sexta-feira, 20 de março de 2015

Ora bem

Ora bem, então vamos lá a ver, ontem fui buscar a máquina de fazer bolos e pães e bolachas e tartes. É enorme, nem sei onde vou pôr aquilo. Enfim.
Cheguei tardíssimo a casa, vai daí trazia piza para o jantar. Assim que pude fui brincar aos blogues, tinha fotos para retocar, uma ou duas questões a pesquisar e como escrevi imenso levei um ror de tempo a despachar-me. Depois acabei por ficar sem paciência para explorar o conteúdo da gigantesca caixa que tinha deixado no corredor. A rica filha até disse 'ó mãe, tu não pareces nada uma criança a quem foi dado um brinquedo novo' e eu disse 'pois não, eu sei'.
Dormi mal. Dormi tão mal. Terá sido por causa da compra. Sei lá. Acordei de madrugada, mas a isso já quase me habituei, e fiquei ali a rebolar, a tapar-me, a destapar-me, ligo o rádio, não ligo o rádio, depois ninguém mais dorme, e se o cão ouve a música lá no conceito da sua mente canina pensa que está na hora de levantar e não larga a beira da cama, blablablá.
Quando chegou a hora levantei-me. Pus o pequeno-almoço na mesa e fui inspecionar a catrefada de peças que a caixa trazia lá dentro.
Um copo liquidificador, de vidro, note bem: de vidro.
Um processador com várias lâminas para picar, cortar ou ralar, miúdo ou grado.
Um espremedor de citrinos.
Uma picadora de carne.
Uma batedeira com três varas.
É nesta última presença que para mim está o verdadeiro encanto, o restante é acréscimo, se bem que desejável e aproveitável. Há anos que queria uma batedeira de bolos vigorosa, capaz de bater não só massas para bolos e afofar natas e claras, mas também massas densas como as do pão, bolachas e tartes. Pronto, agora é só escolher com que iguaria doce vou desvirginar a minha batedeira.

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