|Ora bem, um dia destes fiquei de contar as histórias dos meus despertadores, os dois últimos, que são também os dois primeiros, só por dizer que não é bem disso que vou tratar neste post. Quero dizer: é mais ou menos, vá.|
A rica filha chegou do cinema e deu com o radio a tocar bem alto na cozinha. No dia seguinte: ó mãe, blás e mais não sei o quê, que o som do rádio estava alto à brava e tu vê lá e coiso.
Um despertador na cozinha? Sim, tenho um despertador na cozinha desde que comprei um novo, comprei esse novo porque o que agora está na cozinha é maluco e na cozinha não faz mal nenhum estar um despertador maluco que não desperta porque lhe dá um amoque e fica sem som, ou lhe dá outro amoque e alteia o volume do som desmesuradamente. Para o despertador que está na cozinha estar a tocar tão alto aconteceu o seguinte: eu não desliguei o botão do despertador porque me baralhei e em vez de desligar o rádio liguei o despertador, o qual, não tendo hora marcada, assumiu as zero horas, portanto despertou à meia-noite. Bem que desta vez o dito despertador podia ter amalucado e não se pôr a tocar tão alto, pois como é sabido à noite os sons são mais volumosos.
Agora do outro despertador, o novo: pois que também é maluco, se ligo o rádio, antes de mais vai buscar uma estação – onde não está sintonizado - durante dois ou três segundos – e só depois é que emite a estação antes sintonizada, tem uns números enormes e a luz tão forte que para eu adormecer tenho de o virar para baixo. É feio, parece uma metade de queijo da serra mas sem o molho a escorrer. Então porque é que o comprei? Porque além de o outro ser maluco há muitos anos e portanto estava na hora de mudar, este pareceu-me bué fixe, o preço convinha, gostei da cena dos números grandes e quês, mas obviamente não fazia ideia que tanta luz me prejudicaria o sono, e como entretanto arranjei a solução que já referi, o dito foi ficando e foi ficando e foi ficando.
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