo, força aí.

Tenho uma amiga...

Há muito tempo que não falo dos meus amigos e das minhas amigas...
Tenho uma amiga que tem um casaco verde vistoso. E mais não digo.

Deambulando

Querem vender malas e ler a sina
Querem vender castanhas quentes e boas
Querem ter a avenida iluminada com cores alegres
Querem vender livros de histórias
Querem que eu beba um cafezinho
Querem que eu leia
Querem que eu debite assuntos
Querem que eu tenha frio
Querem que eu não tenha frio
Querem que eu venda lacas e esfregonas
Querem que eu escreva
Querem que eu escreva
Pergunto

Notificação

Palhoteira na boca doutra pessoa é prateleira na minha.

O nome

Neste país há um bebé de sete meses que se chama Gina.

O narcisismo da iluminada

Hoje não há narcisismo na iluminada, pelo menos não ao nível de imagens da minha cara e o caraças, porque hoje estou menos gira que nos dois dias anteriores.

Obra amorosa

Ontem
lá descansei a cabeça,
ok,
pronto,
vá lá,
a minha
obra amorosa
vai integrar
a coletânea,
a Gina Gg
estará presente
num dos 65 contos.

Negócio chinês

Foi descoberta agora mesmo a pólvora. Há dinamite prestes a explodir neste estabelecimento. Diz que no Brasil é grande moda os porta-chaves serem chaves em bruto que tenham um palhetão largo de modo a suportar a gravação do nome e data de nascimento ou outros dados do possuidor. Quando a moda cá chegar nós vamos vender à maluca e ganhar rios de dinheiro, e vamos ao Brasil de férias, inclusive. Que bom.

Antes de mais

12-12-12

Acabou a repetição numérica que assolou as gentes na última dúzia de anos. Para o ano não há mais.

terça-feira, 11 de dezembro de 2012

935

Mil posts até ao fim do ano? É canja!

Cor outonal

A avenida João XXI (Lisboa) nasce amarela, depois vai alterando as tonalidades, copa aqui, copa ali, com árvores mais ou menos frondosas, dado que estamos no outono, mas esta avenida quando nasce é amarela. Ainda dizem que é cor de verão... Qual quê!

Baú

'Mesmo assim não sabem,
mesmo que eu escreva muito do que acontece na minha vida,
mesmo assim,
não sabem o que acontece na minha cabeça.
12/09/2012'

Quando escrevi que não sabem o que vai na minha cabeça não usei poesia nenhuma. O que eu queria dizer é que...

«O rebentar de uma onda não pode explicar o mar todo.»
Vladimir Nabokov

Ao momento...

… Existem duas campainhas tinindo na minha cabeça: calor e proximidade. Oh céus...

Nota: daqui a alguns meses este post será um enigma até para mim...

A loja

Vendem flores naturais e roupas de qualidade elevada. Há um candeeiro baixo donde saem uns arames fininhos e em cada ponta destes está colado ou suspenso por fios invisíveis um papel que diz não sei o quê.
Entrou um casal idoso, a mulher foi lá para dentro, longe da minha vista, porém o homem estacou junto ao estranho candeeiro. Não lhe vi a expressão, não lhe vi nenhum gesto de quem sentia uma curiosidade crescente. Nada. Se fosse eu tinha aproveitado para deitar o olho aos escritos. Mas isso sou eu, já se sabe, possuo uma curiosidade imensa por todas as coisinhas que têm letras...
Pouco depois saíram os dois, as mãos vazias e o semblante nada feliz. Talvez a velhice seja triste, afinal, e pronto.

17:22

Cinco e tal da tarde, Lisboa escurece rapidamente. São horas de acender as luzes das montras, que os lisboetas acham por bem serem os comerciantes a alumiar as ruas...

