sábado, 5 de julho de 2014

Nomes do ‘aqui há atrasado’*

Tenho um tio que anda a pesquisar a nossa ascendência, mais concretamente a árvore genealógica pelo ramo dos meus avós maternos. Para ver em concreto todos os resultados das suas pesquisas preciso fazer o registo num sítio e tem de se pagar. Esta parte é chata e portanto não me registei mas o meu tio indicou-me um fórum no mesmo sítio onde pude ver os nomes dos meus tios e primos até aos anos mil setecentos e tal. A família de onde descendo mais diretamente radicou-se em Albernoa por volta de 1700, e entretanto pude ver que tenho muitos ascendentes na Trindade, Entradas, Castro Verde e Aljustrel, todos lugares nada distantes de Albernoa. Até onde o meu tio chegou, não há indícios de gente que tenha vindo doutras regiões do país, a não ser do estrangeiro... escravos; África. Pois, descendo de escravos africanos. Não é grande novidade para mim, pelo meu lado paterno consta-se que a minha quarta ou quinta avó era preta, tanto que a minha avó paterna e o meu pai são muitíssimo morenos. Ah ah, descendo de escravos pelos dois lados, ai este meu lado serviçal, pá...


O sobrenome que tenho em comum com o meu tio representa o É na foto acima. Era o sobrenome do meu avô, que passou para a minha mãe e seus irmãos e que obviamente passou para mim. Não é devido à minha privacidade que me abstenho de revelar o sobrenome em causa, mas porque o mesmo não me pertence por inteiro e/ou tampouco este post.

*expressão alentejana que significa ‘antes’ ou ‘o que passou’.

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