Às vezes aterro na realidade entediante, estúpida e vazia que é a minha vida. E fico aí, isto quando o mundo faz-de-conta não aparece. Penso que me faz falta escrever cenas reais, ou que pareçam reais, e deixar-me de parvoíces aéreas que ninguém entende. Porque sou cambiante, é-me necessário mudar o paradigma. Agora dou-me melhor com a realidade e a racionalidade. Mesmo que apenas lhes toque de raspão. Como por exemplo o novo personagem que anda por estas bandas. Quero dizer: tocar-lhe levemente em modo escrito. É um homem alto e delgado que veste uma comprida gabardine, usa-a desabotoada, de maneira que ao andar apressadamente todo ele esvoaça rua afora, e anda rua afora o dia inteiro. Trabalha assim, é uma espécie de porteiro e faz recados. É a verdade. É a realidade. A minha descrição é racional. Ponto final.
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