Tenho uma vontade imensa de ir dar uma volta, a volta do costume. Mas não posso. Queria ver a árvore, ou a estátua, a mola dependurada na folha da outra árvore, mas antes disso passar pelas ruas e avenidas, a pensar parvoíces que posteriormente aqui vou espetar, umas vezes memorizando facilmente, outras repetindo-as sem cessar porque a memória nem sempre está boa, há alturas em que tenho a cabeça muito cansada. Há também umas vezes em que paro e me sento num banco qualquer de rua para rabiscar as parvoíces. Mas hoje não vai dar. Também não vai dar para ir ao lugar da musa beber aquele café bombástico, ver os sorrisos tímidos do moço que serve cafés, ver as outras pessoas que não fazem parte do meu imaginário, existem mesmo, muito embora eu não as construa aqui como elas verdadeiramente são e sim como as vejo. Tenho de ir. Até já.
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