Mais do mesmo

Há uns tempos:

entrei num projeto que nasceu no facebook, o qual consiste em editar uma coletânea de contos para ser vendida a favor duma qualquer instituição de caridade que ainda não sei qual é. (Deixaria o linque para divulgar mas não o descobri.)

Inicialmente:

pensei participar com um texto que tenho nos meus rascunhos há quase um ano.

Depois:

achei que o assunto que aí exploro seria mais do mesmo e desisti da ideia.

Entretanto:

ideias novas não as havia, qual pulsar criativo, qual quê.

Então:

decidi rebuscar textos no blogue. Escolhi um tema em que me esparramo facilmente e formei um conto (leia-se preenchi umas páginas) feito de pequeninas histórias, espasmos literários, como habitualmente lhes chamo, aprimorando-os de modo a que se entendessem melhor, ou pelo menos tentei aprimorá-los, uma vez que sou solitária e pouco lida e acontece amiúde esquecer-me de pormenores que são importantes para o leitor.

Todavia:

esta ideia aborreceu-me um bocado porque se assemelha a algo que fiz anteriormente na coletânea 'Beijos de Bicos' da Pastelaria Studios Editora, também aí fui buscar (alguns, só alguns) textozinhos que já havia publicado no blogue.

Contudo:

não apresento um novo modo de escrever, ainda assim apresento mais do mesmo, queredo, curror, indo buscar espasmos doutros tempos até parece que não sei escrever...

Mas:

os espasmos literários são a minha mais elementar forma de escrita, e eu tenho muitos escritos que gostaria de ver publicados e lidos. Então seja e siga a vida.

E agora tenho de tirar este projeto da cabeça, tenho de me livrar desta complicação toda, quem gostar de ler, gostará, quem não gostar, paciência. Conto logo à noite enviar via email o documento com os espasmos que escolhi, que estou tão cansada de os reler, procurando erros ou modificando aqui e ali, oh céus. A sério, já não me suporto.