No diário d' hoje há um menino dum dia passado. Dez quilos de gente, para aí. Veio ter comigo enquanto eu escrevia, sorrindo tão bem, que sorriso franco. Interrompeu-me a escrita inocentemente. Sério, esqueci o que ia escrever. Lembrei-me de lhe oferecer um papelinho em branco para prolongar o diálogo, mas ele ignorou a minha oferta, queria mostrar-me os buracos que o banco de pedra tem, espetava o dedinho lá dentro, era essa a sua principal atenção. A avó advertia a pequena criança, receando o enfado da senhora escrevente, de caneta na mão e bloquinho rudimentar no colo. Sosseguei-a com um 'deixe-o estar, não faz mal'. E não fazia mesmo, gostei tanto, foi o minuto mais feliz desse dia.
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