quarta-feira, 24 de dezembro de 2014

Baú de Natais

É verdade que esta época do ano está muitas vezes mascarada de boas intenções. E também é verdade que nos deveríamos preocupar durante todo o ano em partilhar e fazer o bem. |17/12/2006|

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Com o intuito de marcar a quadra natalícia, tenho andado a ver se me lembro de um Natal que para mim tenha sido inesquecível. Lembro-me de algumas coisas passadas no Natal em várias das etapas da minha vida e que me marcaram positivamente ou não, mas não existe nenhum Natal inesquecível. |21/12/2007|

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Se eu escrever uma carta ao Pai Natal não estarei a ser original nem um bocadinho só, pois não? |11/12/2008|

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O Inverno começou hoje.
É Natal, há decorações a ele alusivas que são qualquer coisa de esquisito...
Ou de magnífico...
É Inverno, é Natal e a vida é uma merda. |21/12/2009|

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Quando entrei, a dona Maria do Céu quase correu para me mostrar a mesa de Natal preparada para duas pessoas. Havia pratos, talheres, guardanapos, castiçais e flores. Todos os objectos eram simplórios mas asseados e a mesa estava posta com grande esmero e minúcia. Já que tenho tanta confiança perguntei-lhe quem esperava para jantar, certa que a dona Maria do Céu esperava realmente alguém. Devo dizer que ela não se fez rogada e com toda a alegria e simpatia habitual repondeu que esperava uma amiga. Levada por alguma ingenuidade que a desenvoltura dela não despistou, acreditei piamente no que me dizia. Só depois me pus a pensar que a mesa posta com tanto cuidado mais não era que uma forma de se sentir acompanhada na noite mais familiar do ano e que o mais certo era ela passar a noite de Natal tão desacompanhada como todas as outras noites do ano. |29/12/2010|

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Passei no Lumiar e cuidei de estar noutra cidade qualquer, está tudo iluminado, há inclusive uma extensão enorme de luzinhas dando as boas-vindas à freguesia. Um primor.
Aqui por estas bandas a luz natalícia anda muito pobrezinha, em comparação com anos anteriores. Na Praça de Londres há apenas uma árvore iluminada com a cor excelsa do Natal: vermelho. Está linda, toda preenchida por pontinhos luminosos, desde tronco a ramos. À hora do almoço já se encontra luzindo tenuemente e à noitinha chega o esplendor vermelho. Na Praça do Chile alguém se lembrou de enfeitar o Fernão de Magalhães com chapéus de chuva abertos. Quero dizer... uns abertos, outros meio abertos e ainda outros totalmente fechados. À noitinha acende-se a luz e a obra de arte, que nada tem a ver com Natal, pisca-pisca formando uma visão sui generis.
É assim o Natal. Tempos de crise, é o que dizem... |16/12/2011|

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Se não houvesse Deus não havia Natal e este seria um simples dia de outono sem visões futuras de prendas e luzinhas pisca-pisca. |14/12/2012|


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Na loja de artigos de casa e com motivos natalícios, ou seja: azevinho pintado, há pratos e travessas com marcas castanhas fingindo ser esmalte lascado. Passei a unha. Passei a ponta dos dedos. Senti as rugas do fingimento do fabricante. É apenas tinta castanha, pinceladas às ondinhas a querer parecer feitas ao acaso, por causa da longevidade da louça e isso, quando na verdade a louça é nova e está para venda nas prateleiras da loja.
E hoje, mau grado, e tem um bocado a ver com o parágrafo anterior, esteve aqui um cliente que disse ser aficionado das coisas antigas e dos modos antigos de fazer as coisas. Coisas. E coisas. Parvo. Uma pessoa tem de se modernizar, ora que porra. |18/12|2013|

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