Enquanto a impressora imprimia números e letras que me pertencem, a senhora do banco apalpou os pelos do meu casaco, passando a mão assim ao de leve, para não trilhar. É tão fofinho, diz ela. Pois é, tem pelinhos fininhos, digo eu. Ainda me lembrei de comentar que é demasiado quente para esta altura, que a temperatura tem de descer mais e tal e coiso. Mas não. Isso iria transformar-me naquela pessoa negativa e infeliz. O meu casaco tem pelinhos fininhos e fofinhos, essa é a melhor verdade. Embarquei na felicidade dela. Às vezes não custa nada fingir, é inclusive deleitoso.
Sem comentários:
Enviar um comentário