quarta-feira, 26 de novembro de 2014

Futuramente

No futuro não saberei em que circunstâncias escrevi. Obviamente refiro-me às circunstâncias que não aparecem nos meus textos.
E agora: em que circunstâncias escrevo.
Chove lá fora. Há marteladas no teto do estaminé devido a obras no andar de cima. Tenho sono. As mãos escaldam. Sinto a cabeça inchada. Não estou infeliz. Não estou feliz. Tenho uma sede insaciável. O dia escureceu demasiado para as três e tal da tarde que são neste momento. Quando olhei a rua para ver a cor do dia avistei pela enésima vez o número vinte. Leio poucochinho, agora, deixei de me forçar.

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