segunda-feira, 10 de agosto de 2015

Diário

Prefácio
Publico hoje o diário das férias passadas. Copiei-o integralmente, eliminando as rasuras e algumas irregularidades que encontrei, quando considerei que estas últimas enfeariam demasiado a minha prosa. De resto, está tal e qual debitei no passado, desprovido de polimento, cru, tosco. Percebe-se, creio, o quanto inicialmente pousei nos assuntos do dia, perdida mas perseverante e, por isso, me detive em dispensabilidades literárias. Depois, não que tenha encontrado indispensabilidades literárias, mas encarrilhei na prosa, como é aliás meu costume, e fartei-me de ‘falar’, pouco me importando com isso de o meu discurso ser dispensável ao mundo literário, ou então não.


Lisboa
Rua Abade Faria (10h)
16/7/2015
Quinta-feira

Rua Abade Faria, pois, Lisboa. Estou de férias e, incrivelmente, estou, ainda, em Lisboa. É para beber o café. Daqui a nada já arrancamos.
Alcácer do Sal
11:38

Tenho preguiça de escrever à mão. Nos últimos anos habituei-me efetivamente ao teclado, ao facilitismo.
Cafezinho+empadinha de galinha numa esplanada cá do sítio.
Um pai brinca com os filhos aos polícias e ladrões. Estão numa mesa ao lado. O homem faz vozinhas e tudo, as crianças estão maravilhadas.
Torrão, 2 e tal da tarde
Almoço: feijão-frade, bacalhau assado na brasa, encimados por rodelas de cebola crua e tiras de pimento assado.
Odivelas, cinco e tal
Estou na piscina da ‘Albergaria O Gato’, no Alentejo.
Tive há pouco a ideia de escrever no blogue, no que concerne às férias, por tópicos. Tipo:
- pés de unhas pintadas de azul, em contraste, ou simplesmente porque condiz
- mãos, idem
- locais que visitámos, tipo a gente ao pé dos dizeres e isso, como há pouco na barragem
- praia, areia, pés, mãos, sentires
...
- eu na praia; olha eu na praia
- eu na piscina; olha eu na piscina
- olha eu na estrada, no carro, na cidade, em nenhures, no apartamento
- soltas; pontas soltas
Bom, acho que será assim o preparo do blogue, quando regressar.
20:17
Ah e tal, estou no restaurante cá do sítio, pertence ao hotel. Prato: carne de porco assada com castanhas. (e batatas e arroz) Muito bom. Fantástica, a junção de sabores.

Odivelas
17/7/2015
8 e tal da manhã
Sexta-feira
O dia amanheceu fresco. Já pingou e tudo. Pingos grossos, espaçados e curtos em termos de tempo, a chuva foi embora num instante. Agora ainda está o céu embrulhado.
Dormi mal, acordei cheia de dores. Na verdade já começa a ser corriqueiro, de manhã estou sempre pior, só por dizer que nuns dias não estou tão mal como, por exemplo, estou hoje.

Las Chapas
18/7/2015
Meio dia e tal (acho eu)
Sábado
Não sabemos as horas. Os telemóveis atualizam-se, creio que a máquina fotográfica montes de espectacular idem, se bem que não estou certa disso, e a box cá do apartamento rege-se pela hora inglesa, creio, e se creio, neste caso quero dizer que não estou certa. Portanto: é meio-dia e tal, creio, e ao que parece, por estarmos perdidos com as horas mas também cheios de fome, almoçámos às onze e qualquer coisa da manhã. Ah ah.
18:53
Bom, acho que o relógio da piscina está de acordo com a hora espanhola.
Experimento uma tremenda preguiça de escrever. Desconheço, claro, se estando noutro lugar, noutras circunstâncias, me sentiria mais ágil na escrita.
Tenho mais um tópico a desenvolver no blogue: a chuva. É que choveu no caminho até cá. Incrivelmente. Junto a Sevilha, estando 44º, sim, 44º, desabou uma chuva grossa e, vai daí, a temperatura desceu repentinamente cerca de 10º.

