quinta-feira, 30 de abril de 2015

Dias de um Ginásio

Ontem, na aula de Pilates, pus-me num cantinho – de notar que costumo sentar-me ao meio e à frente, o que contrasta com a minha retração habitual noutras particularidades da vida - frente a um espelho e ao lado de outro. Quer isto dizer que tinha duas perspetivas onde poderia mirar todas as imperfeições dos exercícios que iria fazer. Ora acontece que esse lugar é normalmente ocupado por um senhor montes de simpático e com o qual falo por vezes acerca de coisitas concernentes à aula. Depois disto o homem entrou e eu ofereci-lhe o lugar porque me senti em falta. Claro que a educação o mandou dizer 'ah, deixe estar, então que é isso, cada um senta-se onde quiser'. Mas eu saí dali na mesma dizendo 'ora, eu sei que o senhor gosta de estar aqui, vá, venha lá'. E ele foi. Resta saber se foi também por causa daquela coisa do social que ele concordou em que uma senhora lhe desse o seu lugar. Nesta cena até parece que a tal coisa do social e também o cavalheirismo está ao contrário.

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