São dezanove e cinquenta e nove. Cheguei agora do passeio das sete com a cadela. Escrevi as horas à pressa antes que o minuto e consequentemente a hora mudassem. As horas. São vinte horas e zero minutos. Tirar o peitoral à cadela, estando ela espojada no meio do chão, é semelhante e desabotoar e despir um babygrow a um bebé. No passeio fiz muitas curvas. Saí do prédio e cruzei a praceta dando cinquenta e quatro passos. Virei à esquerda, dei cento e cinco passos. Virei à direita mas sem corte de estrada, era uma curva, e vão mais sessenta e dois. Virei à esquerda, duzentos e vinte. Virei à direita mas não em ângulo reto, tipo a fazer um <, vá, cento e noventa e oito. Alcanço a rotunda, viro à direita um pouquinho para chegar à passadeira, passo-a, viro à esquerda outro pouquinho até chegar ao sítio onde viraria à direita e daria 258 passos, até virar de novo à direita. Atravessei a praceta de cima, desci as escadas, desci uma das inclinações mais íngremes que há aqui perto e meti-me em casa. Creio que demorei trinta e cinco a quarenta minutos. Ah, e os passos são uma mera estimativa, contei-os apenas numa das retas, nas outra estimei. As horas. São vinte e vinte.
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