Las Chapas
19/7/2015
8:56
Domingo
Pois é, acordo cedo. Eram ainda sete e tal já eu estava acordada. Dei algumas voltas na cama, levantei-me, que já não aguentava mais, fiz o pequeno-almoço, comi, já tomei os comprimidos, um deles é para tomar em jejum, e comi e coiso. Enquanto engolia a água com o primeiro comprimido, observei uma senhora lá em baixo, na piscina. Durante sei lá quanto tempo, nadou e nadou nadou. Nada como eu, sem estilo mas com eficácia. Talvez, ou certamente, sem grande velocidade, mas a verdade é que chegou ao seu destino.
11:57
Estou no apartamento, tal como estava no escrito anterior. Acabei de trincar um dos grãos de café que trouxe de Portugal. É bom, é uma sensação fixe, digo: o sabor, que a textura é estranha, não se mistura com a saliva, jamais formará um bolo alimentar.

Las Chapas
20/7/2015
6 e tal da tarde
Segunda-feira
Estou na praia.
De manhã lá tive uma reunião chata. Infrutífera, claro. A dada altura pedi licença e saí. Vim cá fora e rebuscando na mala dei com o grão de café que restava, coloquei-o na boca e trinquei-o. Sabe a café, pois, mas a textura é desagradável. Já ontem tinha escrito neste caderno.
Se há bocado eram seis e tal, agora devem ser sete e tal
Fui já ao banho umas três vezes, presumo, desde que cheguei. Esta praia é magnífica: ondas pequenas e fracas, espuma pequena, enorme extensão de água com pé, quase dando a ideia de que se consegue atravessar todo o Mediterrâneo pelo pé, dispensando nadar até lá. Mas não, claro que não, somente a verdade é que é muito baixa, a água, durante muitos metros, mar adentro.
7:21
Tenho o corpo saturado de água: dois ou três banhos na piscina e dois ou três banhos na praia, isto na parte da manhã, repetindo os mesmo procedimentos de tarde. Todos os dias, desde sábado. Hoje é segunda… Socorro, parece que a caneta vai acabar… afinal, não.
Voltando ao assunto: é assim desde sábado, e depois ainda falta o banho em privado, oh céus.

Las Chapas
21/7/2015
16:04
Terça-feira
Então, pronto, coiso, cá estou. Estamos. No apartamento. A esta hora temos estado sempre aqui, afinal temos de deixar a digestão avançar sem percalços, não vá a água, em abundância nos últimos dias, não a deixar vigorar capazmente.
Ah, que saudades de escrever num teclado, no caderno, neste, ou talvez noutro, sei lá, dá-me cá uma preguiça, não é. É.
Entretanto voltei ao tom de escrita habitual dos últimos meses (, não é. É), ah ah.
Ontem a Ana Cláudia perguntou via fuçasbuque como havia de lavar roupa, e eu, vai daí, escrevi quase um testamento no teclado do telemóvel, contendo todos os passos a seguir e cada clique e até cada som que a máquina emite quando é posta a lavar.
São mais ou menos oito da noite, só por dizer que é de dia, que ainda é de dia
Estou na praia, entre aquela onde costumo pousar e a Niki Beach. Este ano não há as festas do costume na Niki Beach, sei lá porquê, às antas é coisa para acontecer somente em agosto.
Neste pedaço de água, há rochas no chão, em vez de areia. Um suplício para mim, sou incapaz de nadar e mergulhar à minha vontade, quando assim é, ainda que as rochas no chão sejam quase lisas, facilmente deteto alguma mais pontiaguda. Mas pronto. Coiso. Tenho medo.
Há crianças. Vá a gente para onde for, há crianças. Lugares sem crianças são lares de idosos. Nada contra os mesmos, claro, nem contra os ditos, mas só por dizer que dizem também grandes disparates e quiçá como menos graça.
Para aí dez da noite, agora. No restaurante, agora.
Aquele que fica mesmo por baixo do empreendimento. Podia fazer, agora, como faço no lugar da musa e pôr-me para aqui a descrever as pessoas que estão cá. Para começar: estão todas sentadas. Não estão nada, há um senhor com ar de dono deste espaço que se entretém, por assim dizer, com o abrir da porta. Entretanto já conseguiu os seus intentos, sendo que a porta está aberta e segura ali assim na base do enorme vaso. O espigão desse fecho está assente nessa base. Há dois casais, cada um na sua mesa, que aparentemente já finalizaram a sua refeição. Ou então não, sei lá eu, às tantas esperam o prato principal. Se bem que sejam dez e tal da noite, e ainda nem é noite escura, escura, mas já é noite, é o crepúsculo, pronto.
Estou toda contente, que já encontrei o meu tom, só por dizer que escrever à mão é uma canseira.
A estrela polar está ali, mesmo ao lado dum tronco de palmeira.
Já comi a entrada: gambas com abacate e quês. Bom à brava.
Ouve-se pontualmente uma espécie de coaxar, mas como aqui não há riachos, deve ser, ai a caneta, deve ser um ralo ou um grilo.
O tal casal
grilo, grilogrilo
grilo, grilo, grilo

