A Carminho diz que não tem nenhuma cliente como eu, com cócegas, com muitas e muitas cócegas quando a espátula espalha a cera quente por sobre a minha pele. Brinquei dizendo que se ela um dia escrevesse um livro eu certamente apareceria nas suas histórias, uma vez que sou única. Riu-se. Eu idem. Quis saber da minha escrita, por falar em escrever, que não me tem ouvido falar disso. Pois não. É conforme lhe dá, pergunta ela. É, respondo eu com um suspiro.
Eu tenho de escrever histórias, é mister. Ao menos assim estão publicadas em papel e acessíveis a um outro tipo de leitores, não mais desejado, que é lá isso, mas diferente.
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