No ginásio há um senhor que me cumprimenta efusivamente sempre que me avista. Eu explico porquê, é que partilhamos a doença. Ter questões dolorosas em comum torna as pessoas mutuamente disponíveis e sobretudo compreensivas. Só por dizer que o 'mutuamente' não preenche, que eu cá não sei o que dizer ao homem, para além de 'boa-tarde' e 'tudo bem'.
Depois, contrastando com o cavalheiro acima citado, há umas gajas que olham para o infinito quando se cruzam com a minha pessoa imensamente espetacular. Não querem cá misturas. Posta-restante no mesmo parágrafo: eu também não.
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