Se eu falasse. Mas não.
«Menina, sirva-me um café daqueles que me arrepia o peito e os braços, um café daqueles tão pujante que se me estoura a cabeça. Obrigada.»
Mas eu não digo senão «boa tarde, é um café, por favor» e agradeço no final.
Engoli o café com prazer e senti o efeito que desejava. Então fez-se silêncio. Alguém o providenciou. Vou crer nisso, que me apetece. Toda a gente saiu dali ou se calou para não me perturbar. O café é a minha droga. O escrever também. Não tenho escrito catarticamente e sinto tanto e tanto a falta.
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