quarta-feira, 23 de dezembro de 2015

A prenda que (nos) faltava

Raramente me acontece protelar a compra das prendas que ofereço no Natal. Mas este ano, eh pá, pronto, faltava uma. E das importantes. Ontem percorri prateleiras de quites de maquilhagem e cofrês. De manhã tinha colocado máscara (ó pra mim a falar tão bem...) nas pestanas e batom (nos lábios, claro), trouxe-o até comigo, coisa que não tenho o hábito de fazer, mas é que precisava de retocá-lo, o que acabei por não fazer.
Hum, já estou a inventar, vou começar de novo.
Raramente me acontece protelar a compra das prendas que ofereço no Natal. Mas este ano, eh pá, pronto, faltava uma. E das importantes. Ontem percorri prateleiras de quites de maquilhagem e cofrês, mas se há lugares onde me costumo sentir indesejada é em coisas dessas em forma de loja iluminada e colorida e perfumada, com pessoas a atender que estão muito bem maquilhadas e são muito bem falantes. Só que não, nada disso, no geral essas pessoas são uma merda a atender quem se apresenta de cara lavada, eu, e não se mostra profundamente conhecedora do assunto que ali se debate, eu. Eh pá, pronto, quando tenho de me relacionar com esta gente costuma desfazer-se a caraça e desaparecer por completo a bem-falância. Mas entrei, é que dava-me jeito ver o que lá havia. Desta vez não fui destratada, nem eu nem os meus olhos e a minha boca com peles sem realce de cor e sem tapa-poros, mas a verdade é que também não me dirigi a puta nenhuma, nem puta nenhuma se dirigiu a esta que escreve e que também se aproveita dumas lascas de putice de quando em vez, portanto, tanto pra mim como pra elas, não serviu de teste, o que lamento. Ah, o que eu ia gostar de sair de lá com uma ideia diferente, pá.
Depois enfiei-me num espaço do género, mas mais pequeno, quase miserável, se comparado, mas com prateleiras cheias de quites de maquilhagem e cofrês na mesma, e com uma funcionária que me atendeu com a simpatia e cordialidade que tanto aprecio. Trouxe um conjuntozinho bué fixe que inclui um verniz patxau e um batom a condizer. A rapariga vai resplandecer com aquilo, afinal de contas: o que é que não fica bem numa jovem de vinte anos, não é. É.

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