sábado, 14 de fevereiro de 2015

História das minhas botas

Era uma vez uma mulher que comprou umas botas lindas para andar. Este post podia seguir comigo dissertando acerca dos motivos que levam uma pessoa a comprar calçado, quiçá não seja para andar... Mas não. Siga a vida.
A mulher viu as botas na sapataria e apaixonou-se. Eram lindas. Pele pouco curtida, ainda, frente arredondada, o que não agravaria o encravamento das unhas, salto alto, um pouco grosso, mas não demasiado, elegante, até. E... Estavam... Em... Saldo. Pumba, comprou-as. Tirou uma foto e pôs na internet, mostrando assim como estava contente com a compra. Corria o ano 2007. Entretanto os anos seguiram-se e as botas não saíam da sapateira. Ora porque a mulher ia andar muito, ora porque não ficava bem com as roupas de inverno, ora porque as calças tapavam parte da sua beleza e não se ia ver quão giras as botas eram, ora porque faziam muito barulho e toda a gente ia saber que ela vinha lá. Entretanto não se pode dizer que as botas tenham passado de moda, continua a usar-se o cano largo e aquele salto é de facto intemporal. Então, este ano, ah este ano... A mulher começou a usar as ditas botas, senão todos os dias, pelo menos em muitos dias, sem querer saber se fazem barulho, se ia andar muito, se não ficam bem, então não ficam bem porquê, homessa, pensou a mulher. Pensou, está pensado.

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