GRILO!

Las chapas
22/7/2015
7 e tal, acho eu
Quarta-feira
Pois então tenho uma caneta nova que me ‘deu’ o senhor da receção, porque lha pedi emprestada e, pela cara que o bicho fez quando ma estendeu, creio que ma ‘deu’, ainda que eu reforçasse que lha devolvo (devolveria?) na sexta-feira.
Então pronto, comemos queijo Camembert panado, acompanhado de alface, rúcula, couve roxa, com uma tacinha no meio contendo doce de framboesa. Que mescla fantástica. Sim senhores, a ver se faço em casa.
Agora esperamos o prato principal: linguini com carne e mais não sei o quê.
Hoje também posso pôr-me para aqui a descrever os presentes. Há uma mulher que me olha insistentemente e sorri que se farta.
Interrompi a prosa para comer o linguini, estava bestial.
Mas a mulher loura, que estranho, é que se torceu toda para me mirar e sorriu e sorriu e sorriu. Fiquei tão aparvalhada que praticamente não retribuí espontânea simpatia. Estou a ironizar, colocando espontaneidade na cena, é que às tantas ela nem estava a ser espontânea, estava antes atuando premeditadamente, uma coisa encenada, vá, é puta, das finas, e quer cliente. É que está acompanhada dum gajo com ar mafioso, digo duma máfia boa (isso existe?!). Quer pessoal para o swing. Ah ah.
Ontem ia no grilo, quando a antiga caneta se acabou. Os seis grilos pequenos foram rabiscados esta manhã, numa esperança ansiosa de que a tinta ainda escorresse ao menos um pouco. Mas não. Vai daí, assim que pude, ‘gritei’ um grilo gigante.
oito e tal, agora, estou na praia, há pouco também, só por dizer que tinha esquecido de registar
Pois que ontem parei, forçosamente, no ‘grilo’. Ia escrever das outras pessoas que estava no restaurante, ia escrever que aquele tal casal afinal terminara mesmo a refeição, que vi chegar, pouco depois de a caneta perder o ‘pio’, aquele livrinho de capa rígida onde vem a fatura. É uma procedência, ou um costume, destes restaurantes assim como que mais virados para o requinte.
nove e tal, agora, estou então no restaurante do (quase) costume, é a terceira vez que aqui estamos.
Não temos saído de carro, na verdade ainda não saímos daqui, os dias têm sido iguais, não necessariamente maus, nada disso, qual quê. Piscina e praia de manhã e vice-versa à tarde, ou então ao contrário, sei lá eu.
Quando chegar a casa tenho de escrever um post onde exponho a conversa que tive com a Débora, de quando lhe contei dos vídeos que faço, ou fiz, e ela me perguntou se eu era como a cantora Sia, qua nunca mostra a cara por inteiro, usando sempre compridas franjas.
Há pouco, na praia, tirei fotos ao meu caderno, este, e à caneta espetada na areia. Depois espetei-a num emaranhado de corda que pertence a uma das bóias que estão presas nas estacas, caso seja preciso resgatar alguém. Quando o funcionário as veio recolher, que já eram horas, sete e meia, para aí, viu a caneta, exclamou algo em espanhol, tipo: ‘olha aqui uma caneta, que giro, vou pô-la no meu bolso’. E pôs. Enquanto ele se afastava tirei-lhe fotos. Fiz zoom e fixei o bolso. Não estão nada de jeito, mas pronto, fica o registo.

