quarta-feira, 19 de novembro de 2014

Lugar da musa

O moço que serve os cafés, por sinal um conversador nato, perguntou-me se queria um café, ao que anuí.
Com este tempo de chuva é mesmo o que apetece, diz ele.
É, respondo eu, sabe melhor agora do que no verão, se bem que eu gosto sempre de beber café.
Enquanto o meu café pingava para a chávena vejo-o fazer um apontamento numa folha com uma grelha.
Isto é que convém não esquecer, comenta ele, tenho de escrever o número de cafés, senão...
Sério, espanto-me eu, tem de anotar o número de cafés que vende?!
Depois acalmo o espanto e baixo o tom de voz... Quantos cafés vende num dia...? Quarenta...?

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