Quando dei por mim estava a tirar macacos do nariz. Se a puta invejosa me olhava tão atentamente como costume, não é. É. Não sei, não conseguia vê-la a direito e não sou boa nisso de ver perifericamente. Mas ouço-a, debate com as colegas de mesa (e creio que também de trabalho) regras de trânsito daquelas que têm mais que ver com a civilidade que outra coisa.
De vez em quando centro a atenção numa personagem diferente, mas não que esta tenha aparecido recentemente, conheço-a há anos. Sei lá, umas vezes capto tão bem a igual, a franzineide, o sósia do Paul McCartney, o moço do penteado esquisito, a livreira mais simpática, a menina que tira os cafés, outras vezes, pronto, que quereis, desvio-me, as coisas, as pessoas e as situações agastam-me tão facilmente que mesmo eu não querendo, é sem cessar que procuro algo 'diferente' nos lugares que repito diariamente.
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