Las Chapas
23/7/2015
10 e tal
Quinta-feira
Um mar desta imensidão, o Mediterrâneo, e a gente sem poder chafurdar lá dentro por conta das alforrecas. Oh céus. Umas ondinhas pequerruchas, como eu gosto, e destemo, e o medo de ser picada a prevalecer sobre a vontade, o chamamento. Oh céus.
18:05, piscina, por isso tão precisa nas horas que são, foi só virar um tiquinho a cabeça e pronto
De onde estou sentada vislumbra-se parte das chaminés daquela casa branca e linda. É uma vivenda enorme que quando fiquei hospedada no terceiro andar, num ano anterior, se destacava imenso no meio da vegetação circundante. Tirei inclusive fotos (como hoje) e depois cortei e melhorei uma delas, acabando por colocá-la no cabeçalho do blogue. Agora penso que, quiçá quando chegar a casa pesquise a foto de então e inclusive o texto, ou os textos, que escrevi em relação a estas duas chaminés.
Pois é, em tempos idealizei fazer vídeos lá em casa, onde apresentaria os utensílios de cozinha, a bijuteria e as jóias, os óculos escuros, as roupas, o armário das recordações e talvez um sem-número doutros pertences que agora não recordo. Hei-de fazer quando chegar a casa. Aqui ainda não fiz vídeo nenhum, muito embora tenha idealizado fazer. É que há alguns pontos contra: pouca capacidade nos cartões, que me esqueci do cartão ‘grande’, comprado propositadamente para esta viagem, o gastar pilhas e/ou bateria rapidamente e estar constantemente acompanhada.
9 e tal e coiso, no restaurante
Este ano temos jantado sempre fora, este restaurante é fixe. Não é muito caro, tem pratos dalgum requinte e o serviço é bom. Bom, quer dizer, um dos empregados é um bocado snob, mas pronto, na verdade não é notória qualquer, sei lá, diferença no tratamento que dá cá aos pobrezinhos. É quanto baste. Este restaurante tem o costume de oferecer um licor aos clientes, quando à despedida, ou seja, trá-las ao mesmo tempo que a fatura. Cai sempre bem, não é. É. No primeiro dia foi Limoncello, no segundo não sei o nome daquilo, mas queimava a garganta pra caraças, segundo informação do Luís (ó Luís…) é tipo um shot, há que beber dum trago só. Daí ter como que queimado a garganta. No terceiro dia foi um Baileys, e hoje… Pois é, vamos lá a ver o que será, que de momento aguardo a entrada: queijo de cabra e pera não sei quê e nozes. Hum.
Já comi.
Ideias tenho eu. Digo: para escrever, mesmo estando de férias, aparentemente não fazendo nada, ou fazendo, mas todos os dias as mesmas coisas, quase sempre ao mesmo ritmo, no mesmo lugar, durante o mesmo espaço de tempo. De manhã: praia, depois: piscina. à tarde: piscina, depois: praia. Porquê? Porque as manhãs são mais frias na piscina. E de tarde, porque inverso as idas? Porque o sol desaparece cedo do recinto da piscina e na praia está-se bem até de noite, quanto mais de dia, ora essa.
De postre: tiramisu, que es casero. Gracias. O prato principal foi pene com frango e espinafres. Tão bom.
Os espanhóis não têm feminino para dois, a gente tem – duas. Ah ah. Os espanhóis usam todavia, ademais e tampouco na sua linguagem corrente. Eu também, mas na escrita. Apenas. A bem dizer, por vezes até evito, receando parecer presunçosa e isso assim, tipo a querer mostrar que sei palavras e quês. Mas, às vezes uso, oh se uso.
O moço daqui, o snob, deitou o olho ao caderno, quando pousado na mesa, mais ou menos desleixadamente, e com tanta atenção deve ter visto o galo de Barcelos e lido ‘Portugal Story’, que é o que está na capa. Vai daí ficou montes de curioso com o que estará escrito cá dentro. Não ficou nada, ora essa.
Na piscina, há pouco, creio que de manhã, uma senhora ficou-me a olhar um pedaço de tempo depois de eu ter guardado o caderno. Eu sei ‘miga, sou um ser humano especial, fora de série, espectacular. Mas obrigadinha na mesma, ora essa.
Ainda não contei do senhor do bar, caraças. É episódio a não esquecer.
Yeger Mayster, o licor de hoje, ou seja, repetido. Parece que se escreve Yager Mayester, se não for, julguem-me, vá.

