segunda-feira, 1 de setembro de 2014

Fui à Baixa

Fui à baixa de Lisboa, há bocado. Está na mesma. A ideia primária era ver e vasculhar a loja de tecidos, o que realmente fiz, digo a loja grande, que a pequena há aqui, e abastecer o estaminé de um certo artigo que estava em falta.
Não havia o tecido. Ou por outra: havia, mas a peça não tinha a quantidade que eu queria, portanto deixei para vir comprar na loja que fica já ali, que afinal a loja grande não tem assim tanta variedade a mais do que a pequena, que é lá isso, grande treta.
Enquanto andava por lá a fazer tempo para o meu fornecedor abrir, senti a cabeça esquisita, tipo tonta e a querer doer e assim. Bebi um café para espantar essas sensações, sentada numa mesa quadrada, e escrevi umas coisas. Parecia eu que estava no lugar da musa, só por dizer que não estava, sequer o café se assemelha quanto mais o sítio. Ao lugar da musa, esse, só por lá aparecerei na próxima segunda-feira, dia 8 de setembro.
Nesse café, havia velhinhos a almoçar, que a reforma ainda dá para isso, na montra havia maçãs assadas e no ar a canção do Pablo Alborán e a Carminho.
E una sola palavra…
No más besos al alba…
Tinham açúcar, as maçãs, claro, o que curti ver. Maçãs em branco, maçãs de neve, maçãs... Coiso.
Mas o mais engraçado foi o senhor que me atendeu, falava assim:

E que mais manda, menina?
É só o cafezinho, menina?
Quer um copinho com água, quer, menina?
Não deseja mais nada, menina?
Só saúde e uma boa semana, não é menina?

Mas antes, numa dessas ruas da Baixa onde não circulam veículos e há esplanadas a todo o comprimento, fui abordada assim:

Menina, temos mini pratinho a três e noventa e cinco!

Achei um piadão àquilo, eu, com cara e aspeto de quem se aguenta com um mini pratinho... Ah ah.

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