A rica filha ligou:
– Ó mãe, como é que se faz aquele café à moda antiga?
As pastilhas de café expresso, essa modernice limpinha, tinham esgotado lá em casa, de maneiras que a rapariga, que adora café quase desde que nasceu, queria muito beber uma reconfortante chávena do adorado líquido. Instruí-a:
– Pões a cafeteira ao lume com a quantidade de água que te pareça mais ou menos uma chávena e meia de chá, esperas que ferva, é essencial a água ferver, enquanto isso vais buscar aquele acessório vermelho e o bule que estão no armário de cima e um filtro que está no armário de baixo, armas o gingarelho, não é difícil perceber como montá-lo, deitas duas colheres de sopa de café dentro do filtro, quando a água ferver deita-la aos poucos por cima do café e vais mexendo até que todo o café escorra para dentro do bule.
É claro que o meu discurso não foi tão exemplar assim, até porque era interrompida constantemente com questões de principiante.
Passado pouco tempo liga o rico filho:
– Ó mãe, onde é que está o cabo scart?
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