Aqui há meses mudei de operadora em casa, agora somos nos, nós. A nos abastece-me o lar de multimédia. Pois. Mudar trouxe algumas desvantagens, além de notar um desaceleramento do percurso invisível que vai do comando à box, quando e se comparada com a meo, pois é, fica aquém, esta última supera em rapidez o ligar dos botões, o mudar de canal e todas as outras operações. Além deste desgosto imenso, aqui estou a brincar, a box não mostra as horas quando a tv está ligada, aqui não estou a brincar. Ora eu sou pessoa para precisar de saber a quantas ando, vai daí, arranjei um relógio para ter em frente ao sofá, falo a sério. Era um relógio que apoiava numas laterais de vidro recortado nas beiras e que por sua vez assentava em cima de uma base de vidro com recortes dentro do mesmo estilo. Piroso que só visto. Mas capaz. Era, escrevi no passado, ao presente o relógio descamba, tendo apenas uma das laterais e nada de base, que se foram descolando coisas com o tempo. Então, apoiei o que resta num daqueles suportes de pratos e afins, de quando a gente quer pôr coisas bonitas em cima dos móveis. Mas o relógio descamba, como já referi, está torto, prestes a cair. Já tentei exterminar o que resta dos vidros, ficando somente com o relógio, o que no fundo é o que me interessa, mas não consigo despegar o resto das partes. Entretanto, e principalmente se me lembro, tenho andado a ver se encontro um relógio baratinho e maneirinho para substituir aquele. No outro dia vi um. Noventa cêntimos. Só por dizer que não tinha senão um número, o seis, todo o interior era branco, vazio, informe, e no baixio um número seis a cor-de-rosa e ainda com a perninha tipo assim a escorrer a tinta ou lá que era aquilo. Ou seja: tem um problemão pela frente quem quiser ver as horas naquilo. Melhor não.
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