sexta-feira, 30 de janeiro de 2015

Ó Gina, como vão as coisas?

As coisas não estão muito diferentes, quer isto dizer que as coisas estão um pouquinho diferentes. Ontem eu estava triste que só eu sei. Hoje estou triste que só eu sei, mas menos. A tristeza mata, portanto talvez não precise do suicídio para nada.
Ontem, num dos posts que escrevi, pensei colocar um 'kapa' no lugar do 'morrer' e um 'ípsilon' no lugar do 'desaparecer'. Mas não, fui direta ao assunto, e entretanto não fui capaz de publicar a palavra 'suicídio' por ser demasiado forte para partilhar com o mundo, acabando por construir a frase de modo a desviar-me da palavra mas não do sentido. Porém, hoje não me desvio da palavra nem do sentido, porque estou melhor. Sim, eu ontem estava triste que só eu sei, queria morrer, e fui capaz de escrever posts irónicos, fui inclusive capaz de falar animadamente com a senhora do banco, e hoje, estando menos triste, já consigo digitar a palavra suicídio, espalhá-la mundo afora e estou farta de ironizar escrevendo.
Quase toda a gente conhece um caso de suicídio, eu conheço vários, e acho que o suicida dá sinais impercetíveis e o possível suicida dá sinais percetíveis. Portanto, enquanto eu for debitando no blogue as parvoíces que me ocorrem... Estou de saúde.
Posto isto: a vida é uma merda.

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