sexta-feira, 22 de agosto de 2014

Dor

Dói-me a cabeça. Não devia cá estar esta dor, logo à noite tenho uma festa. Totalmente inútil, esta dor. Pode ser que passe, às vezes dói-me a cabeça durante alguns minutos ou às meias-horas. Pode ser que.
Quem manda beber tanto café. De manhã bebi café com a dona Lurdes, quem manda, não é, agora tenho dói-dói. Imagino como é a dor a sair da cabeça, digo como algo físico, com forma, corpo, imagino uma tira que se puxa, como uma peça de tecido, mas estreito, a sair da cabeça, da testa, é aí, o fulcro. Puxar uma peça de tecido de algum lugar, seja lá qual for, lembra o mágico que retira lenços de seda da cartola ou da manga ou de onde lhe apetecer. Eu de mágica não tenho nada, senão não tinha dores de cabeça, não.

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