quinta-feira, 20 de agosto de 2015

Destino

Até parece que a gente é que faz o destino, mas não. Pelo menos não o fazemos sem ajuda. Por exemplo, daqui a nada vou almoçar, o plano é esse. Isto, se não ocorrer um terramoto (ou um cliente demorado, uma diarreia, um desmaio) vou, daqui a nada, almoçar. Mas se ocorrer um terramoto, que não está no meu plano de vida, nem na minha vontade, que é lá isso, então almoçarei de acordo com a ideia pré estabelecida. O terramoto, não ocorrendo, desgraçando a minha vida e a de tanta gente, não significa que eu mande nesse assunto, não é. É. Então, pronto, é isso, eu não mando tanto assim no meu destino.
Obviamente (creio eu que é óbvio) esta ideia é dúbia, afinal a vida contém um sem-número de veredas, e tome a gente a que tomar, encontrará duas opções em cada uma. É por isso que às vezes escrever é uma merda, que a gente nunca chega a lado nenhum, é escusado manter a ideia de que se escreve para perceber algo, seja lá o que for. Vai daí, posso afinal mandar no meu destino, então e se eu não for almoçar como planeio...? Se eu decidir categoricamente que não vou agir de acordo com o esperável...? Sendo assim, afinal, posso mandar no meu destino.
Cai o pano, que o assunto fede.

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