Tenho uma amiga que andou a apanhar amoras para mim. Pô-las numa caixa onde eu lhe tinha levado bolachas de manteiga que fiz com o máximo carinho. Muito boas: estaladiças, doces e isso assim. Muito boas também, as amoras que a minha amiga apanhou tão amorosamente, nada ácidas. Se pensarmos que se fez uma troca, é caso para tal, pois fez-se. Quando soube disto tudo, um amigo de nós as duas mandou dizer que depois quer que lhe faça doce de amora. Ficou prometido. Vou fazer. Esmeradamente. Até vou usar o coador, não vá ao depois os caroços pequerruchos alojarem-se nos sulcos dos dentes e o desagradável que isso é estragar tão bela amizade.
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