terça-feira, 26 de maio de 2015

Dias de um Ginásio

Quem é que foi treinar e não trancou o cadeado, quem foi, quem foi? Eu. Quem é que já fez isto outras vezes, quem foi, quem foi? Eu. Quem é que tem uma sorte tão do caraças que encontrou o cacifro tão recheado como o deixou, quem foi, quem foi? Eu.
Porra pá, estava a ver que ninguém me estranhava. Eu sou aquela que escreve, 'migas. Isso. Alguma de vós deseja ler...?
Ontem: cacifro 46. Hoje (planeio): cacifro 68. Tem de ser, é para esquematizar a minha vida ao redor de números que por ora têm que ver comigo.
Ontem foi Pilates, a derradeira aula com aquela professora. Não é grande coisa, essa professora, é do tipo rebelde, não se pense que ela faz a chamada de um a um, ali é assim, as aulas são previamente marcadas via Internet e depois é preciso efetuar a chamada, a ver quem veio e quem não está, para controlar a cena e isso assim. Mas ela não, ela levanta a mão e pergunta: «Ora bem, toda a gente marcou Pilates, não é verdade? Então vamos entrar!» E entramos ao monte. E amanhamo-nos ao monte.
Sequei o cabelo no secador de mãos. Qual secadorzinho pequenino e fofinho e lentinho pertencente ao Ginásio, qual quê, nada disso, lá não há secadorzinho pequenino e fofinho e lentinho, isso é no outro Ginásio, aquele que tenho mantido abandonado todo este mês e estou cheia de saudades.
Oh, não sequei nada o cabelo com o secador de mãos, estava a inventar e lembrei-me de inventar porque em tempos frequentei um Ginásio, que não é nenhum destes dois, onde as marias acionavam o secador de mãos e punham a mona lá debaixo para receber calor e vento, calor e vento que expulsava a água velozmente, calor e vento que revolvia mechas, calor e vento... coiso. Agora que penso nisso tão profundamente, esta cena tem a sua piada.

Sem comentários:

Enviar um comentário