Estou

Estou um cadito cansada da tempestade, tomara já a bonança.
Estou a sentir-me hipócrita por me obrigar a pensar que há questões que não me estão a correr bem, pronto, deixa lá isso, vá, tens saúde e teto e saúde e emprego e saúde e filhos e saúde e amor e saúde e roupa e saúde e calçado e saúde e saúde e saúde... E tenho uma cadela. E uma tartaruga. E um computador. E um blogue.
Estou farta da tempestade. Quero a bonança. Já.

A incerteza das incertezas

Estou cada vez menos segura nas minhas afirmações. Diz que a gente fica assim com o passar dos anos, que a idade traz a incerteza e que a mesma gradua com a soma dos dias.
Pois bem, seja, se é assim com toda a gente, se é o que acontece com os outros, assim será comigo, claro, que eu cá não sou diferente de ninguém.

Obra amorosa

Estou um bocadinho apreensiva com o desenrolar da publicação da próxima coletânea. Ontem foi publicado um post no Fuçasbuque onde se dizia que o número de contos foi reduzido, houve uma segunda escolha, um apuramento (imprevisto, espero...), afinal já não serão publicados os anunciados 69 mas sim menos uns quantos, e que o motivo era alguns contos (afinal e tal...) não estarem dentro dos parâmetros solicitados.
Não tenho a certeza de o meu conto estar entre os excluídos, o que me chateia um bocadinho, mais por já ter anunciado no blogue que faria parte da coletânea do que por outra coisa. Pronto, ok, não sou lá muito amorosa e sou nula em romantismos e essas mimalhices, logo, é mais que certo produzir uma obra (pouco) amorosa. Eu sei lá escrever amorosamente, pá...
Adiante.
Vamos lá a escrever outras coisinhas, vá, à noite logo se vê como param as modas.

Dentro do prazo

Um cliente comprou determinado artigo que obrigatoriamente tem de estar dentro do prazo de validade, culpa das normas deste país. Vai daí, acabando o dito em 2017, o homem exclama:
– 2017?! Bem, espero que seja a mesma mulher a vender...
E depois ri-se que se farta → ahahah e ahahah e ahahah. E ainda adianta que gostou muito daquele bocadinho e que a gente tem de se divertir. Que fofo.

A quarentona

Em 1969, veja lá há quanto tempo foi, nem você era nascida! Ai era?! Olhe que não parece.

Na primavera de '69 já eu gatinhava, 'migo... No verão andava sem apoio nenhum e sabia dizer que 'não' categoricamente. Atestam os meus progenitores, claro, que a minha memória não vai lá tão longe.

Bom sinal

O homem dos dentes altos vai tirar o dinheiro do banco por temer um golpe de estado.

Lanchinho

Trinco uma maçã atrás duma pilha de alguidares. A dona Custódia para à porta e sem entrar retoma a marcha. Nem me vê. Não, não fui desleixada ou mais amiga do meu estômago, sei que não queria comprar nada. Ela queria cumprimentar, dizer olá, como vai. Não, não era para mim essa atenção, nada disso.

A troca

Quando escrevo 'onde' queria escrever 'ontem'. Há mais trocas destas, os meus dedos (escrevi deods...) estão mal comandados, eu agora é que não me lembro de mais enganos.
Um dia escrevo um texto e publico-o em estado virgem. Vai ser lindo, vai...

Colorindo

Quando fui à prateleira de cima caiu terra sena queimada em cima das rolhas de cortiça. Agora algumas rolhas têm um lindo tom que lembra a secura e aridez doutras paragens, que não as lusas, Marrocos ou isso.

Chiu!

Calem-se todos agora, por favor, está a cantar o Pablo Albóran que canta bem pra caraças, 'afunda los dedos en el piano' mui bien e ainda por cima é bonito.

O cliente...

...Do bom negócio pode ser qualquer um, mesmo que tenha os olhos saídos das órbitas e cabelo puxado para a testa desde a nuca numa tentativa de disfarçar a calvície.
O que eu quero dizer é que as pessoas com aspeto ridículo e tresloucado também são bons clientes, e inclusivamente benévolos no trato.

O amor é lindo!

