Gosto de ver Loures do cimo destas escadas, particularmente se estiver um pombo escuro, quase preto no beiral daquele telhado, ou no muro cá mais ao pé de mim.
A cadela espera-me pacientemente, enquanto rabisco que gosto de ver o vale.
Ver o vale lá tão em baixo faz-me sentir altiva, digo eu duma altivez que não corrói ou sequer perdura. É uma coisa boa.
No cimo do monte oposto, a quilómetros de distância, lá estão as dúzias de ventoinhas. As hastes assentam bem em cima da minúscula cabeça do pombo escuro, fazendo-o parecer cornudo. Cornos que giram. Não deixa de ser disforme, esta descrição.
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