domingo, 29 de novembro de 2015

Aspirador

A rica filha andava a aspirar, de fones nos ouvidos, e de vez em quando mandava uns lamirés para o ar e encarava-me de tal modo que parecia que estava a cantar para mim. (E estava.) Percebi que era uma espécie de música latina, o que ela ouvia, assim a atirar para o tristonho e saudoso, um tango, bolero, ou algo assim. Decidi acompanhar o canto dela com uns movimentos sensuais, atirei a cabeça para trás, passei as mãos corpo abaixo e acima, pelo cabelo e mais não sei o quê.


É, eu acho que a gente a duas dá-se bem.


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