Há dias, em visita pela blogosfera, clicando aqui e ali, notei que andam outra vez em circulação alguns desafios com perguntas simples mas cujas respostas acabam por ser reveladoras, o que a bem dizer é o pretendido. São perguntas do género: 'porque é que criaste um blogue', 'já tiveste vontade de eliminar o teu blogue', 'o que te leva a escrever num blogue' e tal e tal.
Vou então entrar na onda, sem desafio de bloguista nenhum, e responder a algumas dessas perguntas.
Como seria a tua vida sem o teu blogue?
Mais desocupada e privada e eu seria sobretudo menos atenta às pessoas. Às pessoas e suas falas e seus tiques e às folhas das árvores e às flores dos jardins e às nuvens e à posição do sol e ao que chove ou não chove e às horas que são e à temperatura do ar e ao lugar onde estou no momento.
2. Já alguma vez pensaste em eliminar o blogue? Se sim, porquê?
Sim. Em rigor penso nisso todos os dias mas nunca tive coragem. Este blogue é parte da minha existência, logo, seria cometer suicídio.
Penso nisso quando concluo que não sei escrever, o que acontece amiúde. E chego a essa conclusão porque normalmente não sinto o que escrevo como facilmente entendível. Bem sei que a riqueza literária reside principalmente no facto de os leitores acrescentarem algo ao que leem, escolherem outro caminho para as mesmas palavras, formarem opiniões diferentes para que assim possamos aprender uns com os outros. Sim, ok, vá, tudo bem, está certo, é uma ideia bonita e romântica, só que a sensação de que não sei escrever leva-me a achar que esta porra de ter um blogue é estupidamente inútil.
3. O que diria o teu blogue sobre ti se pudesse falar?
Deixa-te de merdas e publica essas cinco centenas de textos que tens rascunhados. Agora!
4. Quem és tu? Quem é a pessoa que dá voz ao blogue?
Queria que fosse a Gina, mas acho que na realidade quem escreve aqui é a Gina.
Nhé… Estava a brincar. Não sei lá muito bem definir a voz que uso no blogue, mas analisando de supetão julgo que muitas vezes escrevo sob o domínio de um alter-ego que criei e que apurei com os anos de escrita. Outras vezes acho que não é nada assim, que é lá isso, olha um alter-ego a mandar em mim, não, nem pensar, quem escreve aqui sou eu, ora que porra. Mas eu não sei nada. A sério: não sei.
5. Quais são as três palavras que melhor te definem?
Arranja tu essas três palavras. Faz-me esse favor, vá lá.
6. Quem és quando ninguém está a olhar para ti?
Uma conversadora inexplícita.
8. Onde querias estar neste preciso momento? Porquê?
Numa praia qualquer, num dia sem frio. De notar que não referi um dia quente, soalheiro e tal e tal, mas sim um dia sem frio.
Porque não há duas ondas iguais, logo: o elemento surpresa mora à beira-mar. E porque um areal, mesmo curto e estreito, mesmo ladeado de rochas e escarpas, transmite-me a sensação de espaço, largueza, desafogo, a partir daí é um pulinho até me sentir liberta, e sendo que a liberdade é um dos maiores prazeres...
9. Do que mais te arrependes até hoje?
De ter criado um blogue. Folgo que não perguntem porquê. E não estou a ser irónica.
5. Quais são as três palavras que melhor te definem?
Arranja tu essas três palavras. Faz-me esse favor, vá lá.
6. Quem és quando ninguém está a olhar para ti?
Uma conversadora inexplícita.
8. Onde querias estar neste preciso momento? Porquê?
Numa praia qualquer, num dia sem frio. De notar que não referi um dia quente, soalheiro e tal e tal, mas sim um dia sem frio.
Porque não há duas ondas iguais, logo: o elemento surpresa mora à beira-mar. E porque um areal, mesmo curto e estreito, mesmo ladeado de rochas e escarpas, transmite-me a sensação de espaço, largueza, desafogo, a partir daí é um pulinho até me sentir liberta, e sendo que a liberdade é um dos maiores prazeres...
9. Do que mais te arrependes até hoje?
De ter criado um blogue. Folgo que não perguntem porquê. E não estou a ser irónica.
Sim, um número de posts que é teu...
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