segunda-feira, 28 de julho de 2014

Passeio das sete

Ontem, domingo, saí de casa às sete para passear a cadela. Assim que saí do prédio correram alegres e despistadas crianças em direção à Olívia. Uma chamou-lhe Olávia por brincadeira, outra pôs-se em cima do muro e anuncia: eu dantes tinha medo da Olívia e depois não tinha e agora tenho outra vez, ela morde? Disse que não tivesse medo, a Olívia não morde mesmo. O homem que tratava do churrasco também fez uma festa do caraças ao cão. A mulher dele idem. Eu já aqui disse que a vizinhança cumprimenta entusiasticamente o cão mas não me liga porra nenhuma, não disse? Pronto, então é isso, agora reforçado.
Fui andando.
Meti-me por um caminho diferente e parei para tirar uma fotografia (ver abaixo) a uma cama de rede, esse objeto ocioso e embalador de sonos leves. Leves, no meu caso, a bem dizer acho que nunca conseguiria sequer dormitar deitada numa coisa daquelas.
Fui andando.
Fiquei especada a ver a frase na parede. 'Eu não quero viver. E tu?!' Atualmente não tem interesse nenhum, nem tampouco me espevita. Tem valor mas no lugar e no tempo em que foi escrita. Apenas.
Fui andando.

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