Ele perguntou-lhe que tal vai a vidinha e ela com um sorriso enorme diz que vai bem porque tem o namorado no carro à espera...

segunda-feira, 10 de dezembro de 2012

Gina, a mulher que tem um blogue

Não tenho a menor dúvida de que este blogue é o diário de uma mulher que tem um blogue. Conquanto não me dê para registar a que horas faço chichi ou sempre que me dói a cabeça...
Percebi há muito tempo que as pessoas só têm interesse naquilo que eu não quiser contar, divulgar certos pormenores mais não faz do que repelir eficazmente as pessoas (ao nível do pessoalmente falando) e os leitores (ao nível do blogue). Portanto, e já que me encolho no que toca a uma coisita ou outra que considero desinteressante, agora vão todos querer saber quando é que eu... Blás.

Anúncio de Natal

Já fiz a árvore de Natal. Não tem bolas, é estéril, por assim dizer.

Perpetuamente

Há pessoas que vivem para sempre. Tipo assim o Freddie Mercury, que canta vigorosamente na época natalícia, ano após ano.

Aqui está quentinho

A minha cadela vai-se pôr junto ao aquecedor, se o vê ligado, claro está. Aparentemente tem frio. E eu que julgava que os bichos com teto e cama aconchegantes não tinham frio, imagine-se o que sofrem os bichos de rua.

Escrevam

Mulheres que escrevem ficam para tias. Daquelas rabugentas, claro.
Aconselho a que se redija a vida da seguinte maneira: antes de mais, casamento e prole, depois o óbvio → escrevam. Escrevam.

...

A Isaurinha, aquela que anda pelo mundo inteiro, devia saber resolver esse problema.
O itálico acima tem um nome: desdém.

...

Ah, é verdade, mosca mole tudo bem, aguenta-se, agora pãozinho sem sal é que não dá.

...

O prémio da paz e essas calmarias assim devia era vir para o cimo do meu móvel do corredor, aquele onde guardo as recordações que trago dos destinos mono visitados, eu que sou uma mosquinha mole... Pacífica até dizer chega.

907

Se eu confessasse que o meu maior sonho é o de conseguir publicar o milésimo post antes de acabar o ano, provavelmente ia pensar-se que coiso. Assim... Olha, ninguém pensa nada.

...

Um comerciante tem de saber falar da conjuntura política atual e essas merdas puramente indestrinçáveis, onde ninguém consegue apurar saudavelmente nada, mesmo nada. Porra para quem acha que sim e que sim e que sim. E mais não digo.

...

Num dia em que haja assunto a debitar no blogue, o nome Marechal ficar-lhe-á a matar.

...

Ela não gosta de café com chocolate, essa bomba saborosa.
Eu gosto. Acho que essa união me desperta o instinto selvagem, salivo e tudo, agora que escrevo. Oh céus!

(Digamos que sou um animal que saliva e sabe escrever. Sinto-me assim, vá.)

Um homem pediu-me perdão porque se meteu no meu caminho, provocando assim o encontro imediato do desvio, deixei de o ver num instante.

Em grande

O problema maior é a comunicação. Em determinadas fases, quiçá as menos deslumbrantes, o que resta é o dia a seguir. Se o amanhã chegar que seja diferente. Um dia morro e acaba tudo, inclusive o problema maior, a comunicação.

O que digo aos clientes...

Olhe, sabe o rolo? Quando está a meia haste é que é fixe!

No posto de venda

Há o pintável,
o que (não) é esperável,
mas dizível e escrevível
e (ainda) um tudo-nada risível.