La Pausa? Huelva? (não sei...)
24/7/2015
2 e não sei quê da tarde
Sexta-feira
Então, ora pois, estou num paradeiro perto de Huelva, já no (bom) sentido de Portugal. Tenho saudades dos ricos filhos, do cão e da casa. A bem dizer tenho até saudades dalguns tarecos. Parámos aqui, não para comer, mas para esvaziar as bexigas.
A minha caligrafia é horrenda. Neste caderno. Oh céus. O que leva a isto é a pressa e a preguiça. Pressa, não vão os pensamentos voar; preguiça, por me ter já habituado às facilidades, e rapidez, dum teclado de computador.
Pomarão, 3 da tarde, é o que diz o relógio deste restaurante
Estamos num dos princípios de Portugal. Vamos comer bochechas de porco, que já chegaram à mesa, e, quero dizer que assim, vistas as coisas de princípio (além é Mértola); (que giro, três és, três acentos) é como que o verbo, que no princípio era o verbo, vai daí verbo, escrever. Ah ah.
Hotel ‘O Gato’, seis e tal ou lá que é, Odivelas, portanto
Então pronto, cá vim parar, ao ponto de partida.
(cinco e quarenta e três, afinal)
Que saudades dum teclado, oh céus. Venho no caminho, triste, sem o querer. Não chamo a tristeza, que é lá isso, só por dizer que a proximidade do lugar soturno dá-me forte na cabeça. Estúpida que se farta, esta minha cabeça. Até já vinha a idealizar, ou a escrever (com a cabeça, como é meu incessante costume) que as férias serviram para perceber que afinal viver é bom, qual golpe na carótida, qual quê. Mesmo sem eu querer, o estilo mórbido, ou tolo, sei lá, já se introduziu. Ideias tenho eu. Falo de como abordar as férias no blogue. A ver vamos se quando chegar o momento a imaginação se introduz também. Pois. Girassóis, não posso esquecer, os espanhóis, na praia, são como os girassóis, que vão rodando por modo a defrontarem, todavia, o sol. Que destemor. Que bravura. Defrontar o sol.
4,7 debaixo da ponte. Ah ah. Não sei de onde até Huelva km 47, saída 48. Ah ah. Avenida del V Centenario.

2 comentários:

  1. Belissimo!
    Adorei, senti como se estivesse presente, porque conheço os locais e ia revivendo.
    A Gina tem uma enorme capacidade, é observadora, e tem uma qualidade inata de
    ver e descrever os diversos personagens, com graça e ironia. E isso não é fácil.
    Beijinho

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  2. Obrigada, Manuel. Assim até fico embaraçada. Bom, de repente o que me vem à cabeça para lhe responder é que não considero difícil descrever pessoas, com graça e ironia. Mas isso, penso eu, no geral deve-se ao facto de não acharmos difícil algo que fazemos facilmente, que nos sai impulsivamente. É inato, como diz o Manuel, e quando o disse, já disse tudo.

    Beijinhos

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