sexta-feira, 2 de outubro de 2015

Lugar da musa

§§§ É claro que o lugar da musa está no mesmo lugar e tem lá dentro o café, os livros e as pessoas de sempre. Nada mudou. Tampouco o lugar, muito menos as pessoas, presumo, sentiram a minha falta.
Já não me lembrava da bolachinha nem do pau de canela, logo: este regresso foi agradavelmente surpreendente. Contudo, o café já não é o melhor de Lisboa, qual quê, baza do degrau mais alto do podium, vá, que já não pertences aí. O melhor café de Lisboa é agora este aqui ao lado do estaminé. Mudaram as caras por trás do balcão, mudou o jeito de servir e até a prateleira dos bolos (que saudades dos pastelinhos de feijão do senhor Tomé, oh céus), mas o café é uma bomba que se resume a isto: sublime e barato.
§§§ A igual não quis a bolachinha, que não lhe apetecia e tal.
Hum.
Ok.
Vá.
§§§ Quando dei por mim tinha a banca montada. A do costume. Pois. Em cima da mesa:
a chávena vazia;
os óculos escuros;
a caixa dos óculos para ler;
o livro;
a caneta;
e o bloquinho rudimentar.
§§§ Uma senhora indignou-se assim: 'não tenho chávenas de chá de jeito!'
§§§ Uma outra senhora passeava-se com uns óculos na cara. Nada de mal, pois é, só por dizer que os óculos tinham uma etiqueta pendurada, a qual lhe dava pelo nariz e abanava com o deambular, tornando-a numa figura um bocado patética.
§§§ Li, pouco mas li. Por isso dedico hoje e agora um espaço para juntar mais três itens à lista de palavras inglesas e/mas aportuguesadas que retiro do livro que leio ao momento: 'Olhos verdes', Luísa Costa Gomes.
teicofe
tuaregue
viquingues

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