sexta-feira, 27 de dezembro de 2013

Tinta Fresca

Ontem pintei uma frase em propriedade não privada mas própria → na minha loja. Assim que terminei a obra, o meu colega perguntou-me:
'O que faz esse pontinho aí?'
Disse-lhe que era um ponto final e aconselhei-o a atentar na pontuação. Ele leu em voz alta, considerando a pontuação mas sem dar a entoação que eu daria.
Ora bem, compreendo que o leitor é soberano e interpreta o que lê como quer, mas fiquei desapontada porque este tipo de episódio, que é algo recorrente na minha curta e mera vida de escrevente, mostra-me que não sei escrever. Mesmo este pequeno texto que agora construo, vai demonstrar o mesmo, porque vai parecer que me queixo e diminuo, quando quero dizer tão-somente: não sei escrever porque a minha escrita não é facilmente entendível, não penetra na alma ou nos sonhos de ninguém, e eu considero esse um ponto fulcral. 'Invejo quem escreve cruamente e consegue leitores que sabem ler essa crueza..

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