Eliminação

Por coisas e loisas eliminei uma série de lembretes do documento que uso para rascunhar os textos do blogue. Junto – ou juntava – tudo ali, desde ideias que depois de desenvolvidas farão parte do blogue a pequenos itens que não me convinha esquecer, tais como: fazer os bolos do Rudolph, tratar do meu livrinho, pesquisar cursos de escrita. Isto porque:

• Dos bolos do Rudolph já não me esquecerei, por ora dispenso o lembrete

• Tratar do meu livrinho revelou-se um tédio e/ou enervante, ao momento encontro-me incapaz de prosseguir com o projeto

• Pesquisar cursos de escrita só estava a servir para me lembrar o quanto sou pobre

Agora, como lembrete, resta-me um que por aqui há-de ficar até á próxima primavera, quando chegar o calorzinho, quero eu dizer, e me dedicar à costura:

Com o tecido do pareo fazer uma blusinha simples e curtinha, mini mangas, pinças a cintar, abotoada atrás, folhinhos na base e nas mangas.

domingo, 9 de dezembro de 2012

Capicua

Este é o post 898. É favor não lhe dar importância. Ver abaixo, por favor. Agradecida.

Post de domingo

Sim, estou aqui outra vez, desta feita com um outro post de domingo porque é ao domingo que tenho tempo para passear pela blogosfera e assim... Concluo que:

Aqueles blogues que se nos apresentam com vista panorâmica, cheios de quadradinhos com imagens minorcas e inícios de frases são uma seca descomunal, eu cá fujo-lhes.

Post de domingo


Nas últimas semanas a vida tem-me oferecido uma série de contratempos. O meu carro foi parar à oficina três vezes, a bem dizer da terceira vez que lá foi parar ainda não saiu, a máquina da roupa está a reparar há dez dias, o que faz com que tenha de contar com a ajuda preciosíssima da minha vizinha de baixo que é um amor, claro, como negar tal afirmação se já lá fui bater à porta com sete quilos de roupa uma meia dúzia de vezes, que a roupa suja cá em casa não se me acaba, o secador de cabelo dos ricos filhos deu o berro mas não sem que me tenha deixado na casa um forte odor a queimado, ainda bem que estavam cá os crescidos, e, por último, horror dos horrores...ontem a minha batedeira elétrica avariou... Oh céus! E agora como é que eu faço os meus bolos e tartes no próximo fim-de-semana?!
Depois, para mais ênfase dar à conjuntura que hoje apresento, os dedos vão ter com as paredes sem que eu os mande e isso dói que se farta, as coisas caem-me das mãos com frequência: hoje de manhã por exemplo deixei cair um ovo, cru pois claro, em cima duma das cadeiras da cozinha, uma nojeira que só visto, tropeço em coisas duras e aleijo-me deveras, vejo estrelas e o caraças... Mas mantém-se o sorriso. Vede foto acima. E tenham um bom resto de domingo, que ainda nos restam umas horitas.

P.S.
E eu que queria escrever um engraçado post de domingo...

O Bolo de Iogurte da minha mãe

Bem... Quero dizer, não é bem o bolo que a minha fazia, fiz-lhe algumas alterações. 
De roda da blogosfera em termos de doçaria tenho-me deparado com várias receitas em que juntam raspas de  limão e sementes de papoila. Um dia experimentei o dueto em bolachas, ficou bom. Noutro dia experimentei no bolo de iogurte, também é bom. Lembrei-me da antiga receita da minha mãe, juntei as duas experiências e aí está o bolinho da minha infância, porque a bem dizer as sementes de papoila não dão gosto nenhum, apenas se notam umas bolinhas quando se mastiga, mais não faz do que alterar a textura do bolo. Vamos a ele.



Bolo de iogurte da minha mãe

1 cup de iogurte natural
3 cups de farinha
2 cups de açúcar
1 cup de óleo
4 ovos
1 colher de chá de bicarbonato de sódio
1 colher de chá de canela em pó
2 colheres de sopa de sementes de papoila
raspa de 1 limão

A confeção é muito fácil.
Juntar todos os ingredientes e bater durante 5 minutos. Colocar na forma untada e polvilhada como de costume e levar a meio do forno durante 40 minutos. Ou até estar cozido, claro.

A flor

Loures, 8 de dezembro de 2012

Recebi ontem esta flor porque na opinião de quem ma deu...

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(sei escrever... muito bem...)